Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Disney Paris: tudo o que você precisa saber

Como chegar, onde ficar, melhor época, as atrações exclusivas, como driblar as filas nos brinquedos e muitas outras dicas para curtir bem a Disneyland Paris

Por Adriana Setti
Atualizado em 29 jul 2024, 14h49 - Publicado em 20 dez 2023, 18h16
Entrada da Disneyland Paris: o mundo de Mickey Mouse com sotaque francês
Entrada da Disneyland Paris: o mundo de Mickey Mouse com sotaque francês (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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A Disneyland Paris completou 30 anos recentemente. Nessas três décadas, cresceu, apareceu e provou para o mundo que, sim, o maravilhoso mundo de Mickey Mouse também faz sentido no coração da Europa: são quase 10 milhões de visitantes ao ano.

O complexo tem dois parques temáticos: a Disneyland, que seria o equivalente ao Magic Kingdom de Orlando, e o Walt Disney Studios, versão europeia do Hollywood Studios. Além disso, há a Disney Village, um complexo com lojas e restaurantes que conecta os parques à ala onde ficam os hotéis. A seguir, tudo o que você precisa saber.

Como ir do aeroporto até a Disney Paris

O jeito mais fácil de ir do aeroporto até a Disneyland Paris é com o Magical Shuttle, que parte da frente do terminal dos dois aeroportos de Paris e vai direto até a porta dos parques ou do seu hotel. O bilhete custa € 48, ida e volta, tanto do Charles de Gaulle como de Orly. Também dá pra ir de TGV (trem de alta velocidade) do Charles de Gaulle até a estação que fica perto do parque. Mas, nesse caso, você ainda teria que pegar um ônibus até o hotel ou caminhar.

Como ir de Paris até a Disney

É facílimo ir do centro de Paris até a Disneyland Paris. Basta pegar um trem RER da Gare de Lyon ou da estação de Châtelet. O trajeto dura uns 40 minutos e a estação de desembarque fica praticamente na entrada dos parques. Também há um ônibus que parte de lugares estratégicos de Paris, em horários limitados — mas sai mais caro e demora muito mais, especialmente nos horários de pico de trânsito.

Quando ir

A primeira coisa a ter em mente é que Paris não tem o clima ameno da Flórida. De maio a setembro, há boas chances de você pegar sol e calor ­— sempre lembrando que a capital francesa pode ser chuvosa o ano todo. Já de outubro a abril, e principalmente no inverno, pode fazer frio e até nevar. Mesmo assim, os parques não contam com muitas áreas cobertas fora das atrações. Algumas filas, ou parte delas, não são cobertas. Ou seja, é sempre bom ter galocha e capa de chuva à mão e, principalmente, avaliar o nível de resistência ao frio dos envolvidos, principalmente das crianças. Sobretudo no inverno, os espetáculos noturnos e desfiles podem ser cancelados devido ao mau tempo. Quando estive por lá, no fim de outubro, peguei três dias razoáveis e um muito ruim, que impediu as dezenas de drones do encerramento do Walt Disney Studios de voarem. Acontece.

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O mau tempo pode atrapalhar sua viagem, principalmente no inverno (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Quanto tempo

A Disneyland Paris é uma versão compacta da Disneyworld. Dois dias é tempo suficiente para curtir os dois parques. Fique um terceiro se quiser fazer as coisas com mais calma ou na alta temporada (julho, agosto e feriados), quando as filas são maiores e o ritmo fica mais lento. Meu sobrinho de 13 anos e eu havíamos planejado ficar quatro dias, mas acabamos desencanando e indo para Paris um dia (a pedido dele, ou seja…).

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Atrações exclusivas

Você vai encontrar várias atrações clássicas dos parques norte-americanos na Disney Paris: It’s A Small World, Thunder Mountain, Pirates of the Caribbean, Peter Pan’s Flight, Space Mountain, The Twilight Zone Tower etc. Mas também há uma boa lista de espetáculos e “brinquedos” exclusivos, como um Les Mystères du Nautilus, que simula um submarino antigo; um labirinto fofo inspirado em Alice no País das Maravilhas; a montanha-russa Crush’s Coaster, baseada em Procurando Nemo, entre outros. Além disso, a Space Mountain, que tem temática de Star Wars, é bem mais veloz e radical do que a de Orlando. Fora isso, o castelo da Disneyland Paris é inspirado no da Bela Adormecida enquanto o do Magic Kingdom representa o da Cinderela. Ou seja, mesmo que já tenha ido aos parques da Flórida, terá boas chances de se surpreender.

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Comunicação

É Disney, mas é Paris. É Paris, mas é Disney. Ou seja, por mais que você esteja na França, onde nem sempre é fácil se comunicar em outro idioma além do francês, todos os funcionários do complexo falam inglês e nem esperam que você diga algumas palavrinhas no idioma — ainda que um bonjour seja sempre bom por educação. Tanto nos shows como nos brinquedos, a narrativa é feita de uma forma genial e fluida, metade em inglês, metade em francês, de forma que quem entende um dos idiomas possa compreender tudo sem a necessidade de tradução. Os roteiristas estão de parabéns. Se você não fala nem inglês, nem francês, não se preocupe: tudo é intuitivo e ninguém vai pra Disney para “entender” a história por trás dos brinquedos, não é mesmo? Basta vivenciar.

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Simulador inspirado em Star Wars no parque Disneyland. (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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Para pegar menos fila

Há dois tipos de Disney Premier Access, o passe que permite que você “fure” a fila nas atrações. A compra é feita pelo próprio app da Disney, depois da aquisição das entradas. Não é barato: a partir de € 90 por pessoa, por dia. Praticamente o mesmo preço do ingresso, ou mais. Mas há um truque que quem frequenta parques já sabe: entrar pela fila de “single riders”, ou seja, das pessoas que vão sozinhas nas atrações. Isso não significa que você tenha que necessariamente estar sozinho. Basta estar disposto a se separar dos seus amigos ou familiares e, eventualmente, ir em outro carrinho ou em lugar separado (na outra fila, você tem a garantia de ir com o grupo todo junto). Meu sobrinho e eu entramos várias vezes nessa fila, que quase sempre tinha a metade da espera das outra, e só tivemos que nos separar de fato uma vez. Ou seja, vale muito a pena, especialmente para quem viaja só em duas pessoas adultas (ou quase). Com criança pequena, obviamente, não dá para fazer isso.

Onde ficar na Disneyland Paris

O melhor lugar para se hospedar não é novidade: dentro da Disney. Comprando um pacote de entradas com hotel, você tem vantagens como entrada nos parques uma hora antes da abertura dos portões (ideal para pegar as atrações mais disputadas sem filas), compras levadas diretamente até o seu quarto a partir de € 50 euros, acesso aos parques sem passar pela entrada principal, interação com as personagens depois do café da manhã e ônibus grátis até a porta do parque (ainda que seja muito fácil e agradável ir andando). Como os hotéis são temáticos, também é um jeito de fazer uma imersão 24 horas no espírito Disney.

A grande vantagem, no entanto, é ter um lugar perto para dar uma descansadinha no meio do dia. É fato: rotina de parque é capaz de cansar até um adolescente de 13 anos. Portanto, nada como fazer uma pausa e relaxar na piscina (aquecida) antes de voltar para ver os espetáculos noturnos, por exemplo.

O mais próximo dos parques (cinco minutos andando), é também o mais caro: Disney’s Hotel New York, que tem temática dos heróis da Marvel. Eu fiquei no que vem logo depois (oito minutos andando), Disney Sequoia Lodge, que tem preço intermediário. Apesar da pouca empolgação do meu sobrinho com a temática do Bambi, adoramos o fato do hotel estar literalmente no meio de um bosque. Em pleno outono, as cores das árvores pareciam coisa de conto de fadas. E o silêncio depois de tanto estímulo auditivo e visual nos parques era uma benção. Os mais econômicos, Cheyenne e Santa Fe, ficam um pouco mais afastados (coisa de 15 minutos andando). Vale lembrar que você sempre pode usar o ônibus grátis.

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Onde comer: trago verdades

Espere pagar caro por refeições medíocres. A Disney não é um destino gourmet, por mais que esteja em Paris. Ou seja, tenha em mente que vai gastar uns € 20 para um lanchinho no parque (tipo um hambúrguer com batata frita e refrigerante), € 6 por um saco de pipoca e mais de € 50 para um restaurante temático. Na Disney Village, dá para gastar um pouco menos em lanchonetes e restaurantes mais simples (neste outro post falei um pouco sobre como economizar). Uma coisa que não levei muito a sério e me dei mal: se quiser ir a algum restaurante temático ou mais incrementado, reserve com dias de antecedência. Em cima da hora, mesmo em um fim de semana de baixa temporada, não consegui lugar nos mais disputados. Além disso, os restaurantes que funcionam sem reserva na Disney Village tinham penosas filas na porta.

Disney Village

A Disney Village é a parte mais fraquinha do complexo e está claramente precisando de uma atualização. Algumas obras de reforma já começaram, então deve melhorar em breve. Mas, por hora, as ruas estão rachadas e os restaurantes são meio decadentes.

Segurança

Você sempre terá que passar por detectores de metal ao entrar no hotel e nos parques. Desde outubro, no entanto, a França está em alerta máxima contra o terrorismo, como consequência política do conflito entre Israel e Hamas. Ou seja, todos os processos estão mais rígidos neste momento. Quando estive lá, em outubro, havia um controle extra com detector de metal entre os hotéis e os parques e policiais circulando fortemente armados dentro e fora do complexo e, principalmente, nos aeroportos.

Valor do ingresso da Disney Paris

O ingresso de dois dias, incluindo os dois parques, custa a partir de 71 euros por dia; saiba mais. Você pode também reservar ingressos e hotéis juntos neste link. Quer economizar ao menos um pouco na Disney de Paris? Confira este outro post.

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