Imagem Blog Piacere, Itália! Depois de passar um mês rodando a Toscana, Bárbara Ligero caiu de amores pela terra da bota e se matriculou em um curso de italiano. Atualmente, está aprendendo a gesticular com perfeição
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Guia da Toscana: um dia pela região de Pistoia

No meio do caminho entre Florença e Lucca, Pistoia é uma boa opção para quem procura uma cidade toscana menos turística (mas ainda assim cheia de charme)

Por Barbara Ligero
Atualizado em 24 abr 2019, 20h09 - Publicado em 22 abr 2019, 17h08

Costumo brincar que toda cidade toscana tem pelo menos uma praça principal, uma igreja, um palacete e uma sorveteria gostosa. Imagino que isso não seja uma verdade absoluta, mas de qualquer forma Pistoia possui todos os itens listados em um único endereço, a Piazza del Duomo.

É ali que fica a Cattedrale di San Zeno, construída em estilo românico, o Battistero di San Giovanni in Corte, que por sua vez é um edifício gótico, e o Campanario, uma torre de 67 metros que tem a melhor vista da cidade.

(Gmaiga/Pixabay)

Basta dar alguns passos para alcançar o Palazzo Comunale, sede da prefeitura e do Museo Civico, com obras de arte religiosa. Em sua fachada, há duas coisas em que vale a pena reparar. A primeira é na cabeça em mármore preta de Filippo Tedici, que em 1315 traiu todos da cidade abrindo as portas de Pistoia à conquistadores inimigos. A segunda é a placa que mostra o Doppio Braccio (em português, ‘braço duplo’), uma antiga forma de medição da Toscana.

E há um segundo palacete na Piazza del Duomo, o Palazzo Petrorio, que é sede do tribunal. Dê uma olhadinha em seu pátio interno, todo decorado com os estemas de importantes personagens do ambiente político da época.

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(Mksfca/Flickr)

Para completar a lista, logo ao lado do Battistero fica a ótima gelateria Ma Ni, onde eu provei os sorvetes de pistache e de Nutella. Mas não encerre sua visita ali! Vale a pena caminhar até a Piazza della Sala, ali pertinho, para dar uma olhada nas várias lojas que a circundam e no mercado de frutas e verduras que acontece diariamente.

(Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)

Depois, continue por mais três minutos até a Basilica della Maddona dell’Umiltà, cuja cúpula foi claramente inspirada na do Duomo de Florença. Ali dentro fica uma imagem da Virgem Maria considerada sagrada: em 1490, durante um período de lutas entre os moradores da cidade, foram vistas lágrimas prateadas saindo da pintura.

Nos arredores de Pistoia

Depois de se perder pelas ruazinhas de Pistoia, sugiro dar uma passadinha no Monumento Votivo Militare Brasiliano, que fica a 10 minutos de carro do centro e homenageia a participação dos soldados brasileiros na Segunda Guerra Mundial.

Na época, mais de 25 mil soldados deixaram o Brasil para lutar na Europa ao lados dos Aliados, e 465 deles morreram nas montanhas entre a Toscana e a Emília-Romagna. Em um primeiro momento, foi fundado um cemitério militar brasileiro para enterrar os corpos. Mas, depois, os restos mortais foram levados ao Brasil e ali restou apenas o monumento.

(Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)
(Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)

Outra possibilidade é dirigir por 50 minutos até a Ponte Sospeso di San Marcello Pistoiese. Erguida a 40 metros de altura e com 220 metros de extensão, ela é uma das pontes para pedestres mais longas do mundo. Foi inaugurada em 1922, como forma de ligar duas colinas e, por isso, as vistas que ela tem do vale são lindas.

(Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)

Por fim, na província de Pistoia fica a estação de esqui de Abetone, sobre a qual eu já falei nesse post.

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Veja como foi meu passeio pela região de Pistoia no Instagram: @barbara.ligero

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