Cartões de crédito são eficientes no Sudeste Asiático para quem fica nos hotéis maiores e mais caros, come nos restaurantes idem e viaja só de avião. Ainda assim, tenha sempre em mente que muitos lugares cobram taxas extras de até 6% para pagamento no cartão e outros fogem do seu dinheiro de plástico como o diabo da cruz (desculpas como “a máquina está quebrada” são muuuito comuns), ainda que a plaquinha “We prefer Mastercard” adorne a porta do estabelecimento. Para pagar hotéis e restaurantes médios e baratos, viagens de ônibus, passeios e comprinhas em geral, é preciso ter dinheiro vivo, ou você morrerá de fome.
O dólar e o euro são ultra bem-vindos no dia-a-dia do Camboja (o mais dolarizado de todos), no Vietnã e no Laos – o que já é mais complicado na Tailândia ou na Indonésia. Mas a cotação no momento de cada compra sempre será a pior possível. Por isso, é sempre melhor ter a moeda local em mãos (por mais confuso que você possa ficar com tantos zeros). Alguns lugares trocam traveller checks, mas sempre com as piores tarifas.
As cidades grandes e os lugares mais turísticos são sempre bem servidos de ATMs (caixas eletrônicos). Mas não conte com eles em ilhotas remotas e não dependa exclusivamente deles jamais.
Quem não sabe a senha de saque do cartão pode apelar para muitos lugares que fazem “cash advance” (uma operação que é como se você comprasse dinheiro com o seu cartão) nos lugares turísticos. Mas nas ilhas onde os ATMs não existem, e portanto eles não tem concorrência, as taxas podem chegar a estapafúrdios 10%.
Aconteceu no Laos: durante três dias, todos os caixas eletrônicos mostravam o singelo cartaz da foto. Consequentemente, a gringaiada correu para as casas de câmbio e… o dinheiro da cidade (Vang Vieng) em moeda local acabou. Só não precisei subir no coqueiro para buscar a minha subsistência porque uma amiga ainda conservava algumas notas pequenas de dólar.