Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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A comida lituana: delícias e melecas

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h51 - Publicado em 22 jul 2011, 14h43

Ravióli de frutinhas (doce como o cão): dureza

Você gosta de dill? Não? Hummm, então começamos mal. Esse temperinho verde, também conhecido como aneto, está para a cozinha local assim como o coentro está para a culinária baiana. Vai em tudo: nos peixes, nas sopas, no purê de batatas, nas batatas…. Menos mal que eu adoro.

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Dill: não gosta? Xi….

Você gosta de cominho? Não? Ui! Então prepare-se para ignorar todo e qualquer pedacinho de pão que pintar na sua frente. Pão na lituânia tem gosto de cominho.

Você está de regime? Tssssss…. resta a você comer muito arenque defumado (a crème de la crème da culinária lituana, na minha opinião) e picles de pepino. Ou então descobrir qual o segredo das sílfides lituanas, que conseguem a proeza de manter a silhueta num país onde a batata e os molhos à base de creme de leite (muito gostosos, mas pesados) são a ordem do dia.

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Sopa de beterraba fria. Delícia! Mas use com moderação…

Fui à Lituânia com uma listinha de pratos típicos que “tinha” que provar. Coisas que eu supostamente comi quando era pequena, mas das quais não tenho registros na memória. Uma delas era a saltibarsciai, uma sopa de beterraba fria com sour cream, creme de leite e ovos cozidos (levinha, né gente?). Falando assim parece uma gororoba, mas é uma delícia. Bom, as primeiras são uma delícia. E desconfio que esse seja o meu limite para uma viagem de uma semana (minha mãe não teve limites).

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Sopa deliciosa de maricos e peixes

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Sopa incrível de tomate

Caviar de salmão excelente e barato

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Carne de javali com muuuuito purê: como ser magra na Lituânia segue sendo um mistério

Arenque defumado com picles, a grande delícia

Também procurei como louca um kugelis, uma torta de batata incrivelmente deliciosa que a minha tia Amélia faz como ninguém. Não achei em restaurante algum e cheguei à conclusão de que é uma comidinha caseira, daquelas que só a mãe (ou no caso, a tia) da gente faz. Como só comi em restaurantes, e ainda por cima “bacaninhas”, acho que perguntar pelo kugelis foi o mesmo que pedir arroz e feijão no DOM (bom, guardadas as devidas proporções). De qualquer forma, se um kugelis pintar na sua frente na sua viagem, vai fundo.

As boas surpresas da viagem foram as sopas quentes: de champgnon, de peixes e mariscos, do que seja. Pode pedir sem medo.

No ímpeto de provar coisas diferentes, coisa que sempre tento fazer, me dei bem e me dei mal. Um prato chamado “Nariz Frio” revelou-se, ao vir à mesa, ser ravióli de uvas-do-monte (uma espécie de prima da amora ou algo assim). Argh! E o que dizer do aperitivo número um? Torrada de pão preto duríssima com uma maionese de alho demolidora. E haja sal de frutas!

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