Cripta da Catedral da Sé receberá série de concertos em 2022
As apresentações musicais gratuitas acontecem na capela subterrânea, que fica sete metros abaixo do nível da Praça da Sé
A ideia de realizar concertos na Cripta da Catedral da Sé surgiu em 2019, como parte das comemorações do centenário da inauguração do espaço. Felizmente, o projeto teve continuidade em 2020 e 2021 e as apresentações musicais serão retomadas em 2022. Elas acontecerão aos sábados, às 16h, de forma gratuita: os 70 ingressos disponíveis por apresentação são distribuídos a partir das 15h ao lado da Secretaria da Catedral da Sé (à direita do altar principal).
No dia 30 de abril, as cantoras líricas Marly Montoni e Juliana Taino apresentarão duetos e arias de grandes óperas de Verdi, Puccini, Mozart e outros. Soprano e mezzo-soprano, respectivamente, ambas têm presença de destaque em montagens de alguns dos principais palcos do Brasil, como o Theatro Municipal de São Paulo e o Theatro da Paz de Belém. Elas serão acompanhadas pela pianista Luciana Simões.
Já no dia 28 de maio, será a vez do Quarteto da São Paulo Chamber Soloist se apresentar no espaço. Formado por dois violinos (Alejandro Aldana e Matthew Thorpe), viola (Gabriel Marin) e violoncelo (Rafael Cesário), o grupo traz um recorte da camerata de cordas criada em 2020. No repertório estarão peças de Arturo Márquez, Radamés Gnatalli e Antonin Dvorák. Veja mais informações no site da Série Concertos Cripta da Catedral da Sé.
Cripta da Catedral da Sé
A atual Catedral da Sé começou a ser construída em 1913 e foi inaugurada em 1954 com as obras ainda inacabadas. A sua cripta, porém, foi aberta antes, no dia 16 de janeiro de 1919. Acessível por duas escadas localizadas nas laterais do altar-mor, ela possui 365m², foi projetada em formato de cruz e fica sete metros abaixo do nível da Praça da Sé.
Dentre suas 30 câmaras mortuárias estão os túmulos do Padre Diogo Antonio Feijó, regente do Império do Brasil entre 1835 e 1837, e do índio Tibiriçá, cacique da tribo tupiniquim que habitava a região de Piratininga na chegada dos portugueses, em 1554.
Ali também estão também os restos mortais de todos os bispos da fase diocesana de São Paulo (entre 1745 e 1908) e do Padre Bartolomeu de Gusmão, que inspirou um dos personagens principais do livro “Memorial do Convento”, do escritor português José Saramago. Acusado de bruxaria por seus contemporâneos e denunciado à Inquisição, ele é considerado o inventor do balão de ar quente.
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