As melhores praias de Florianópolis
Ao norte, ao sul e a leste da ilha há uma série de praias desertas, badaladas, cênicas, fantásticas; e veja o que fazer se não der praia
Melhores segundo quem, cara pálida?, você pode estar se perguntando. Rankings são (quase) sempre discutíveis, incompletos, injustos, mas que é uma delícia fazê-los, ah isso é! E Floripa se presta bem a isso porque, afinal, são 42 praias – alguns dizem que há mais de cem – e a cidade está quase que inteira em uma ilha. Algumas areias são mais preservadas que outras, muitas são badaladas e há um punhado de lugares desertos – o cardápio é vasto.
Tem as praias voltadas para o continente, na parte oeste da ilha, que não são as ideais para nadar, mas excelentes para o fim de tarde, bater perna, almoçar. Exemplos? As adoráveis Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui. Na hora de estender a canga, no entanto, as melhores são as que estão para o norte, leste e no sul da ilha e que fazem parte desta deliciosa (e polêmica?) seleção com oito delas (sem ordem de preferência):
NORTE DA ILHA
1. Jurerê
Perfeita para ir em família e ficar de molho, a praia mais badalada de Floripa passou por um extreme make over e está de cara nova. Em março de 2024, foi concluído o engordamento, o que fez a praia ganhar cerca de 40 metros de faixa de areia.
Várias atrações disputam a atenção com o mar, como bares, comércios e restaurantes. O epicentro do bairro por muito tempo foi o Jurerê Open Shopping (que agora virou apenas Jurerê Open), mas atravessando a Avenida dos Búzios em direção ao mar formou-se um outro núcleo de entretenimento em 2022, com palco para shows, parquinho infantil, restaurantes e uma estrutura de madeira de dois andares que abriga uma grande praça de alimentação ao ar livre. Com isso, Jurerê ganhou vida o ano todo; saiba mais.
Não deu praia? Aproveite para bater perna no Jurerê Open, comer no Rocca, ou tomar um sorvete no Belluno.
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2. Praia do Forte
Como indica o seu nome, há uma fortaleza na ponta direita da praia, a São José da Ponta Grossa, que vale muito conferir – a vista do alto é lindíssima. O lugar pertence à Universidade Federal de Santa Catarina, passou por uma grande reforma, ganhou acessibilidade e foi reaberta ao público em 2022. A praia em si é quase uma piscina e a faixa de areia tem 400 metros de extensão. Há vários quiosques e restaurantes pé na areia, como o Pescador Lobo e o Pôr do Sol, que servem frutos do mar. Quem curte caminhadas pode andar até a vizinha Daniela, outra praia de mar calmo.
O acesso até a areia é por uma estradinha muito íngreme e estreita, o que pode fazer o carro patinar quando chove ou se há muita areia na pista. Você está a passeio e não tem dificuldade de locomoção? Estacione no último bolsão de Jurerê Internacional e encare o caminho a pé. Vai ser lindo!
Se quiser investir num upgrade, o hotel Fuso Concept fica naquele pedaço, no alto de um morro, os quartos têm vista para o mar e a gastronomia é elogiadíssima.
A Praia do Forte fica ao lado de Jurerê Internacional, e a 26 km do Centro de Florianópolis.
Não deu praia? Visite a Fortaleza São José da Ponta Grossa, os endereços citados em Jurerê ou aproveite para fazer um tour de carro entre as mansões.
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3. Lagoinha de Ponta das Canas
Localizada bem na ponta norte da ilha, essa praia quase escondida tem um mar, a depender do dia, dos mais transparentes. A água é calma e a faixa de areia é ampla e branquinha. Há diversos quiosques e restaurantes como o Restaurante Lula, que serve porções e frutos do mar há mais de 40 anos. A paisagem é preservada, ainda que a faixa de areia esteja tomada de condomínios e casas, que por sorte não agridem o olhar. Nas duas extremidades há trilhas de acesso até a areia. Achar vaga não é tarefa das mais fáceis, mas há estacionamentos pagos.
Lagoinha de Ponta das Canas está no norte da ilha, a 33 km do Centro.
Não deu praia? Almoce no Antonio’s, um clássico do norte da Ilha, na Cachoeira do Bom Jesus.
4. Praia do Santinho
A linda Praia do Santinho tem mar agitado, não raro com bandeira vermelha e a água é bem azul. A faixa de areia é ampla e a praia tem, no total, 2,2 km de extensão. A paisagem fica completa com os belos costões, que se intercalam com a vegetação nativa.
Ao fim da praia, do lado direito, é onde está o resort Costão do Santinho, que tem acesso direto à faixa de areia. Pegue o costão direito onde há uma trilha bem sinalizada que leva até um museu a céu aberto com inscrições rupestres. Há placas informativas contando um pouco sobre a história arqueológica da região. O visual é lindíssimo!
A Praia do Santinho é uma continuação da Praia dos Ingleses e fica ao norte da ilha, a 35 km do Centro de Florianópolis.
Não deu praia? Coloque no Google Maps Passeio Primavera e aproveite algum restaurante ou café por lá.
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LAGOA DA CONCEIÇÃO E SUL DA ILHA
5. Praia Mole
Um dos melhores atributos da Praia Mole é a areia, que é amarela, grossa e afunda o pé. O mar é azul e agitado – a praia tem bandeira vermelha, que sinaliza trechos perigosos e com muita corrente. Até por isso, a Mole é uma das praias mais procuradas pelos surfistas.
A Mole tem seu agito, com bons quiosques e barracas ao longo da praia, que vendem porções e bebidas. Uma dica é o Barraco da Mole, que fica bem do lado de um dos acessos, perfeito para a saideira. No canto esquerdo, a caminho da praia da Galheta, o bar do Deca é o point mais tradicional da turma LGBTQIA+.
São 200 metros da rodovia SC-406 até a areia e há vários acessos junto a alguns estacionamentos pagos – os preços costumam inflacionar bem na alta temporada.
Não deu praia? Dê um pulo no centrinho da Lagoa onde tem o Café Cultura ou almoce no Mar Massas.
6. Campeche
O bairro do Campeche, no sul da ilha, abriga uma extensa faixa de areia, no total são 3,5 km de extensão. Na parte sul, faz divisa natural com a Praia do Morro das Pedras e, ao norte, com a Praia da Joaquina, amada pelos surfistas.
O Campeche tem mar azul e é muito buscada por surfistas. O novo hit é o trecho chamado Novo Campeche, cerca de 3 km ao norte do núcleo urbano principal. O novo bairro reúne condomínios de alto padrão e um mini shopping, o Galeria NC, com diversas opções gastronômicas.
Um lugar imperdível é a visita à ilha do Campeche, que fica em frente. Os barcos saem do núcleo principal do Campeche, na Avenida Pequeno Príncipe, junto à Associação dos Barqueiros de Transporte da Praia do Campeche (ABTC). As saídas mais frequentes, no entanto, são da praia da Armação; informe-se na Associação dos Pescadores Artesanais da Praia da Armação (APAAPS).
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Dois endereços que valem a pena no Campeche são o Zeca Bar e Restaurante, com porções bem servidas e vista de camarote para a praia, e também o Vizu Parrilla Bar, que serve ótimas carnes em um delicioso gramado. Do centro de Floripa são 15 km até o Campeche.
Não deu praia? Almoce, compre um livro ou pegue um cinema no agradável Multi Open Shopping, no Rio Tavares.
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7. Praia do Matadeiro
O Matadeiro é uma continuação da praia da Armação e as duas são divididas pelo rio Sangradouro. Uma pontezinha cruza o canal, o que deixa tudo ainda mais bucólico. A praia tem uma encosta imensa, com algumas casas, mas ainda é muito selvagem. No costão direito, surgem uma série de casas e muitas podem ser alugadas por temporada. Ali também começa a trilha para quem vai para a Lagoinha do Leste pelo caminho mais longo (leia a seguir). O mar é agitado, costuma ter ondas, mas com cuidado é possível mergulhar. A faixa de areia é bem espaçosa e há alguns quiosques e restaurantes pé na areia, como o Mergulhão.
Não deu praia? Almoce no Oka, um delicioso shopping a céu aberto na rodovia entre o Campeche e o Morro das Pedras.
8. Lagoinha do Leste
Preservada e com vegetação intocada, a Lagoinha do Leste, no sul da ilha, está entre as praias mais lindas do Brasil. O principal motivo para a natureza se manter intacta é, provavelmente, o difícil acesso – só é possível chegar até lá de barco ou por meio de uma trilha que leva entre uma hora e uma hora e meia, com subidas bastante íngremes. Navegando, a viagem leva cerca de 20 minutos partindo da praia do Pântano do Sul.
Remota e selvagem, a água da Lagoinha é agitada, cristalina e, a faixa de areia, muito ampla – e ainda tem um riozinho que deságua no mar. Uma dica é ir pela trilha e voltar de barco (procure saber ainda no Pântano do Sul se haverá barqueiros). Há uma outra trilha que sai da praia do Matadeiro, que é mais plana, porém bem longa (cerca de 2h30 só de ida) e com trechos de mata fechada. Mas o visual compensa.
A praia do Pântano do Sul, onde começa a trilha, está 25 km ao sul do Centro de Florianópolis.
Não deu praia? Dê um pulo no bucólico Ribeirão da Ilha e almoce no restaurante Porto do Contrato.
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