Inicialmente chamada de Piraguá ou Sacopenapã, a Lagoa Rodrigo de Freitas era habitada pelos indígenas do povo tamoio até o início do século 16, quando a consolidação do domínio português na cidade do Rio de Janeiro mudou esse cenário.
De lá para cá, o famoso espelho d’água se tornou um dos pontos mais frequentados de uma cidade conhecida pelas praias e morros, com a peculiaridade de não ser nem uma coisa nem outra, mas se situar no meio de ambos – a lagoa fica entre a Serra Carioca e o Oceano Atlântico, abrigando em seu entorno uma vasta área verde dedicada ao lazer. Além de belas paisagens, esse cartão-postal da cidade carrega um legado histórico e cultural imensurável.
Tesouro na Zona Sul do Rio de Janeiro
Em 1575, ao reconhecer a fertilidade do solo, a Coroa Portuguesa instalou na região o Engenho D’El Rei. As terras foram vendidas ao vereador Diogo Amorim Soares, em 1598. Sete anos depois, o terreno foi adquirido por Sebastião Fagundes Varela, passando a se chamar Lagoa do Fagundes.
Foi somente em 1707 que o local foi herdado pelo capitão Rodrigo de Freitas de Mello e Castro, como parte do dote pelo seu casamento com Petronilha Fagundes, bisneta de Fagundes Varela. Assim, a lagoa recebeu o nome pelo qual é conhecida até hoje.
A propriedade permaneceu com a família até que Dom João VI desapropriou a área e transformou o antigo engenho na Fábrica de Pólvora e Munição, que funcionou nas primeiras décadas do século 19. Na região, também foi criado o atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
No final do século 19, o processo de urbanização e a realização de aterros reduziram a área do espelho d’água: de 4,48 milhões de metros quadrados para cerca de 2,3 milhões de metros quadrados. Foi apenas no início dos anos 2000 que a lagoa foi tombada e sua geografia passou a ser preservada, para evitar novas perdas.
Um dia na Lagoa Rodrigo de Freitas
Destino ideal em um dia ensolarado, o local é o cenário perfeito para a prática de esportes, como remo, canoagem, stand up paddle, yoga, skate e patins. Os tradicionais passeios de pedalinho e de quadriciclo também não podem ficar de fora da visita.
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Seja em uma caminhada ou volta de bicicleta, é possível contemplar o Cristo Redentor e apreciar um belo pôr-do-sol. Há quem prefira admirar as paisagens a bordo de um helicóptero, o que é uma possibilidade na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Natureza e cultura em um só lugar
Nas margens da lagoa, está localizado o Parque da Catacumba, um refúgio verde com trilhas arborizadas, vistas panorâmicas e esculturas ao ar livre. Empresas como a Lagoa Aventuras oferecem diversas opções de atividades no local para os visitantes, entre arvorismo, rapel e escalada.
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A Casa Museu Eva Klabin é outra atração imperdível e com entrada gratuita. Seu renomado acervo de arte clássica conta com mais de duas mil peças, que contemplam desde o Antigo Egito até o Impressionismo.
Restaurantes na Lagoa Rodrigo de Freitas
Para se deliciar com a gastronomia local, uma possibilidade é o Quintal do Rio. O bar e restaurante oferece opções de comidas e bebidas acompanhadas de uma programação com muita música ao vivo e transmissões de jogos de futebol.
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O libanês Arab da Lagoa e o tradicional Rancho Português também valem a visita. Há ainda o Complexo Lagoon, um shopping com vários restaurantes e vista para o espelho d’água.
Outra dica é aproveitar o passeio para fazer um piquenique ou simplesmente beber uma água de coco em um dos quiosques no entorno.
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