Os heróis portugueses celebrados em Os Lusíadas tinham um objetivo claro em mente: chegar às Índias e trazer de lá riquezas nunca vistas. Os entrepostos e colônias que lá fundaram floreceram, mas com o passar dos anos foram sendo absorvidos na atribulada história do país. O último enclave desse império ultramarino foi Goa, que depois de quatrocentos anos de domínio português, finalmente passou à administração indiana.
Hoje Goa é um dos menores estados da nação e, embora seu passado português esteja desaparecendo, muito da atmosfera colonial ainda resiste. Suas praias idílicas são um destino turístico popular, atraindo de hippies tardios a mochileiros de todas as idades.
A arquitetura regional é bem distinta do resto do país, repleta de igrejas católicas e edificações de linhas européias. Embora o hinduísmo seja a religião predominante, um catolicismo sincrético é abraçado por uma minoria influente e elitista.
Outro fruto das confluência entre indianos e portugueses é sua culinária local, com deliciosos pratos com frutos do mar que podem ser apreciados em barraquinhas a beira-mar.
Panjim é a ‘capital’ de Goa e concentra boa parte dos serviços bancários, de transporte e comunicação, mas os inúmeros e simpáticos vilarejos espalhados pela orla reservam cada qual uma atmosfera diferente. Isso significa ora uma praia lotada de jovens dançando ao som bate-estaca, ora um pôr do sol silencioso e romântico debaixo de uma palmeira.
Atualizado em 9/11/2015.
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