Miami: melhor época, hotéis, restaurantes, passeios e mais

Por Bárbara Ligero Atualizado em 28 ago 2023, 15h19 - Publicado em 26 set 2011, 18h04

Queridinha dos brasileiros, Miami detém uma coleção inegável de predicados. Banhada pela Baía de Biscayne, a cidade tem clima predominantemente ensolarado e um lifestyle quase tropical que reverbera o mix de culturas que ali se encontram.

Alguns dos nomes mais badalados da hotelaria e da gastronomia mundial catapultaram vários endereços ao estrelato. A abundância de festas, bares e baladas proporciona uma vida noturna non-stop e a diversidade de lojas – de grifes famosas a marcas independentes – acaba sendo uma tentação para encher as sacolas, mesmo com o dólar nas alturas.

Para além das vitrines, Miami ainda é point de arte contemporânea, vocação evidenciada pela feira originalmente suíça Art Basel, que acontece em dezembro, e museus como o Superblue, inaugurado em 2021.

Miami Beach, com sua herança da arquitetura art déco, ainda é o lugar para se estar à beira-mar, mas é Downtown, o centro financeiro, que mais tem recebido novidades nos últimos anos, como o enorme Brickell City Center.

Seus vizinhos Wynwood e Design District convidam a conhecer uma Miami artsy e descolada. Para ir mais fundo, regiões como Coral Gables, Coconut Grove e Little Havana e ilhas como Key Biscayne também merecem uma visita.

Por essas e outras, Miami pede uma viagem sem pressa, mesmo para quem só está de passagem para embarcar em um cruzeiro pelo Caribe ou a caminho dos parques temáticos de Orlando.

QUANDO IR PARA MIAMI

O inverno, de dezembro a março, é considerado alta temporada: os preços dos hotéis sobem e a cidade fica cheia e festiva – a temperatura fica entre 15ºC e 26ºC. Atente para o Spring Break americano, que rola no mês de março e lota Miami Beach com a galera baladeira.

Maio marca um intervalo estratégico entre a alta temporada e o calorão do verão, mas pode haver tempestades.

Junho, julho e agosto são os meses mais chuvosos, e setembro e outubro têm temperaturas amenas.

Novembro é boa pedida: a água do mar ainda está morninha, chove pouquíssimo e os preços dos hotéis não estão nas alturas.

COMO CHEGAR EM MIAMI

O Miami Internacional Airport, a 14 km de Downtown e 20 km de Miami Beach, recebe voos nacionais e internacionais. A American Airlines e a Latam operam voos diretos do Brasil para lá. A Azul voa para o aeroporto de Fort Lauderdale, a 38 km de Downtown.

O aeroporto de Miami conta com os serviços do Metrorail – a Orange Line leva a regiões como Miami Beach, Brickell e Coconut Grove. O ônibus Miami Beach Airport Express funciona a cada meia hora e também vai até de Miami Beach, da 41st Street ao South Pointe Drive.

Também é possível ir de táxi, Uber, Lyft ou com empresas de transfer como a Super Shuttle e a Magnificent 7 Transportation, cujo motorista Ronald Gross fala português (+1 786 487 7675).

COMO CIRCULAR POR MIAMI

Miami é pouco amigável a pedestres. Para ir de um lugar ao outro nessa cidade espalhada, o carro ainda é a melhor opção. Os aplicativos de transporte, como o Uber e o Lyft, ficaram mais caros depois da pandemia, mas continuam sendo mais econômicos do que os táxis tradicionais e livram de pagar estacionamento. Alugar um carro vale a pena caso você siga viagem para outras cidades da Flórida.

Para circular por partes de Downtown e Brickell, pode ser útil utilizar os sistemas de trens elevados Metromover e Metrorail. O primeiro, mais interessante para os turistas, é gratuito e leva a pontos de interesse como o Bayside Market Place, a FTX Arena, o Patricia and Phillip Frost Museum of Science e o Brickell City Center. O segundo, mais utilizado pelos moradores locais, cobre uma região maior da cidade, passando inclusive pelo Miami Internacional Airport.

Como o dinheiro em espécie não é aceito para pagamento do Metrorail, é preciso adquirir o cartão Easy, disponível nas estações, e carregá-lo com o valor da passagem.

Caso esteja hospedado em Miami Beach, o único meio de transporte público que leva para as demais partes da cidades é a rede de ônibus Metrobus. Os ônibus têm horários pré-definidos para passar em cada parada, mas os intervalos entre um e outro costumam ser longos e os atrasos são comuns (o aplicativo Google Maps, quando conectado à internet, mostra o horário previsto de chegada em cada ponto).

As passagens geralmente custam US$ 2,25 e devem ser pagas através do Easy Card ou em espécie: o passageiro deve inserir as moedas e notas em uma máquina ao lado do motorista até que elas completem o valor da passagem. Vale dizer que é preciso ter a quantia exata, já que a máquina não devolve troco.

Por fim, o trolley é uma espécie de ônibus com design vintage que faz trajetos curtos em looping de forma gratuita. Algumas das rotas mais interessantes para os turistas são as que circulam por Brickell, Little Havana, Coconut Grove e Wynwood, poupando bons minutos de caminhada.

BAIRROS DE MIAMI

Miami Beach

O calçadão da Ocean Drive, que margeia a bela praia de South Beach, é a epítome da Miami ensolarada de corpo sarado, letreiros neon e drinques ininterruptos. Para um passeio por ali, você pode aproveitar o sistema de compartilhamento público de bicicletas Citi Bike.

Repare nas dezenas de edifícios art déco construídos entre os anos 1920 e 1940 na região – o Art Deco District Welcome Center conta mais sobre esse estilo de arquitetura, que se misturou com características específicas deste ponto da Flórida, como a iconografia tropical, os neons e os tons pastéis.

Os exemplos são muitos, desde o quartel da polícia de praia até uma enorme lista de hotéis: Beacon Hotel, Cardozo Hotel, Breakwater Hotel, entre outros.

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Também na Ocean Drive, seguindo o estilo de uma vila europeia, fica aquela que foi a única moradia privada de toda a rua: a mansão de Gianni Versace. Diariamente os guias turísticos fazem ali uma parada para contar a maneira como, em 1997, o designer de moda foi assassinado quando regressava de sua caminhada matinal ao News Café (temporariamente fechado), o mais famoso de South Beach. Atualmente, a antiga propriedade de Versace abriga o restaurante Gianni’s.

Seguindo a avenida até o fim você chega ao South Pointe Park, onde dá para sentar nas muretas e observar o pôr do sol. Ainda em South Beach fica o New World Center, casa da orquestra New World Symphony e construção do célebre arquiteto canadense Frank Gehry.

Não perca os chamados Wallcasts, quando os concertos são projetados em uma parede de 650 metros quadrados e o pessoal se acomoda no gramado do Soundscape Park para assistir, na faixa.

Ao cair da noite, o grande hit de South Beach é a Lincoln Road, rua reservada para pedestres com palmeiras e restaurantes com mesas nas calçadas. Lojas de marcas conhecidas (e amadas) pelos brasileiros estão ali, como Urban Outfitters, Anthropologie, Diesel, H&M e Victoria’s Secret.

Note o número 1111, um edifício-garagem com placas de concreto equilibradas sobre colunas irregulares que tem algo de Niemeyer – no topo fica o badalado restaurante Juvia.

Dois mercadões gastronômicos estão por ali: o Lincoln Eatery e o Time Out MarketTambém reservada para pedestres, a rua ladeada por palmeiras Española Way também bomba com restaurantes mexicanos, cubanos e até brasileiros instalados em casas de estilo colonial.

Porém, um dos lugares mais badalados no momento é o hotel de luxo The Goodtime, fruto de uma parceria entre o cantor e produtor americano Pharrell Williams e o “rei da noite” de Miami, David Grutman. Inaugurado em abril de 2021, ele serviu de cenário para cenas do clipe de Anitta “Girl From Rio” e abriga à beira de sua piscina o disputado restaurante e bar Strawberry Moon, embalado por DJs.

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Para pegar praia, dá para se esticar nas espreguiçadeiras disputadas de South Beach (paga-se para usá-las) ou ir mais ao norte, a Mid-Beach, onde famílias são agraciadas pela atmosfera tranquila e o playground grande da rua 53rd.

Em North Beach, mais sossegada ainda, fica a Atlantic Way, uma pista deliciosa para caminhar ou andar de bike que corre entre a vegetação e a areia. A praia da rua 85th, antecedida por um parque, tem areia fofa e é uma das poucas da cidade onde você pode relaxar sem prédios atrás.

Continuando pela Collins Avenue, chega-se a Bal Harbour, onde diz-se que que há mais milionários do que em qualquer outro lugar dos Estados Unidos – para comprar com estilo, confira o shopping de luxo Bal Harbour Shops. A praia também é aprazível.

Atravessando a ponte, chega-se ao Haulover Park, onde a faixa de areia é vazia (há trechos reservados ao nudismo) e entram os maiores swells de Miami para o surfe.

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Downtown e Brickell

Apesar de ser sobretudo uma área financeira, com edifícios de dezenas de andares ocupados por escritórios, Downtown também tem uma porção de atrações de peso. Comece pelo Museum Park, um bonito parque à beira da Baía de Biscayne.

Ele é casa do Pérez Art Museum, com mais de duas mil obras de artistas latinos e norte-mericanos e mostras temporárias de grandes nomes da arte contemporânea. O vizinho Phillip and Patricia Frost Museum of Science abriga instalações como um planetário com projeções 3D e um aquário circular cheio de tubarões, além de exposições sobre o universo, o corpo humano e a história do voo.

Ficam próximos o Adrienne Arsht Center, prédio arrojado que sedia apresentações da Miami Symphony Orchestra e do Miami City Ballet, e a FTX Arena, que recebe jogos de basquete do time local, o Miami Heat, e foi palco para shows de Anitta antes mesmo da reabertura das fronteiras dos Estados Unidos.

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Dali é um pulo para o Bayfront Park, que tem gramadões e pistas de caminhada e é sede para uma porção de eventos, incluindo aulas de yoga gratuitas, o festival de música eletrônica Ultra Music Festival e as festas de 4 de julho e de ano-novo.

Anexo a ele, o Bayside Marketplace é um shopping ao ar livre com quiosques vendendo souvenires, lojas de marcas como U.S. Polo Assn e Foot Locker e filiais do Hard Rock Café e do Bubba Gump Shrimp & Co.

Em novembro de 2020, o complexo também ganhou a roda-gigante Skyviews, que tem vista panorâmica para a Baía de Biscayne.

Também é relativamente novo o imenso Brickell City Center, um shopping moderno cheio de vãos abertos inaugurado em novembro de 2016 que engloba lojas, restaurantes e o mercado gastronômico italiano Luna Park. Ele fica interligado com o hotel EAST, onde está o badalado bar rooftop Sugar.

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Design District e Wynwood

O passeio pelo Design District é gostoso até pra quem não tem a intenção de comprar quadros, móveis, objetos de decoração, roupas e sapatos em endereços como Armani Casa, Kartell, Loboutin e Dior. As lojas e galerias ficam espalhadas pela NE 2nd Avenue e as ruas 39th, 40th e 41th.

Dê uma parada pra ver a exposição da vez prédio-caixote branco que abriga a De La Cruz Collection e as mostras do Institute of Contemporary Art. Recente adição à paisagem do bairro é o Museum Garage (NE 1st Ave & NE 41st St), de 2015, com cinco fachadas pensadas por diferentes artistas e arquitetos.

Próximo, Wynwood está para Miami como Williamsburg está para Nova York: é o bairro da moda, onde antigos galpões industriais foram ocupados por cafés, bares, lojas, galerias e restaurantes descolados.

O melhor é fazer uma peregrinação pelos pontos mais legais, começando pela NW 2nd Avenue, a mais agitada do bairro, onde estão as famosas paredes grafitadas Wynwood Walls. Antigamente, o espaço era aberto ao público, mas atualmente é preciso pagar um ingresso para ver os painéis.

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Entre as lojas de Wynwood, são bacanas a Warby Parker, uma ótica hipsterizada, a Nomad Tribe, com calçados feitos à mão e acessórios únicos, a Antidote, focada em moda sustentável, e a Wynwood Letterpress, para deixar loucos fãs de papelarias bonitas. O Wynwood Shop representa bem a alma do bairro, com brincos, bolsas, cadernos, quadros, bonés e sabonetes de designers locais.

Quem leva arte a sério deve passar ainda em duas galerias com coleções particulares, a The Margulies Collection at the Warehouse e, um pouco mais distante, o Rubell Museum, já no bairro de Allapattah.

Se tornou indispensável para todos que visitam Miami, porém, conhecer o Superblue. O hub de arte experimental abriu as portas em maio de 2021 com obras de arte tecnológicas e imersivas de grande escala, nas quais os visitantes podem “entrar” – e algumas até reagem ao toque. Saiba mais sobre ele aqui.

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Little Havana

Hoje, em grande medida, Miami é uma cidade bilíngue. Para além do inglês, o espanhol é falado muito frequentemente por uma imensa comunidade originária da América Latina, com destaque para mais de um milhão e meio de pessoas vindas de Cuba.

Desde os anos 1960, esse fluxo constante de cubanos foi criando e alargando a área da cidade conhecida como Little Havana. Trata-se de uma recriação da vida em Cuba, com restaurantes, barbearias, cafés, lojas de charutos e música cubana por toda parte, mas também anúncios de advogados especializados em imigração e empresas que enviam pacotes para a ilha.

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O epicentro do bairro é a SW 8th Street, a famosa Calle Ocho. Para além dos diversos tipos de comércio cubano, incluindo a famosa loja de charutos Cuba Tobacco Cigar Co., a via tem uma calçada da fama à la Hollywood, mas apenas com personalidades cubanas como Gloria Estefan ou Celia Cruz.

A alguns quarteirões de distância existe também o Memorial da Brigada 2506, que homenageia os 114 exilados cubanos treinados pela CIA que morreram na Baía dos Porcos em 1961 ao tentar derrubar o regime de Fidel Castro.

Um dos pontos mais especiais, no entanto, é o Maximo Gomez Park, onde velhinhos jogam dominó. Um cartaz define as regras: é proibido estar sem camisa, gritar, cuspir no chão, dizer palavrões e utilizar armas (brancas ou de fogo). Quem não respeitar esses pontos pode ser impedido de jogar por duas a quatro semanas.

Na terceira sexta-feira do mês acontecem as Viernes Culturales, evento cultual de graça e aberto ao público. Arte de rua, música, comida cubana, feira de artesanato e atrações infantis enchem a Calle 8 e há tours a pé gratuitos para ensinar sobre a história do bairro.

Coconut Grove e Coral Gables

Margeando a Baía de Biscayne, vale visitar o Vizcaya Museum and Gardens, uma mansão de inspiração renascentista italiana erguida no começo do século 20 pelo magnata James Derring. Em 1952, virou museu, expondo o mobiliário da época. A parte mais bacana são os jardins ao redor, que cobrem 100 mil metros quadrados e têm centenas de tipos de plantas.

A atração faz parte de Coconut Grove, o mais antigo bairro continuamente habitado de Miami. A região é um convite às caminhadas a pé pelo Peacock Park e por ruas arborizadas ladeadas por boutiques descoladas, galerias de arte e cafés, como é o caso da Commodore Plaza e a Main Highway.

Ali perto fica o shopping ao ar livre CocoWalk, que passou por uma reforma de dois anos e foi reinaugurado em janeiro de 2021.

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Coconut Grove fica colada em Coral Gables, famosa pela Venetian Pool, a maior piscina artificial dos Estados Unidos, com 3 mil litros de água renovados diariamente graças a um poço artesiano. A região também convida a uma tarde de compras na chamada Miracle Mile, rua conhecida pelas lojas de vestido de noiva, e no enorme shopping Dadeland Mall.

Virginia Key e Key Biscayne

Em Virginia Key fica o Miami Seaquarium, que exibe bichos como golfinhos, tartarugas, pinguins e arraias, e um parque com trilhas arborizadas. Na Hobie Island Beach Park, pode-se alugar pedalinhos, caiaques e pranchas de stand up para remar mirando o skyline da cidade.

Continuando, chega-se a Key Biscayne, onde ficam dois parques naturais: o Crandon Park, forrado por coqueirais, com quadras esportivas, campo de golfe e uma bela praia, e o Bill Baggs Cape Par Florida State Park, com mesas de piquenique, um restaurante e uma praia com águas calmas e areia branquinha. Um farol de 1825 deixa o panorama lindamente fotogênico.

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ONDE FICAR EM MIAMI

Em Miami é quase irresistível se hospedar à beira-mar. Em Miami Beach, há desde pequenos estabelecimentos boutique, alguns deles em antigos predinhos art déco, a hotelões de redes internacionais famosas.

Para pagar menos e não abrir mão de charme, fique no Freehand Hostel, que tem quatros coletivos e individuais, um belo jardim com piscina e um bar e um restaurante badaladíssimos.

Na Española Way, uma das ruas mais simpáticas de South Beach, está o El Paseo Hotel, com quartos espaçosos com pequenas varandas.

Ainda na seleção custo/benefício, veja o Riviera Suites, a duas quadras da praia, e o Circa 39 Hotel Miami Beach, com serviço de praia, staff simpático e boa piscina.

Na categoria de hospedagem badaladas, estão enfileirados pela Collins Avenue hotéis como o W South Beach, cujo lobby remete a uma galeria de arte contemporânea. Lá estão o restaurante chinês Mr. Chow e a balada Wall. Seu vizinho 1 Hotel South Beach é um resort com pegada sustentável, orgânica e high-tech com quatros confortabilíssimos e bar no rooftop.

Outra opção na região é o The Ritz-Carlton South Beach, hotel de 1953 que ganhou cara nova após passar por uma reforma de US$ 90 milhões em 2021, mesmo ano em que seu spa foi eleito o melhor da Flórida pelo World Spa Awards.

Porém, um dos lugares mais badalados no momento é o The Goodtime, fruto de uma parceria entre o cantor e produtor americano Pharrell Williams e o “rei da noite” de Miami, David Grutman. Inaugurado em abril de 2021, ele serviu de cenário para cenas do clipe de Anitta “Girl From Rio” e abriga à beira de sua piscina o disputado restaurante e bar Strawberry Moon, embalado por DJs.

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Mais a frente, em Mid-Beach, o The Miami Edition tem área de lazer turbinada, com duas piscinas, um dos melhores spas da cidade, academia, balada, pista de boliche e de patinação no gelo.

O The Confidante, da rede Hyatt, figura um lindo espaço na frente da praia com cabanas coloridas, quartos chiques com decoração retrô e restaurante da chef-celebridade Michelle Bernstein.

Do empresário argentino Alan Faena, o Faena Hotel Miami Beach tem décor pomposo e excêntrico e fica dentro de um complexo que inclui shopping e galeria de arte. O descomunal Fontainebleau Miami Beach coleciona fãs brasileiros com seus mais de mil quatros e sua balada bombada LIV.

Quem não fizer questão de ficar no buchicho pode conferir o Four Seasons Hotel at The Surf Club, entre North Beach e Bal Harbour, construído em um antigo clube da high society dos anos 1930 com 77 belas suítes.

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Ficar na região de Brickell significa estar mais perto das atrações de Downtwon e Wynwood. A hotelaria tem ganhado adições significativas, a exemplo do SLS Brickell, um prédio arrojado do escritório cool Arquitectonica e decoração do designer francês Philippe Starck.

Estão ali também o Mandarin Oriental, um refúgio de luxo que abriga um restaurante do chef peruano Gastón Acurio, um spa de três andares e uma prainha particular artificial. O próximo Kimpton EPIC tem belas vistas para a água da janela dos quartos e um rooftop com bar e piscinas.

Para pagar menos, fique no Eurostars Langford, instalado em edifício histórico de 1925 com quartos modernos.

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Para glamour à moda antiga, o The Biltmore Hotel, em Coral Gables, fica em um palácio de inspiração mediterrânea de 1926 com quartos opulentos, um campo de golfe de 18 buracos e uma piscina enorme rodeada por esculturas renascentistas.

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ONDE COMER EM MIAMI

A cena gastronômica de Miami é turbinadíssima: de cozinha moderna americana à tradicional cubana, de hambúrguer a ostras, de comida grega à persa, de padaria hipster a bistrô francês, de lanchonetes pé sujo a templos de alta gastronomia. Seus restaurantes refletem a fusão de culturas na cidade e a presença de alguns dos melhores chefs dos Estados Unidos (e do mundo).

Em Miami Beach, dá para comer bem e rapidinho em lugares como o My Ceviche, com cumbucas de ceviche e poke com combinações diversas de ingredientes, e o La Sandwicherie, com sanduíches com recheios fartos servidos em baguetes por cerca de US$ 10.

Há pedidas saudáveis e vegetarianas no Pura Vida, com décor praiano-chique digno de Pinterest, e no Planta, com pratinhos como tartar de abacate e poke de melancia. Já o Pubbelly Sushi, do grupo Pubbelly Boys, tem porções de inspiração asiática como o “butter crab roll”, o polvo grelhado e os tostones com ceviche.

Dentro do The Goodtime, à beira da piscina, o Strawberry Moon é um dos restaurantes mais badalados do momento: serve drinks e pratos mediterrâneos.

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Para um almoço com mais sustança, o Yardbird é especializado em comfort food do sul dos Estados Unidos e conhecido pelo singelo e saboroso frango frito, sequinho por fora, suculento por dentro. Para comer em potencialmente um dos salões mais vistosos de Miami, o Byblos tem no menu um mosaico gastronômico do Oriente Médio.

Importado de Nova York, o Lucali é um sucesso desde o dia que abriu com suas pizzas e calzones feitos com ingredientes fresquíssimos. Para uma instituição local, apareça no Joe’s Stone Crab para pedir caranguejos com molhinhos diversos.

Se for para investir em um jantar especial com menu-degustação, aposte no Stubborn Seed, aberto pelo vencedor do programa Top Chef, Jeremy Ford, que tem opções com cinco ou oito pratos.

Outra ideia é o Pao by Paul Qui, dentro do hotel Faena, também de um vencedor do Top Chef, onde você come ao redor de um unicórnio gigante com as vísceras à mostra do artista Damien Hirst. O menu tem influência asiática – não perca o “smoked shortrib asado”, bife wagyu cozido por 72 horas acompanhado de purê de batata doce japonesa.

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Na região Downtown/Brickell, o Zuma é um hit há anos com seu menu japonês e brunch fartíssimo aos domingos. No hotel East, o Quinto La Huella é filial de um parador famoso de Punta del Este e serve carnes feitas na parrilla a lenha. Outra opção carnívora é o Edge, Steak & Bar, dentro do hotel Four Seasons, que tem cortes de alta qualidade e frutos do mar com acompanhamentos diversos.

Para um ambiente mais descontraído, há o Seaspice, na beira do rio Miami (peça a caçarola “market seafood”, que vem com lagosta, camarão, mexilhões, lulas), o All Day, com cafés e sanduíches, o Fooq’s, com kebab e homus, e o NIU, de especialidades espanholas.

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Em Wynwood, possivelmente uma das regiões mais interessantes para comer hoje, comece pelo que é raiz com o Enriqueta’s Sandwich Shop, uma lanchonete simplona de sanduíches cubanos – o clássico vem com presunto, carne de porco assada, queijo e picles.

Para tacos, burritos e quesadillas muito bem preparados, vá ao concorrido Coyo Taco. Se sentir cheirinho de pão assando, é do Zak the Baker, uma padaria e delicatessen judaica que vende sanduíches, pães e docinhos artesanais.

O sorvete mais instagramável (e gostoso) do pedaço é o da Serendipity, com sua parede estampada com flamingos.

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No Kyu, o ex-chef do adorado Zuma usa a técnica japonesa yakinku para grelhar vegetais, carnes e frutos do mar, também num salão com ares industriais e serviço relaxado. O Beaker & Gray tem como proposta sanduíches e pequenos pratos para dividir e uma carta caprichada de coquetéis.

O italiano Joey’s, com boas massas e pizzas, ficou notório depois que recebeu Jay Z e Beyoncé para almoçar.

No vizinho Design District também há points banacas pra comer, como o Mandolin Aegean Bistro, com pratos gregos e turcos.

Em Little Havana, o Ball & Chain é parada obrigatória: o restaurante com pátio ao ar livre tem apresentações de salsa e jazz ao vivo, quitutes típicos e cañitas (rum com mel). Para experimentar a culinária cubana, um dos endereços mais icônicos é o Versailles. Também não pode faltar uma parada no Azucar, que vende sorvetes no sabor café com leite, plátano e bolo de rum.

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Já em Coconut Grove, que tem incrementado sua cena gastronômica, o Harry’s Pizzeria é do chef-celebridade Michael Schwartz’s, o Glass & Vine tem pratos triviais com toque de chef e o clássico Monty’s Raw Bar é ideal para um drinque com vista para a marina.

Também merece atenção o novo Meraki Greek Bistro, que serve pratos típicos da culinária grega em um salão todo azul e branco.

COMPRAS EM MIAMI

Nenhuma outra cidade dos Estados Unidos é mais relacionada ao universo das compras do que Miami. Ali há um cardápio generoso de shoppings, complexos a céu aberto e lojas em meio a neons de South Beach, debaixo do skyline moderno de Downtown e entre os grafites coloridos de Wynwood.

E, uma vez dentro de seus dois megaoutlets, o Sawgrass Mills  e o Dolphin Mall, vale tudo: até arrastar uma mala de rodinhas cheia de sacolas por corredores labirínticos feitos exclusivamente para esvaziar o seu bolso com descontões que podem chegar a 80%.

E nem a alta do dólar tem inibido a justificada gana dos shopaholics; afinal, mesmo com a moeda americana nas alturas, quase tudo o que é vendido ali, de roupas a eletrônicos, continua mais em conta que no Brasil.

Além dos já citados, não perca as megalojas de departamento como Macy’s, Ross Dress For Less e Target, e o shopping Aventura Mall.

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