Serra da Canastra: como chegar, onde ficar, passeios, queijos
A Serra da Canastra fica em uma região de cerrado, com vegetação rasteira e enormes chapadas a formar monumentais quedas-d’água. Grande parte das atrações está dentro de um parque nacional, criado em 1972 com o objetivo de preservar a nascente do Rio São Francisco.
O destino guarda paredões rochosos dos quais despencam inúmeras quedas-d’água, além de abrigar os produtores do especialíssimo queijo canastra, que você pode saborear e comprar. São Roque de Minas, a 340 quilômetros de Belo Horizonte, é a cidade-base com melhor estrutura para curtir o parque, com pousadas e restaurantes.
Conhecer a Cachoeira Casca D’Anta e as outras belezas da Canastra é um passeio e tanto para quem tem espírito de aventura na veia – isso porque, apesar do acesso ter sido facilitado ao longo dos anos, circular em carro de passeio ainda reserva algumas dificuldades – veículos 4×4 sofrem menos por aqui.
ONDE FICA A SERRA DA CANASTRA
A Serra da Canastra fica em uma região de cerrado, com vegetação rasteira e enormes chapadas. Grande parte das atrações está dentro do parque nacional, criado em 1972 com o objetivo de preservar a nascente do Rio São Francisco. O parque tem três portarias na parte alta – São Roque de Minas, São João Batista e Sacramento (o ideal é ter um 4×4 para percorrê-las) – e uma na baixa – São José do Barreiro (carros comuns chegam bem).
COMO CHEGAR NA SERRA DA CANASTRA
Para chegar a São Roque de Minas, a maioria dos turistas se vale dos 58 km asfaltados da MG-341, a partir de Piumhi. Daí em diante, a moleza acaba: até a parte baixa do parque, são 24 km asfaltados (indo a Vargem Bonita) e outros 26 km de terra (até a portaria Casca D’Anta), num trecho complicado em períodos chuvosos.
Para se ter uma ideia, atravessar os 72 km da estrada de terra (e muitas pedras) que corta o parque, ligando as portarias São Roque e Sacramento, é uma missão de até 3 horas, em dias normais.
COMO CIRCULAR
A estrada que corta o parque é ruim. Por isso, vale contratar guias locais com veículos 4×4 em São Roque de Minas – algumas pousadas também oferecem o serviço. Quem tiver espírito aventureiro pode ir de carro próprio a cachoeiras como Casca D’Anta, do Cerradão e do Jota. A Canastra Adventure organiza passeios em 4×4.
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O QUE FAZER
A Cachoeira Casca d’Anta é a grande atração, com 186 metros de queda. Da portaria de São José do Barreiro (parte baixa) sai uma trilha de 1.500 metros até a queda, com piscinas naturais no caminho. Pela parte alta, há um bom poço e um mirante. Uma trilha íngreme liga as duas partes, mas sem um veículo de apoio será necessário fazer o longo retorno.
Localizada em uma propriedade particular, mas com acesso pelo parque, a Cachoeira do Fundão tem uma ótima piscina, e com sorte se avista o pato-mergulhão.
Fora dos limites do parque, há muito mais cachoeiras.
Próxima a São Roque de Minas, a Cerradão tem três quedas, poços para banho e trilha tranquila. São apenas 15 minutos de caminhada para acessá-la.
Distante 43 km de São Roque em estrada de terra, com mais uma caminhada árdua de duas horas se chega à Cachoeira do Rolinho, a maior da Canastra, com 300 metros.
O Sítio Nossa Senhora Aparecida, de seu Onésio Leite da Silva, tem alguns dos melhores queijos da região, de fabricação artesanal. Você pode visitar a produção e degustar.
ONDE FICAR
Com boa estrutura hoteleira e gastronômica e fácil acesso às principais atrações, São Roque de Minas é a melhor base para conhecer a região.
A Fazendinha da Canastra fica na cidade de Vargem Bonita. O casal de proprietários Vicente e Silmar dignifca a palavra anftriões. Em 5 minutos de prosa regados a um café com queijo canastra, eles conquistam qualquer um. Profundo conhecedor da região, Vicente dá ótimas dicas de passeios, inclusive livrando os hóspedes de possíveis roubadas. Ele também costuma guiar hóspedes a bordo de seu 4×4. Silmar fica responsável pela engorda dos turistas e comanda a equipe que produz bolos, biscoitos e doces. O café da manhã tem pão de queijo feito na hora e uma chapa para o hóspede preparar o ovo frito e assar o queijo canastra. Sem contar as ultracalóricas e deliciosas receitas mineiras preparadas no fogão a lenha (a diária inclui o jantar). As acomodações dividem-se em rústicos chalés e suítes na casa-sede, sem nenhum luxo. Ou melhor, o luxo é deitar-se na rede da varanda e ficar observando o céu estrelado.
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A Pousada Barcelos, simples, mas estruturada, é cercada por um belo jardim no ponto mais alto da área urbana. Tem sauna, piscina aquecida, sala de TV e biblioteca para descansar após os passeios e trilhas na natureza.
O Hotel Chapadão da Canastra, em meio a um bonito bosque, é simples e tem 24 quartos com varanda e ar-condicionado. Ganha pontos pela recepção simpática da proprietária Renilda e pelo café da manhã bem servido.
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ONDE COMER
Pastel de angu, linguiça de pernil, frango com quiabo, moqueca de surubim: só delícias regionais bem-feitas no restaurante rústico Recanto do Surubim.
O restaurante Vivá tem bufê de comida mineira feita no forno a lenha em um salão simples e com grande área externa. Há noites de música ao vivo.
NÃO PERCA
Presente em todos os bufês de café da manhã, é difícil sair da região sem levar um queijo canastra na bagagem – até porque o preço é mais em conta que os encontrados nas capitais. Veja aqui uma seleção de produtores de queijo canastra.
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MELHOR ÉPOCA
Na época da seca, de abril a outubro, as estradas não ficam tão ruins.
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