Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Espanha em estado de emergência: atrações fechadas e cruzeiros proibidos

A partir de agora, o governo espanhol pode tomar medidas drásticas, como restringir a circulação de pessoas pelo país

Por Adriana Setti
Atualizado em 13 mar 2020, 19h45 - Publicado em 13 mar 2020, 14h51

As coisas aqui na Espanha estão acontecendo na velocidade dos contágios por coronavírus esta semana. Desde a última vez que postei sobre a situação aqui no blog, meros três dias atrás, o país passou por uma reviravolta. Diante dos 4209 casos confirmados (cerca de mil a mais do que ontem!), e do fato da OMS ter declarado a Europa como centro mundial da pandemia, o presidente Pedro Sánchez decretou o “estado de alarma” (estado de emergência), que deverá ser aprovado amanhã pelo Conselho de Ministros e durar pelo menos 15 dias.

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O “estado de alarma” pode ser acionado em casos de catástrofes e calamidades, como terremotos, inundações gravíssimas, além de crises de saúde (como é o caso), interrupção de serviços básicos aos cidadãos, entre outros motivos de peso – a última vez foi na greve dos controladores aéreos, em 2010. O que isso significa? Que, a partir de agora, o governo central espanhol tem poder para tomar medidas drásticas, como limitar a circulação de pessoas pelo país, intervir nas indústrias e racionar o consumo de bens de primeira necessidade, entre outras.

Por enquanto, poucas cidades estão realmente isoladas e com acesso controlado pela polícia. É o caso de Igualada e mais três cidadezinhas vizinhas, perto de Barcelona, onde 49 pessoas foram subitamente contagiadas – entre elas 33 médicos de um mesmo hospital! Na região de Múrcia, ao sul do país, alguns municípios litorâneos também acabam de ser fechados, após a chegada de milhares de madrilenos, que aproveitaram a quarentena para tirar umas férias na praia (Madri é o foco da epidemia no país, com metade dos casos). Mas, a partir de amanhã, é possível que haja restrições em outros lugares ou até em todo o território espanhol (como aconteceu na Itália).

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Como está o clima em Barcelona, onde vivo

Até poucos dias atrás, o coronavírus parecia algo distante, apesar do monotema na imprensa e nas rodas de amigos. As escolas estavam funcionando, as atrações estavam abertas, as pessoas estavam frequentando bares e restaurantes e os supermercados tinham as estantes cheias. No começo da semana, eventos (como festas de amigos) começaram a ser cancelados. Com a suspensão das aulas, ontem, o clima pesou mais e, hoje – sexta-feira 13 –, a sensação é de que a neura atingiu o seu ponto máximo com a declaração do estado de alarme. Acabo de voltar do principal supermercado do bairro, onde encontrei um cenário de guerra, com prateleiras vazias. Mas, passando por outras lojinhas e pelo mercadão público (onde a situação era praticamente normal), consegui me abastecer para os próximos dias. Vinho não está em falta. E o Netflix está aí para o que der e vier.

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