Como é ficar no Niyama, o paraíso dos surfistas nas Maldivas
Destino de férias de Gabriel Medina e Cauã Raymond, o resort tem duas ilhas conectadas e uma onda no quintal
Se você é um dos 12 milhões de seguidores do Cauã Reymond, provavelmente acompanhou a viagem do ator, em companhia da apresentadora Mariana Goldfarb, para as Maldivas. Teve surf, teve mergulho, teve #gratidão diante do marzão azul, teve rolês de bike entre orquídeas…. Era difícil pensar em qualquer outra coisa enquanto aquelas silhuetas perfeitas apareciam no feed. Mas, em algum momento, é capaz que você tenha indagado: que lugar é esse, senhor? O paraíso em questão é o Niyama Private Islands, da rede Minor Hotels, a 45 minutos de hidroavião de Malé, a capital do país.
Cauã teve um motivo bem claro para escolher o hotel, assim como os surfistas Gabriel Medina e Adriano de Souza – veja o vídeo das férias dos dois abaixo. O Niyama é o único resort cinco estrelas das Maldivas que tem uma onda perfeita no quintal, acessível com algumas remadas: a Vodi, uma esquerda tubular que costuma ter seus melhores dias entre março e novembro. Além dela, a Kasabu, uma direita oca e potente, está a cinco minutos de barco da costa. “Soube dessa onda meses antes de receber o convite pra trabalhar aqui e quase chorei quando surfei a Vodi pela primeira vez”, conta Erick Proost, um dos fotógrafos e cinegrafistas de surf mais respeitados do Brasil, que passou a temporada 2021 no Niyama registrando as manobras dos hóspedes – são dele as fotos que Cauã postou no Instagram.
O surf é tão importante no Niyama que um de seus diretores (o californiano Nathan Kemp) se dedica exclusivamente a desenvolver o esporte na ilha. Na temporada 2022, a equipe contará com o surf coach norte-americano Cris Mills e com a fotógrafa marroquina Naomi Adbib, que já clicou Lucas Chumbo e Maya Gabeira na onda gigante de Nazaré, em Portugal, onde aprendeu a falar português. Quem não surfa pode se jogar nos balanços do Surf Shack para assistir ao espetáculo com mojito em mãos – o bar é especializado em drinks com rum. Quem disse que Maldivas era só para lua de mel?
Ação ou descanso?
Com 134 vilas e residências atendidas por 400 funcionários, o Niyama se divide entre duas ilhas conectadas por uma pequena ponte. Na Chill, mais voltada pro relax, estão os famosos bangalôs sobre a água, alguns restaurantes e o espetacular Drift Spa, onde várias salas de tratamento têm vista para o mar.
Já a Play, concentra a centro de esportes aquáticos – parasailing, mergulho, windsurf, esqui aquático, entre outros –, o centro de fitness e yoga, alguns restaurantes, bares e as beach villas, ou seja, as acomodações pé na areia. Para se deslocar entre esses dois pequenos universos, cada hóspede tem a sua bike. Mas também é possível chamar o Uber versão Maldivas: um carro elétrico de golfe pilotado pelo mordomo (Thakuru) da sua villa. Com sorte, você pode cruzar o “coconut guru” pelo caminho, com seu carrinho cheio de água de coco geladinha.
Raio-x da villa
Um “problema” dos resorts de luxo das Maldivas é que, por mais incríveis que sejam as atrações e atividades, tudo na sua villa conspira para que você não tenha vontade de sair de lá. Com piso e teto de madeira, meu quarto tinha decoração inspirada nos corais e se abria escandalosamente para o mar azul. Detalhe: rola até máquina de fazer pipoca.
Localizado em uma lagoa coralina, o bangalô onde me hospedei está cercado por águas bem rasas e calmas. Na maré baixa, a profundidade não passa da altura dos joelhos. Apoiada na borda da infinity pool, conseguia ver as ondas quebrando nos corais ao longe. Day bed, deck com espreguiçadeiras e uma mesa completam o espaço externo.
O banheiro é um latifúndio. Branquíssimo e minimalista, conta com uma banheira retangular profunda, posicionada diante de uma parede de vidro que se abre para o deck. Já o chuveiro, fica em um espaço semiaberto, assim como o WC, de onde dava pra ver o mar – sem ser vista.
Por essas e outras, tomar café no quarto é uma delícia. No Ultimate Champagne Breakfast (US$ 165 por pessoa), há ovos trufados, geleias, frutas, panquecas, salmão defumado, sucos naturais e champagne. Para que seja servido gloriosamente em uma bandeja flutuante, há um acréscimo de US$ 50. Uma verdade: você sempre acabará tendo que transferir o banquete para a mesa por sua conta se realmente quiser comer direito e na sombra. Quanto valem os likes no Insta?
Comer é um espetáculo
Entre restaurantes, bares e uma delicatessen, o Niyama tem nove espaços gastronômicos. Alguns deles são especialmente cinematográficos, a começar pelo Nest. Especializado em cozinha asiática – japonesa, tailandesa e chinesa –, tem mesas distribuídas por passarelas suspensas na copa das árvores. Além do cenário, o teppanyaki é espetacular. Outro cheio de originalidade é o Tribal, que serve cozinha africana e centro-americana, com muitas receitas preparadas na brasa, em um grande jardim protegido por cúpulas arredondadas de madeira.
A 500 metros da costa, o Subsix é o lindo restaurante subaquático, ao redor do qual a bióloga alemã Philippa Jenkins, apaixonada pelo oceano até o seu último fio de cabelo loiro, se empenha para levar adiante um jardim de corais – os hóspedes podem adotar um “bebê coral”, contribuindo para o projeto.
Ainda que o Niyama não tenha um arrecife de corais próprio para o mergulho aonde é possível ir nadando, bastam poucos minutos de lancha para chegar a lugares incríveis, onde é possível fazer snorkeling entre tartarugas e tubarões inofensivos. E se essa não é a sua praia, fique atento ao desembarcar do hidroavião. Bem embaixo do píer, costuma-se ver um grupinho de tubarões bebês nadando placidamente. Só nas Maldivas.
Na mesma viagem eu também fiquei hospedada no Anantara Kihavah, leia aqui como foi. E para planejar a sua viagem, leia o relato completo e com dicas para escolher o seu resort, deslocamentos e alguns segredinhos.