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Porto Alegre: 11 lugares para comer no Mercado Público

Junto dos clássicos Gambrinus e a Banca 40 há recentes aquisições, como uma cafeteria, uma sanduicheria e uma parrila

Por João Antonio Streb, Luana Pazutti e Valentina Bressan
Atualizado em 22 set 2024, 20h38 - Publicado em 22 set 2024, 20h00
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Sobrevivendo a incêndios e enchentes, o "mais antigo mercadão" do Brasil segue sendo referência para comércio e gastronomia na capital gaúcha (Hedestad/CC BY-SA 4.0/Wikimedia Commons)
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Conhecido como “coração pulsante do Centro Histórico”, o Mercado Público de Porto Alegre foi inaugurado em 1869, o que também lhe garante o título de mercadão mais antigo do Brasil.

Tombado como Patrimônio Histórico Cultural da cidade, o Mercado já enfrentou quatro incêndios e ficou várias semanas inviabilizado pela enchente de maio de 2024. Mas, agora, está outra vez de portas reabertas para receber tanto os moradores quanto visitantes.

Para os gaúchos, o local é referência para comprar temperos, hortifruti, carnes, frutos do mar, queijos e bebidas. Também conta com lojas de artesanato, confeitaria, flores e artigos religiosos.

Mas nem só de compras vive esse prédio histórico. O local também guarda várias opções de restaurantes, que vão do lanche rápido a uma refeição completa. Veja, a seguir, 11 dicas de lugares para comer no Mercado Público:

1. Gambrinus

O Gambrinus não é apenas o restaurante gaúcho há mais tempo em atividade, mas também um dos mais antigos do Brasil ainda em funcionamento. Desde 1889, o ponto clássico no Mercado Público já foi comandado por alemães, italianos e, hoje, é conhecido por servir pratos tradicionais da gastronomia portuguesa.

Os frutos do mar são destaque: o bolinho de bacalhau é uma pedida obrigatória. Outros pratos, como bacalhau à Gomes de Sá, filé mignon à parmegiana e linguado à Gambrinus completam o menu. Uma carta de vinhos também fica à disposição dos que preferirem curtir um happy hour nesse clássico porto-alegrense.

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Onde? No primeiro piso do Mercado, na banca 85.

Quando? De segunda a sexta-feira, das 11h às 21h; aos sábados, das 11h às 16h; e aos domingos, das 11h às 15h.

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2. Banca 40

Seja você um fã de doces ou não, a Banca 40 é um ponto que não pode faltar no seu roteiro no Mercado Público. É outro clássico da cidade – a lancheria abriu as portas em 1927, à época funcionando como uma fruteira – que se tornou ponto de encontro para os locais e atração para os visitantes.

O carro-chefe da Banca 40 são os sorvetes, mas há opções de lanches salgados, cafés, açaí e refeições completas. Não deixe de provar a Bomba Royal (R$ 22,50), a combinação mais tradicional da casa – preparada com salada de frutas, nata e três opções de sorvete.

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Onde? Próximo à entrada da Avenida Borges de Medeiros, no piso térreo.

Quando? De segunda a sexta-feira, das 9h às 19h. Aos sábados, o funcionamento é até às 18h.

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3. Larguito Burger

Nada mais justo que seguir a lista com alguém que também foi precursor. A Larguito Burger, mesmo que só tenha iniciado as atividades pouco antes das enchentes de maio de 2024, é a primeira hamburgueria do mercado. O espaço mira numa proposta de fast-food com pitadas de história.

Os gerentes do Larguito têm uma parceria com a Casa de Carnes Santo Ângelo, que também fica no mercado e fornece os insumos para preparação dos hambúrgueres. A cumplicidade é tanta que até o mascote que estampa o logo da hamburgueria, o Seu Chico, é uma homenagem ao fundador do açougue, Francisco Sartori.

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As opções de combos com sanduíche, batata e bebida partem de R$ 29. Também há milk-shakes (R$ 15) e uma opção de “prato feito” durante o almoço, o PFZito (R$ 35).

Onde? Acesso através do Largo Glênio Peres (o “largo” inspira o nome do restaurante).

Quando? Diariamente, das 8h às 18h.

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4. Choperia Essencial

Fundado em 2014, o espaço da chopperia é acolhedor e bem rústico, com acesso tanto pelo interior do mercado quanto pela Avenida Borges de Medeiros. O local conta com seis torneiras rotativas de chope.

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Além das bebidas, a Choperia Essencial também oferece boas opções de almoço, aproveitando a qualidade dos produtos oferecidos pelos açougues e peixarias do mercado. É comum que os pratos do dia incluam um corte nobre ou algum fruto do mar.

Onde? Na banca 83 do Mercado Público.

Quando? De segunda a sexta-feira, das 11h às 20h; e aos sábados, das 11h às 20h.

5. Restaurante Sayuri

Há 24 anos, o Sayuri traz o que há de mais tradicional na culinária japonesa para o Mercado Público. A história do restaurante, contudo, começou muito antes disso.

Entre os anos de 1985 e 2000, o estabelecimento funcionou como uma peixaria, comandada pelo comerciante Francisco Nunes. Na época, a esposa de Francisco, Sandora “Sandra” Sayuri, trabalhava com a mãe no mais antigo restaurante japonês da cidade – o Sakae. Em 2000, o casal decidiu unir saberes e fundar o Sayuri, cujo nome significa “pequeno lírio”.

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No cardápio, há opções de pratos quentes e frios servidos à la carte. Os yakissobas de camarão (R$ 55), carne (R$ 36), frango (R$ 35) e legumes (R$ 31) são os mais pedidos. Para quem não está com muita fome, vale pedir as “meias-porções”. Os combinados, que oferecem 18, 34, 42 ou 61 peças, também fazem sucesso. As opções são amplas, com preços que variam entre R$ 54 e R$ 192.

Onde? No segundo pavimento.

Quando? De segunda a sexta-feira, das 11h às 20h. Aos sábados, funciona até às 16h.

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6. Rincón 74

Inaugurado em 2023, o descontraído Rincón 74 é o primeiro restaurante especializado em parrilla do Mercado Público. Fundado como Restaurante Trensurb, sua reabertura com o nome atual inclusive precisou ser adiada devido ao incêndio que atingiu o mercado em 2013.

Comandado por um chef uruguaio, a casa une os sabores gaúchos e a culinária típica dos vizinhos platinos. Um dos hits é o Arroz 74, que sai por R$ 39 e é uma releitura do tradicional “arroz de carreteiro”, com cubos de carne de porco, pimentões, tomates, salsinha e azeitona. Outro destaque são as Mollejas a la Crema (R$ 45), uma iguaria argentina feita com glândulas bovinas encobertas por um molho branco à base de conhaque e especiarias.

Vale ainda provar a uruguaia Torta Chajá (R$ 22), feita com chantilly, pêssegos em calda e doce de leite, ou a argentina Torta Rogel (R$ 22), que leva camadas de doce de leite intercaladas por massa folhada.

Onde? No segundo piso.

Quando? De terça a sexta-feira, das 11h às 22h. Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o restaurante funciona até as 17h30.

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7. Taberna 32

No Mercado Público desde 1997, a Taberna 32 ficou famosa pelos pratos exóticos no cardápio, com carne de capivara, javali ou jacaré. No entanto, esse estilo de gastronomia ficou no passado. Atualmente, o espaço está focado em oferecer cortes nobres das carnes mais tradicionais, que vão dos bovinos aos frutos do mar. O cardápio mudou tanto que passou a oferecer até opções veganas.

A decoração do local é aconchegante, com mesas disponíveis dentro do restaurante e no mezanino do Mercado Público. Os pratos mais básicos, como o PF, partem de R$ 32. Aqueles mais elaborados, como a paella de frutos do mar, ficam na faixa de R$ 85.

Onde? Localizada nas bancas 32 e 34 do segundo piso.

Quando? De segunda a sexta-feira, das 11h às 22h; aos sábados, das 10h às 18h; e aos domingos, das 10h às 15h.

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8. Baden Torrefação de Cafés

O ambiente acolhedor e o aroma inconfundível de café recém-passado são os diferenciais do Baden Torrefação de Cafés. Inaugurado em maio de 2024, poucos dias antes do início das enchentes, a própria cafeteria produz os grãos utilizados nos preparos.

A torrefação funciona há 12 anos na capital gaúcha e foi o ponto de partida para a abertura do estabelecimento, que também comercializa cafés em grão para levar. Aqui, o destaque vai para o bourbon vermelho com notas de melado de cana, nibs de cacau e amêndoas.

Quanto se tratam dos “comes”, a estrela da casa é a Torrada Colonial de Cuca (“cuca” ou kuchen é um bolo doce tradicional dos imigrantes alemães, comum no sul do Brasil), que sai por R$ 28 e pode vir recheada de salame, copa ou peito de peru. Entre os doces, a mais pedida é a Torta de Nozes da Vó Irma, uma receita de família vinda do município de Alegrete, situado a quase 500 km de Porto Alegre. Uma fatia custa R$ 22.

Onde? No segundo andar do mercado.

Quando? De segunda a sexta-feira, das 9h às 19h. Aos sábados, o local funciona até às 17h.

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9. Di Toni Pasta i Basta

O Di Toni Pasta i Basta é um empreendimento inaugurado em agosto de 2024, mas que cresce no mesmo ritmo veloz do preparo das massas: o processo todo é feito na frente do cliente, usando ingredientes artesanais produzidos na própria loja e leva poucos minutos.

Você encontra diversas opções, com carne ou vegetariana, partindo de R$ 31,90. O prato mais pedido é o Fileto La Crema, uma massa com iscas de carne bovina e cogumelos salteados no molho de nata. Para os porto-alegrenses, uma boa notícia: o Di Toni também faz tele-entregas.

O primeiro ponto da Di Toni abriu no Centro Histórico em 2018, mas precisou ser transferido para o bairro Bom Fim durante a pandemia. O restaurante se estabeleceu por lá e ganhou um público fiel, mas o desejo de voltar para o Mercado Público falou mais alto.

Onde? Na união das bancas 62, 64 e 66, no segundo piso do mercado.

Quando? O restaurante abre de domingo a sexta-feira, das 11h às 15h; e aos sábado, das 11h às 20h.

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10. Giallo Sanduicheria

Com a premissa de ser um “pedacinho da Itália em Porto Alegre”, a Giallo é a primeira sanduicheria de estilo italiano da capital gaúcha.

Inaugurado em 2023, o estabelecimento oferece sanduíches feitos em pão ciabatta de longa fermentação. São onze variedades de recheios, que incluem opções vegetarianas e veganas. O Tradizionale conta com presunto, manjericão, nozes, azeite de oliva, mussarela e a famosa “pasta de Dio”. Vale experimentar também o Che Bello, que é o carro-chefe da casa, e a tábua de frios. Os valores dos sanduíches variam entre R$25 e R$45.

Onde? No segundo pavimento.

Quando? De segunda a sexta-feira, das 10h às 19h. Aos sábados, fecha às 18h.

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11. Padaria e Confeitaria Copacabana

Apesar de ostentar o nome de uma praia carioca, a confeitaria Copacabana foi fundada por dois imigrantes, um português e um italiano. Vindo de Lisboa, o português Angelo Bessa chegou a Porto Alegre em 1961, mas só inaugurou a confeitaria três anos mais tarde. De lá pra cá, o local se consolidou como referência no Mercado Público, tanto para quem passa por ali diariamente a caminho do trabalho quanto para turistas.

O cardápio inclui os clássicos de uma confeitaria brasileira tradicional, mas chama a atenção pela qualidade dos insumos e dos produtos. Além de oferecer a possibilidade de comer no local, também é possível pedir para levar.

Entre os mais pedidos, aparecem a torta Marta Rocha, por R$ 12 a fatia, e a mil-folhas tradicional, vendida por R$ 9 o pedaço.

Onde? No primeiro pavimento, na loja 135.

Quando? Diariamente, das 5h30 às 22h.

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