Visconde de Mauá
Foi-se o tempo em que esse trecho aprazível da Serra da Mantiqueira era conhecido como reduto hippie. Não que seja impossível encontrá-los (principalmente na vila de Maromba). Hoje, porém, Visconde Mauá é mais associada a hospedagens confortáveis e bons restaurantes – caso dos estrelados Rosmarinus Officinalis, Gosto com Gosto e Babel. A natureza ainda é um ótimo atrativo, com cachoeiras e paisagens de serra. Para entender melhor esse charmoso destino, saiba que ele é dividido em três vilas: Visconde de Mauá, Maromba e Maringá (que fica parte no Rio, parte em Minas). Lembre-se de levar dinheiro em espécie: há apenas um caixa eletrônico Itaú em Mauá.
COMO CHEGAR
De São Paulo, é preciso seguir pela Ayrton Senna-Carvalho Pinto (SP-070) até Taubaté e continuar para via Dutra (BR-116) até atravessar a divisa com o Rio de Janeiro. Quem vem da capital fluminense deve pegar a Dutra sentido São Paulo. Em ambos os percursos, entre na saída do km 311, no trevo de Penedo, e percorra mais 30 km até Mauá. Todo o trecho foi pavimentado no fim de 2011. De ônibus, há apenas uma saída semanal feita a partir do Rio, às sextas (19h35) – pela Viação Cidade do Aço (21/2233-1218, R$ 55,90, 4h30 de viagem). A volta é sempre aos domingos, saindo de Mauá às 16h.
COMO CIRCULAR
As três vilas, Visconde de Mauá, Maringá e Maromba, são ligadas por estradas de terra esburacadas, ainda piores em época de chuva, mas transitáveis com carros de passeio – a boa notícia é que há projetos de asfaltamento entre elas. Parte das hospedagens, restaurantes e lojinhas fica em Mauá e Maringá, enquanto Maromba é conhecida por atrativos naturais, como a cachoeira do Escorrega. Além dessas vilas, a região tem vales acessados por estradinhas íngremes, nesse caso, é aconselhável se informar sobre as condições antes de ir. Há apenas um posto de gasolina na região, que fica entre Mauá e Maringá.
ONDE FICAR
Ao contrário de outros destinos serranos, onde hotéis para famílias dividem espaço com as pousadas românticas, as hospedagens de Visconde de Mauá têm foco quase exclusivo nos casais. Uma exceção é o hotel Bühler, com uma robusta área de lazer para as crianças. Grande parte da rede se concentra no Vale do Pavão ou nas estradas que levam a Campo Alegre e à vila de Maromba. Quem se hospeda próximo à Alameda Gastronômica Tia Sofia, em Maringá-MG, não encontra belas paisagens, mas fica perto de boa parte dos restaurantes.
ONDE COMER
A gastronomia é um dos grandes atrativos de Visconde de Mauá. Há três casas estreladas e até uma via dedicada aos restaurantes: a Alameda Gastronômica Tia Sofia. Apesar da predominância de cardápios da cozinha variada, há representantes das culinárias mineira, italiana e vegetariana.
Comida típica – Nas águas limpas e geladas da região, a Truta encontra seu habitat ideal. Em Mauá, os cardápios abusam da forma salmonada, resultado da adição de betacaroteno à ração. Assim, com a cor mais próxima da do salmão e bem mais encorpado, o peixe é servido grelhado ou assado, em filés ou inteiro, com os mais diversos acompanhamentos. Há desde os molhos mais comuns, como os de alcaparras, até os mais criativos, como os que levam queijos e aveia.
SUGESTÕES DE ROTEIROS
2 dias – Em um fim de semana, é possível conhecer um pouquinho de cada vila e comer nos melhores restaurantes. Um almoço no estrelado mineiro Gosto com Gosto, logo na entrada de Visconde de Mauá, pode ser a primeira parada. Depois, siga para o interessante Museu Duas Rodas ou para a Cachoeira do Escorrega, em Maromba. O jantar pode ser nos estrelados Babel ou Rosmarinus Officinalis. Dedique o dia seguinte para passear pela vila de Maringá, onde há lojinhas bacanas e cafés.
4 dias – Além de circular com calma entre as três vilas, você pode fazer passeios mais longos, como o que leva às cachoeiras Vale do Alcantilado ou Santa Clara. Outra opção é esticar para fazer comprinhas em locais mais afastados, como o Truta Rosa e o Capril Maluvito’s. Também há Roteiros a Cavalo. A refeição pode ser em um dos restaurantes da Alameda Gastronômica Tia Sofia.
6 dias – Com mais tempo, aproveite para investir em programas mais distantes, como o que leva às cachoeiras Vila de Santo Antônio do Rio Grande ou à Cachoeira da Fumaça. Subir até a Pedra Selada também é boa pedida para fechar o roteiro.
QUANDO IR
Entre maio, quando acontece o evento Mês do Pinhão, e o fim do inverno, as hospedagens lotam nos fins de semana e feriados. Na primavera, as diárias caem e chuvas são raras. O verão é ideal para curtir as cachoeiras, mas chove mais.