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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Como está a situação do coronavírus na Espanha

Estatísticas, formas de prevenção e medidas contra a histeria coletiva

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2020, 17h05 - Publicado em 27 fev 2020, 16h05

Nas últimas 24 horas, recebi várias mensagens via Instagram (@drisetti) de gente com viagem marcada para a Espanha encanada com a situação do coronavírus por aqui.

Para que você não fique andando de máscara desnecessariamente, como Adriane Galisteu pelas ruas de Roma (onde ainda não há nenhum caso confirmado), é bom ler o comunicado emitido HOJE pela Cruz Vermelha aqui na Espanha:

“Segundo o Ministério da Saúde, os casos graves relatados na China foram de apenas 4% e 81% eram pacientes com condições leves. Das pessoas falecidas (2% dos doentes), 70% sofriam de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e / ou respiratórias. Além disso, 80% tinham mais de 60 anos.”

 Balanço atual de doentes na Espanha em 27/2

São 18h53 (horários de Madri) e, neste momento, o número oficial de doentes na Espanha é de 18 pessoas infectadas com coronavírus. Apenas uma delas estaria em estado realmente grave e não houve nenhuma morte.

Os doentes estão em hospitais de Tenerife (4) e La Gomera (1), nas Ilhas Canárias; Madri (4); Barcelona (3); Valencia (4) e Castellón (1), na Comunidade Valenciana, e Sevilla (1), na Andaluzia. Fora isso, duas outras pessoas que foram contagiadas já se curaram e não entram nessas estatísticas.

A Espanha em relação ao resto da Europa

No placar europeu, a Espanha é o quarto país mais afetado, depois da Itália, Alemanha, França e Espanha.

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O clima por aqui

Desde ontem, o governo alterou o nível de risco de baixo para moderado. Mas o discurso continua sendo a favor da calma e contra a histeria coletiva. E, fora do aeroporto de Barcelona, não vi ninguém andando de máscara pela rua (alô, Galisteu!). Ontem mesmo, um dos jornalistas mais respeitados da Espanha, Iñaki Gabilondo, postou um vídeo intitulado “protocolo nacional anti-histeria”. Em menos de 4 minutos, ele ressalta que a rapidez com que o vírus se espalha não é necessariamente proporcional à sua periculosidade, que a sua taxa de mortalidade é relativamente baixa (de cerca de 0,7% fora da China), entre outros fatos interessantes.

O que faz sentido e o que é paranoia em matéria de prevenção

Levando em consideração que o vírus se transmite de forma direta por gotinhas de saliva, estima-se que a distância máxima para o contágio (através de um espirro, por exemplo) seria de aproximadamente dois metros. O modo mais provável de ser infectado, portanto, é através de uma superfície contaminada. Exemplo: a pessoa espirra no ônibus, as gotinhas ficam no segurador de mãos, você apoia ali e depois come um sanduíche, ou coça os olhos.

Portanto, o mais importante, disparado, é manter as mãos limpas com álcool gel ou lavando bem com sabão. Já o uso da máscara, faz sentido em lugares nos quais você vai chegar mais perto das pessoas: filas, metrô, cinema, aglomerações em geral (se der para evitar essas situações, melhor). Já para andar ao ar livre na cidade ou onde seja, é inútil.

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Onde conseguir informação confiável sobre o coronavírus na Espanha

Em tempos tão críticos, todo cuidado é pouco para evitar as fake news. Como fonte de informação sobre a Espanha, portanto, recomendo o bom e velho jornal El País, que hoje mesmo publicou uma matéria excelente e detalhada com as chaves para entender o coronavírus. Clique aqui para ler. Também recomendo a página da Cruz Vermelha, que acaba de publicar um informe sobre como reduzir os riscos de contágio.

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