Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Vale a pena ir aos Lençóis Maranhenses na época seca?

O que fazer por lá quando as lagoas estão vazias? Vale o empenho?

Por Adriana Setti
Atualizado em 24 jan 2024, 13h40 - Publicado em 23 jan 2024, 17h35
Um cenário lindo em qualquer época do ano em Atins
Um cenário lindo em qualquer época do ano em Atins (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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A melhor época pra visitar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é de junho a setembro. Nesses quatro meses, as chuvas cessam, o sol brilha e as lagoas estão cheias, formando aquele mosaico de branco e azul que quase não parece real. A partir de outubro, elas vão esvaziando até praticamente secarem no fim do ano. Em janeiro, teoricamente, as chuvas recomeçam e podem estragar a viagem. E assim por diante. Visitei a região em dezembro, no auge da seca. A seguir, o que achei da experiência.

Você veleja? Então vai na fé!
Você veleja? Então vai na fé! (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
O pôr do sol é lindo a qualquer época do ano
O pôr do sol é lindo em qualquer época do ano (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Um mar de areia e lagoas secas: um cenário bonito, mas que está longe de ser o que você espera dos Lençóis Maranhenses
Um mar de areia e lagoas secas: é bonito, mas que está longe de ser o que você espera dos Lençóis Maranhenses (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Vale a pena ir para os Lençóis na época de seca se…

  • O intuito principal da sua viagem não for ver as lagoas cheias. Continua sendo incrível passear por aquele mar de areia de 4X4 mas, claro, o cenário não é tão impactante como na época certa. Quando estive lá, havia apenas uma lagoa cheia, a do Gavião.
  • Você ficar em Atins, a única base dos Lençóis que fica na costa e, portanto, tem outros atrativos: a praia e o lindo rio Preguiças. O vilarejo também é um charme, com pousadas incríveis, restaurantes bons e uma vidinha boêmia.
  • Você curte velejar de kitesurf ou quer se iniciar no esporte. A época de vento vai de julho a dezembro e Atins é um dos grandes hotspots para praticar esse esporte no Brasil.
  • Você conciliar a sua viagem pra Atins com outros lugares incríveis nos arredores, como São Luís do Maranhão, o Delta do Parnaíba e a praia de Barra Grande, no Piauí ­— no meu caso, Atins foi uma das paradas em uma viagem de carro da capital maranhense até Icapuí, perto da divisa do Ceará com o Rio Grande do Norte.
  • Você quiser curtir um Réveillon badalado e com altas festas, em Atins.
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Lagoa do Gavião: a única que estava cheia quando estive por lá.
Lagoa do Gavião: a única que estava cheia quando estive por lá (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
A praia de Atins: nada mal, mas é difícil de chegar
A praia de Atins: nada mal, mas é difícil de chegar (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Não vale a pena ir para os Lençóis na época de seca se…

  • Conhecer o parque nacional for o único objetivo da viagem e se essa for a sua única oportunidade de ir pra lá.
  • Você não veleja e não vai conhecer outros destinos nos arredores. Em outras palavras: por mais que Atins tenha uma vibe e seja um lugar lindo, talvez não valha a pena o esforço de chegar até lá só pra curtir a praia e o vilarejo.
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Em tempo: dá pra chegar de carro ou ônibus até Barreirinhas, de onde saem barcos de linha às 12h30 (R$ 80) e barcos fretados (a partir de R$ 600) em horários a combinar (na alta temporada há dois barcos por dia). O barco de linha inclui transfer de 4X4 até a pousada. Quem freta um barco precisa contratar um transfer à parte pra chegar na pousada (as ruas são de areia muito fofa e o ponto de desembarque fica um pouco afastado do centrinho).

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