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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Dicas para se virar no Lago de Como sem ser rico

Dicas para conhecer o refúgio de George Clooney sem gastar uma fortuna

Por Adriana Setti
Atualizado em 13 set 2019, 16h54 - Publicado em 25 jan 2017, 09h30

O que sabemos sobre o Lago de Como? Que ele fica a menos de uma hora de Milão, ao norte da Itália, e que é para onde George Clooney e mais uma patota de jetsetters foge quando não quer ver e muito menos ser visto. Diante disso, nós, mortais, temos a tendência de concluir que destinos assim não são para o nosso bico.

No entanto, salvo raras exceções, os lugares que ganham fama por seus hotéis de luxo e habitués hollywoodianos também costumam ser povoados por pessoas de carne e osso, que fazem compras em supermercados, almoçam aos domingos com a família e se locomovem com o transporte público. Seguindo os passos desses terráqueos, é possível se virar sem gastar uma fortuna.

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A paisagem escandalosa, com as cidadezinhas que se refletem no lago ()

Há quem vá ao Lago de Como exatamente para mergulhar nessa atmosfera de glamour. Mas a grande atração é, sem dúvida, obra da mãe natureza: e você não paga nada para contemplar. A paisagem é linda de morrer (e mais impactante ao vivo do que em qualquer foto que você tenha visto). Forjado pela ação glacial há milhares de anos, em forma de Y invertido, o terceiro maior lago da Itália se derrama aos pés dos Alpes, cujos picos nevados se refletem na água, emoldurando cidadezinhas decoradas com jardins pontilhados de ciprestes.

A mais lindinha delas é, sem dúvidas, Varenna, onde sugiro que você se hospede. Veja como não é tão impossível assim. No hotel Beretta, com vistas para o lago, a diária de casal custa €75. Na mesma faixa de preço, você pode optar pelo B&B Il Bolentino ou pelo B&B della Contrada. Lembrando que diárias de menos de três dígitos são um achado até mesmo em destinos menos hypados da Europa.

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Varenna, a cidadezinha mais fofa do Lago de Como ()

Fazendo algumas conexões (da estação central Milão até Lecco e, de lá, até Fiumelatte), dá para chegar de trem em Varenna. E a boa notícia é que linhas de ferry unem a cidadezinha aos outros vilarejos mais bonitos da região – Bellagio e Menaggio. Cada um em sua margem, o trio fica bem no ponto em que os três braços aquáticos (lembre-se, ele tem forma de Y) do lago convergem.

Os barcos públicos, que a maioria dos locais utiliza ao invés de carro (veja os horários aqui) cruzam o lago em ziguezague. As passagens são baratas. Para ir de Varenna a Bellagio, por exemplo, você paga € 4,60. E ainda pode comprar o bilhete que permite livre circulação durante um dia, por € 15. Para seis dias, o preço é de €45. Basta ficar por dentro dos horários de sair navegando.

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De quebra, os traslados de barco são ótimas oportunidades para contemplar a grandeza da paisagem e respirar o ar fresco que desce dos Alpes.

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Bellagio, a cidade mais famosa do pedaço ()

Fazendo isso, você leva uma grande vantagem com relação a quem alugou carro. Isso porque as estradinhas que dão a volta no Lago de Como são estreias e atravessam um sem fim de cidadezinhas. Mesmo sem ter muito movimento (o que definitivamente muda de figura no verão), acaba ficando congestionada pela quantidade de semáforos e trechos em que praticamente só passa um carro por vez.

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Você também não vai passar fome. Uma vez na Itália, sempre haverá um lugarzinho para comer pizza al taglio (pizza aos pedaços) ou uma boa piadinha por menos de €5. SEMPRE. Até no minúsculo vilarejo onde me hospedei, Torno, havia essas opções. Aliás, foi lá que topei com o delicioso Ristorante Vapore, lotado de locais, onde uma belíssima refeição pode sair por €25 por cabeça.

Em Varenna, meu grande achado nesse sentido foi o restaurante do Hotel du Lac. Escondidinho, ele tem um esplêndido terraço sobre o lago, e uma comida honestíssima a bom preço (€25 por cabeça).

Quando ir: O lago de Como é lindo de abril a outubro. Evite o inverno, quando muitos hotéis e restaurantes fecha e a umidade acaba cobrindo o lago com uma eterna neblina.

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