Ultimamente, tenho viajado em média quatro/cinco meses por ano. É tempo de sobra para testar os acessórios que são realmente úteis em uma viagem – e deixar de lado aquilo que comprei por empolgação. Fã incondicional das companhias low cost, que cobram por cada grama extra e têm limites de peso xiitas, tive que aprender a viajar leve, com malas em torno de 15 quilos. Os badulaques dos quais não abro mão, portanto, são coisas sem as quais eu realmente passaria maus momentos. A lista é mais do que enxuta:
Tampões de ouvido supersônicos – da MUJI
Viciei em tampões de ouvido quando um edifício de 10 andares foi construído justo ao lado da minha janela. Ao longo de três anos, testei todas as marcas, materiais e formatos. Nada bate os da marca japonesa MUJI, com os quais sou capaz de dormir em um show do ACDC. Eles são a salvação em hotéis barulhentos, à prova de roncos e cantos de galo. Em cidades como Hanóis e Bangcoc, ganharam status de objeto mais importante de toda a mala.
Máscara de dormir do Batman – da Samsonite
Em muitos lugares do mundo (a Ásia e a América Central, por exemplo) há zero de preocupação com o isolamento da luz nos hotéis. Portanto, máscara neles. Mas aí é que está: algumas são verdadeiros instrumentos de tortura, que fazem você suar, esmagam o globo ocular (você ja acordou enxergando tudo embaçado depois de dormir de máscara?) e amassam o nariz. O modelo anatômico, da Sansonite, é um luxo. Acomoda-se perfeitamente ao rosto, temuma “casinha” para a órbita do olho e é confeccionada em um tecido macio e fresco.
Toalha superabsorvente – da Tribord
Em hotéis mais simples, a toalha pode ser áspera ou simplesmente não existir. Essa superabsorvente enxuga quase como uma toalha normal (depois da primeira lavada) e pode ser útil também na praia (melhor do que uma talha normal, porque não chupa a areia) e na piscina, com uma supervantagem: seca rapidíssimo. Macia e gostosa, também pode servir como uma mantinha emergencial para ar condicionado de ônibus e coisas do gênero. A minha já virou até cachecol!
Nécessaire de pendurar – marca MUJI
Você desenrola, pendura em qualquer canto e pronto: estão lá as suas coisinhas organizadas como se estivessem em um armário. Muito melhor do que as nécessaires tipo bolsinhas, que deixam tudo jogado de maneira caótica e precisam de um lugar plano para serem apoiadas.
Fronha – da minha casa
Isso é coisa minha. A minha fronha privê serve tanto para o caso de lençóis ásperos e nojentinhos, quanto para que eu sinta aquele cheirinho de casa quando não me sinto cômoda em algum lugar, por motivos que a razão desconhece (costuma acontecer principalmente na primeira noite que passo em um lugar, quando chego à noite em uma cidade… vai entender…). Bom, você pode achar que é tudo bobagem, mas caso isso aconteça com você também, fica a dica.
Máscara e snorkel + protetor de cabelo – kit da Tribord
Técnica mais eficiente do mundo para que uma máscara de mergulho não embace: dar uma cuspidinha e espalhar a saliva na lente. Nojentíssimo, mas todo mergulhador faz isso (“the greener, the better” é a horrível piada interna). Sendo assim, você gostaria de compartilhar este objeto com mais um sem fim de pessoas. Nope! O tubo segue a mesma lógica. E o protetor é para que não arranque minhas louras madeixas a cada vez que decido ver peixinhos coloridos.
Rede do Gato Félix, que vira bolsinha – marca Ticket to the Moon
A melhor invenção do ser humano depois da roda e do O.B. é uma rede ultra leve, confortável e macia, feita de lona de pára-quedas, que pode ser pendurada em qualquer lugar (com uma técnica genial que vem explicada nas instruções) sem ganchos e sem que você tenha que dar e desatar nós. Quando você cansar de descansar, basta enrolar e enfiar em uma bolsinha minúscula que vem incorporada à própria rede. Comprei a minha em Bali, mas pode ser comprada em vários lugares do mundo.
E você? O que SEMPRE leva na mala? Me conta!
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