Sónar Barcelona 2017: dicas para aproveitar o melhor do festival
Ingresso, transporte e outros macetes do festival de música eletrônica mais potente do verão espanhol
Enquanto Barcelona vive as agruras da ressaca do Primavera Sound neste momento, o povo já se prepara para o Sónar, que arranca no próximo dia 15. O evento de música eletrônica, arte multimídia e tecnologia, orgulhosamente barcelonês, chega à sua 24ª edição, com uma programação peso-pesado – o set inaugural é de ninguém menos que Björk.
Além de vasculhar novas tendências musicais – e da doidera-pegação (calma, tem também) – o festival promove o relativamente novo Sónar+D. Em uma espécie de congresso focado no universo da inovação e da tecnologia, rolam workshops e laboratórios relacionados à cultura digital. Este ano, a parte mais séria do festival contará até com uma palestra da musa Björk.
A seguir, veja algumas dicas práticas para aproveitar o Sónar e minimizar o perrengue de um evento que, só no ano passado, recebeu 115.000 pessoas. Para começar, é bom lembrar que a programação é dividida entre dia – com uma pegada mais experimental e perto de Centro – e noite – mais ao estilo balada forte, em um pavilhão afastado de tudo. Entre uma coisa e outra rolarão mais de 140 apresentações, repartidas em 9 palcos.
Ingressos
Os ingressos costumam se esgotar antes do começo do festival. Mas ainda dá tempo de comprar entradas, tanto pelo site como nas bilheterias. O pacotão para os três dias, incluindo Sónar by Day, by Night e uma seleção de atividades do Sónar+D sai por 195 euros (online) ou 210 euros (na hora). Há ainda a possibilidade de comprar só Day (54 e 60 euros) ou Night (72 e 80 euros) – respectivamente online e na bilheteria; e o combo duas noites (125 euros, disponível só pelo site até dia 13 de junho).
Espaços
O Sónar by Day acontece na Fira de Montjuïc, ao lado da Plaça Espanya, bem pertinho do Centro de Barcelona. Veja o mapa abaixo.
Já a parte noturna da programação acontece em um mega espaço nas redondezas de Barcelona, a Fira Gran Via. Veja o mapa abaixo.
Transporte
O busão especial do evento é célebre pelas filas, especialmente em horários de pico, quando todo mundo resolve ir embora na mesma hora (o momento crítico é quando acaba a programação noturna). Mas, acredite: vale a pena esperar. As redondezas do Sónar by Night são ermas e com pouca (ou nenhuma) opção de transporte em horários nos quais não há metrô ou trem – e conseguir um táxi pode ser tarefa hercúlea. Portanto, aproveite as duas linhas que desembocam no Centro da cidade. O preço é de 2,50 euros por pessoa, por trecho.
No Sónar by Day, o acesso é bem mais tranquilo: além das linhas 1 (vermelha) e 3 (verde) do metrô, há um sem fim de ônibus e mais facilidade de pegar um táxi, se for o caso.
Destaques
Em maio, um mês antes do início do festival, a organização confirmou que o set inaugural – ingressos já esgotados – será de Björk, exclusivíssimo. A islandesa, aliás, é o grande destaque da programação: vai dar palestra no Sónar+D e ganha uma exposição tecnológica, Björk Digital (de 14 de junho a 24 de setembro, no CCCB), que mistura realidade virtual, performance e interatividade. Voltam aos palcos catalães a dupla francesa Justice – eles estiveram na edição de 2013. No SonarCar, espaço voltado para performances longuíssimas, são esperados os nova-iorquinos Louise Vega e Kenny Dope Gonzales, do Masters at Work, ícones da música bailante dos 90. Também dos EUA, o De La Soul apresenta seu último disco, assim como o californiano DJ Shadow. O evento coincidirá, ainda, com a superexposição David Bowie Is – aproveite para dar um pulo no Museo del Diseño de Barcelona e espiar a grande homenagem a Ziggy Stardust.
Onde comer
Pode ser uma questão durante um festival de grande porte: comida ruim, preços que não condizem exatamente com o que está sendo vendido, filas e por aí vai. Durante os últimos anos, no entanto, a organização do Sónar está se esmerando em melhorar a oferta gastronômica de seus espaços. Este ano, a novidade é que o restaurante da área VIP do Sónar Día (ingressos aqui) terá menus assinados por três superchefs catalães – todos eles premiados com estrelas Michelin: Albert Raurich (Dos Palillos), Víctor Quintillà (Lluerna) e Xavier Pellicer (Céleri). Já a área dos food trucks – tanto no espaço diurno como o noturno – ganhou reforços: são oito opções em cada uma, que vão de hot-dog a hambúrguer, massas e crepes, ceviche, comida japonesa e alternativas vegetarianas.
*Colaborou Rachel Sterman