As novas regras para ir à praia em Portugal em tempos de pandemia
Semáforos que controlam a lotação, distanciamento físico na areia, corredores de circulação... Como será a época mais esperada do ano à beira-mar
Portugal já começou, pouco a pouco, as fases de desconfinamento. Primeiro abriram as pequenas lojas de bairro, cabeleireiros e barbeiros. No dia 18 de maio reabriram os restaurantes, cafés e museus. Tudo com rígidas regras de segurança, claro. Mas, com o céu azul e os termômetros já batendo acima dos 25ºC na região de Lisboa, a pergunta que mais vinha sendo feita era: e o verão? Pois, depois de muitas suposições, as respostas tardaram, mas chegaram. Essas são as principais regras anunciadas pelo governo para quem quiser garantir o seu lugar ao sol nas praias portuguesas a partir do dia 6 de junho, quando abre oficialmente a chamada “época balnear” (até lá, o acesso às praias está liberado, mas as normas ainda não estão valendo):
- A distância entre os grupos, na areia, tem que ser de no mínimo 1,5 metro
- Os guarda-sóis e barracas devem ser fincados a pelo menos 3 metros de distância uns dos outros (sendo a distância mínima nas extremidades de pelo menos 1,5 metro)
- O aluguel de barracas nos restaurantes e bares vai ser limitado a um número máximo de 5 pessoas de um mesmo grupo por unidade e só poderá ser feito pelos mesmos clientes por um único período do dia: manhã (até 13h30) ou tarde (a partir das 14h)
- Seja na areia, nos restaurantes e bares de apoio ou mesmo dentro d’água, é responsabilidade de cada um manter a distância de 1,5 metro das pessoas ao redor
- Um semáforo vai indicar a lotação em cada praia em tempo real, podendo (e devendo) ser consultado antes de sair de casa, através do aplicativo InfoPraia ou do site da Agência Portuguesa do Ambiente, APA. A luz verde indicará praias com até 1/3 da frequência; a luz amarela, com 2/3; e a luz vermelha, praias lotadas
- Será proibido parar o carro fora dos estacionamentos oficiais (quem já foi a uma praia portuguesa, sabe o quanto eles são limitados, o que sempre fez com que as pessoas parassem os carros ao longo das estradas de acesso)
- A prática de esportes de grupo (por grupo entende-se a partir de 2 pessoas!) está totalmente proibida – a exceção são os esportes náuticos e as atividades como as aulas de surfe. Esqueça o vôlei, o frescobol, o futebol…
- Os pedalinhos e demais brinquedos aquáticos (escorregadores infláveis etc), assim como os chuveiros internos, estão também proibidos
- Serão criados “corredores de circulação” com mãos de direção para o acesso e a circulação na areia, com distância de pelo menos 1,5 metro entre eles
- Os vendedores ambulantes deverão utilizar estes corredores de circulação, além de estarem paramentados com o uso obrigatório de máscaras e viseiras
- Os usuários deverão desinfetar as mãos e usar calçados ao entrar na praia e nos bares e restaurantes de apoio
- Os bares e restaurantes terão que fazer pelo menos quatro limpezas diárias de suas instalações, além de obedecer aos limites máximos de ocupação (os mesmos definidos para os demais restaurantes – atualmente, 50% da capacidade)
- Os chuveiros externos, espreguiçadeiras, colchões e até cinzeiros disponibilizados pelos restaurantes e bares terão que ser rigorosamente higienizados entre um cliente e outro
Em caso de descumprimento das normas, o governo já avisou que pode interditar praias e rever as regras.
Em tempo: os festivais de música foram proibidos oficialmente pelo menos até o dia 30 de setembro. Isso significa que este será um verão sem os famosos shows tão característicos desta época, todos adiados para 2021. O Primavera Sound, que acontece no Porto, havia sido adiado para o período de 3 a 5 de setembro e agora será em junho do ano que vem; o Paredes de Coura, no norte do país, será de 19 a 21 de agosto; o MEO Sudoeste vai acontecer de 3 a 7 de agosto; o Rock in Rio, nos dias 19, 20, 26 e 27 de junho; e o Super Bock Super Rock, de 15 a 17 de julho. O NOS Alive, marcado para o período de 9 a 11 de julho deste ano, ainda não anunciou as próximas datas.