Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Nova Zelândia de norte a sul: O pequeno dicionário dos esportes radicais

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h14 - Publicado em 8 fev 2008, 15h02

Rafting, sky dive e bungy jump todo mundo conhece. Mas que diabos seria Zorb? Swoop? Agrojet? Fly by wire? White water rafting? Black water rafting? Sledging? Free fall extreme? Sky walk?

Agrojet: Sabe aquelas lanchas off shore que aceleram de 0 a N por hora em dois segundos? Imagine um negócio desses dentro da piscina do clube dando cavalo de pau. É mais ou menos isso, mas antes de chegar na “piscina” a lancha também percorre um mini circuito em forma de pista de corrida, até chegar numa parte mais aberta onde faz os giros de 360. As vítimas, perdão, os passageiros, são esmagados no banco por um cinto de segurança digno de nave espacial. E quem vai ao lado ainda tem que amarar a mão dentro do barco para evitar que o braço saia voando.
ONDE FAZER: A versão mais normal, chamada jet boat, é mania nacional e rola em praticamente todos os lugares onde houver um rio ou lago. Os mais famosos são os de Queenstown e de Huka Falls, em Taupo.
PREÇO: cerca de 40 dólares (20 euros)
OPINIÃO DA BLOGUEIRA: A sensação é de morte iminente. “Vamos voar pra fora d’água, vamos voar pra fora d’água, vamos AAAAAHHHH”. Só consegui dizer essas palavras durante os 5 minutos em que durou o “passeio”. Depois disparei uma gargalhada histérica que costuma caracterizar os meus momentos de pânico. No jet boat de rio a coisa deve ser mais leve…

Black Water Rafting: É a mesma coisa que o rafting normal, mas rola no escuro (glup!), dentro de cavernas.
ONDE FAZER: Waitomo Caves (perto de Hamilton).
PREÇO: de 90 a 175 NZ dólares.
OPINIÃO DA BLOGUEIRA: Quem sabe um dia…

Fly by wire: Forma de divertimento na qual uma criatura inserida em um casulo voa amarrada em um avião (!!!) a 170 km por hora durante 6 minutos.
PREÇO: 155 NZ dólares (77 euros)
ONDE FAZER: Queenstown.
OPINIÃO DA BLOGUEIRA: Nem fu…

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Freefall extreme: É um simulador de queda livre em que a pessoa voa, vestida de pára-quedista, sobre um ventilador gigante. Uma rede superior providencial impede que o cidadão entre realmente em órbita e nunca mais seja encontrado. Segundo uma inglesa baixinha que conheci na fila das informações, e que tinha provado o brinquedo, em um dado momento, as pessoas ficam com a cara deformada e um filete de baba começa a escorrer (para cima, obviamente), o que pode ser um pouco constrangedor.
ONDE FAZER: Rotorua.
PREÇO: 45 NZ dólares (23 euros)
OPINIÃO DA BLOGUEIRA: O brinquedão ainda tem que ser aperfeiçoado. Para evitar que as pessoas voem para fora do alcance do vento (e posteriormente para o chão), os monitores ficam segurando os pés da criatura, o que tira um pouco a graça. Não fui e não gostei.

Sky Walk: A Sky Tower de Auckland tem um anel ao redor do seu topo a 192 metros de altura. E Sky Walk consiste em transformar esse anel em uma estreita passarela e equilibrar-se sobre ela. M-E-D-A!
ONDE FAZER: Auckland
PREÇO: 115 NZ dólares (63 euros)
OPINIÃO DA BLOGUEIRA: Ok, os fulanos usam um macacão e estão amarrados em uma espécie de trilho. Mas só de ver já tive vértigo. Não vou nem que me paguem.

Sledging: É como um rafting. Mas ao invés de bote, usa-se uma espécie de bodyboard. Ou seja, é cada um por si e o monitor por todos.
ONDE FAZER: Queenstown, Rotorua, Taupo…
PREÇO: 99 a 290 NZ dólares
OPINIÃO DA BLOGUEIRA: Quase embarquei nessa. Uma alemã que tinha feito tentou me convencer efusivamente. Mas outro brasileiro que encontrei em Queenstown me disse que ficou exausto. Como ela era surfista, e ele tinha acabado de fazer uma caminhada de 18 quilômetros ladeira acima (o que claramente denotava que o seu preparo físico era infinitamente superior ao meu), achei melhor ir de rafting mesmo.

Swoop (na foto, esta blogueira prestes a despencar…): É uma espécie de pêndulo. A vítima (ou as vítimas) é colocada dentro de uma espécie de casulo (tipo aqueles “sacos” da asa delta). Depois, um guindaste puxa isso tudo pra cima a uma altura de 40 metros (um prédio de treze andares). Um dos passageiros é encarregado de puxar uma corda, que faz o troço desabar.
ONDE FAZER: Queenstown e Rotorua.
PREÇO: 45 NZ dólares (23 euros)
OPINIÃO DA BLOGUEIRA: A queda livre é tão forte quanto pular de bungy jump. Com a diferença que você não tem como mudar de idéia. Uma vez em cima, todos os caminhos levam ao chão. É ótimo para quem morre de medo, como eu, que provavelmente amarelaria, ou desmaiaria, à beira de uma plataforma de bungy jump. A-DO-REI.

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White water rafting: É o rafting propriamente dito. Até aí nada de novo. Mas em Rotorua, mais precisamente no rio Kaituna, o bote despenca de uma cachoeira de sete metros de altura. Como eles cansam de anunciar, é a maior cachoeira comercialmente “raftável” do mundo.
ONDE FAZER: Rotorua
PREÇO: 80 a 90 NZ dólares (40 a 45 euros)
OPINIÃO DA BLOGUEIRA: Foi o meu primeiro rafting da vida. E após a queda, tive a certeza de que “a canoa tinha virado”. O golpe é tamanho que o bote literalmente mergulha. Como estava no meio de uma famosa gargalhada histérica, engoli metade do rio, enquanto a outra metade entrou pelos meus ouvidos. Depois disso, demorei alguns minutos para conseguir coordenar os remos novamente. E a gargalhada histérica foi até o final. Surreal.

Zorb: É uma bola transparente de plástico de uns dois metros de diâmetro com uma outra bola de plástico no interior. Entre as duas bolas uma camada de ar. Para entrar no brinquedo, o “passageiro” tem que pegar distância e mergulhar por um tubo lateral. Mais ou menos como se você estivesse voltando para dentro do útero materno através de um umbigo gigante. Depois disso, a esfera interna (onde você está), é preenchida com um pouco de água para que tudo fique escorregadio. Feito isso, a bola é empurrada barranco abaixo.
ONDE FAZER: Rotorua
PREÇO: 45 NZ dólares (23 euros)
OPINIÃO DA BLOGUEIRA: É mais ou menos como estar em uma montanha russa e dentro da máquina de lavar roupa ao mesmo tempo. Algo muito, muito, muito engraçado e difícil de descrever. Com duas pessoas dentro, como foi o meu caso, fica ainda mais divertido. Mas o risco de levar um pé no ouvido ou uma unhada sempre existe. É uma gargalhada histérica do início ao fim.

DICA ESPERTA: Essas brincadeirinhas são uma paulada no orçamento. Para doer menos, sempre pesquise sobre os pacotes de duas ou mais atividades, com desconto. E como já disse no post passado: tudo é muito mais barato fora de Queenstown.

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