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10 motivos que farão você querer viajar para a Namíbia agora mesmo

Ainda pouco conhecida pelos brasileiros, a Namíbia é uma porta de entrada incrível para as maravilhas do continente africano.

Por Diego Macedo
Atualizado em 4 jan 2019, 01h03 - Publicado em 26 dez 2018, 14h15

Ainda não sabe o que fazer em sua próxima viagem?

Você poderia visitar incríveis dunas de uma areia avermelhada em um deserto de tirar o fôlego. Muito seco para você? Pode ser uma boa ideia praticar um pouco de kitesurf e de quebra ter a oportunidade de avistar focas, baleias e golfinhos. Muita emoção? Você pode deixar os esportes radicais de lado e embarcar em um safari pelas savanas africanas em busca dos big 5. Gosta de sentir-se apenas um grão de areia nesse mundão? Você poderia visitar um cânion que se estende até onde seus olhos conseguem enxergar.

Ainda está na dúvida?

Vá para a Namíbia e faça tudo isso e muito mais!

Abaixo estão dez motivos imperdíveis para você embarcar em uma aventura pela Namíbia!

1° Deserto da Namíbia

Desertos são mesmo de tirar o fôlego (Diego Macedo/Arquivo pessoal)

O deserto mais antigo do mundo mostra que envelheceu bem. São dunas e dunas de uma areia avermelhada de tirar o fôlego, literalmente, que quando vencidas por nós nos brindam com um visual único. Mas se prepare para conviver com a areia no seu corpo, nas suas roupas, nas suas coisas, areia por todos os lados, areia em sua casa do outro lado do Atlântico, sim, você irá encontrar lembranças em forma de grãos de areia por semanas, a Namíbia não vai lhe abandonar tão fácil!

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2° Sossusvlei

Não se engane, encarrar essas dunas não será tão fácil quanto parece (Diego Macedo/Arquivo pessoal)

Sossusvlei é a região mais cénica do Deserto da Namíbia e onde você encontrará as icônicas dunas de areia vermelha que contrastam com um céu incrivelmente azul na maior parte do ano, um verdadeiro paraíso de areia.

Você pode encarar Big Daddy, a maior duna do deserto com incríveis 325 metros de altura. Parece muito? Então vá de Duna 45 e seus 80 metros de altura, a mais famosa por sua facilidade de acesso, e garanta ainda assim um visual de tirar o fôlego.

Hora de madrugar! Deixe a preguiça de lado e suba as dunas antes do nascer do sol, além de escapar da subida no escaldante sol do deserto, você estará na companhia da suave luz do amanhecer e verá o maravilhoso espetáculo de sombras e luzes que muda as cores do deserto a cada minuto.

3° Dead Vlei

Dead Vlei: uma pintura surreal (Diego Macedo/Arquivo pessoal)

Essa foi a paisagem que me levou até a Namíbia!

Há algumas centenas de anos a região era um oásis alimentado por um rio que mudou seu curso e, consequentemente, as características do local. O clima desertico impediu a decomposição das árvores.

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Apesar de ser um verdadeiro paraíso para os fotógrafos, não há foto que transmita a beleza e peculiaridade deste lugar, muito menos palavras. Uma área de terra firme, cercada por imensas dunas, vigiadas por sentinelas de cerca de 1.000 anos. Sério, você precisa ver com seus próprios olhos.

4° Kolmanskop, a cidade fantasma

Você será atraído por essa cidade fantasma (Diego Macedo/Arquivo pessoal)

Uma cidade completa que desafiava o deserto e viveu seu auge nos anos 1920, durante a corrida de exploração dos diamantes. Até que os diamantes ficaram escassos e a cidade foi abandonada.

Hoje luxo e riqueza são apenas lembranças e o deserto reclama seu lugar, a cidade está pouco a pouco sendo engolida por suas dunas à deriva, criando um cenário desolador que vai agradar especialmente aos amantes de fotografia. E mesmo que não seja seu caso, por sua proximidade das principais atrações do deserto, a cidade fantasma lhe atrairá, tome cuidado!

5° Fish River Canyon

Fish River Canyon: De tirar o fôlego (Diego Macedo/Arquivo pessoal)

O maior cânion da África e o segundo maior do mundo mede incríveis 160 km de comprimento, até 27 km de largura e quase 550 metros no seu ponto mais profundo, ficando atrás apenas do Grand Canyon. Milhões e milhões de anos de muito trabalho das águas e dos ventos criaram essa paisagem mágica e imponente.

Chegar no começo ou final do dia lhe permitirá assistir ao show de cores nas paredes do cânion, que vão mudando de cor acompanhando o movimento do sol. Para os mais aventureiros, é possível realizar um trekking no interior do cânion, dentre as opções disponíveis, é possível caminhar até 84 km.

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6° Etosha e vida selvagem

Parque Nacional Etosha

Prepare o seu coração (Diego Macedo/Arquivo pessoal)

O Etosha nunca decepciona!

Em meu primeiro dia de safári cheguei ao parque ansioso para ver algum dos Big 5, animais mais cobiçados dos safáris, restando apenas duas horas de sol. Anoitecendo, eu já havia jogado a toalha quando o guia parou o carro e disse: o Etosha nunca decepciona!

Dez minutos depois, como num passe de mágica, uma manada de elefantes aparece a poucos metros do carro, algo entre 15 e 20 animais, de todos os tamanhos. É amigos, o Etosha nunca decepciona!

O Etosha é o lar de quatro dos Big 5: leão, leopardo, rinoceronte e elefante. O búfalo não está presente, mas pode ser visto em outras áreas da Namíbia. O parque abriga ainda 144 espécies de mamíferos e uma variedade enorme de aves.  

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Baleias, Pinguins e companhia

É isso mesmo, você não leu errado, uma das maiores colônias de pinguins da África está no litoral da Namíbia de onde, a partir de cidades como Lüderitz, Walvis Bay e Swakopmond, é possível também explorar o litoral e avistar animais como leões-marinhos, pinguins e baleias, além de encantadoras aves como flamingos e pelicanos.

Estas cidades contam com arquitetura europeia e carregam principalmente forte influência alemã, são também paraísos para praticantes de kitesurf e windsurfe. Uma interessante curiosidade: foi de Lüderitz que Amyr Klink partiu em 1984 para completar a primeira travessia solitária a remo do Oceano Atlântico.

Colônia de Focas de Cape Cross

(Diego Macedo/Arquivo pessoal)

A colônia de focas-do-cabo, que na verdade são uma espécie de leão-marinho, é uma das maiores do mundo, podendo chegar a cerca de 100.000 animais entre novembro e dezembro, época da reprodução. A visão é impressionante, mas prepare-se para os odores pouco agradáveis e os barulhos ensurdecedores dessa grande família.

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7° Fundação AfriCat e outras ONGs

Chita em reabilitação para voltar à natureza (Diego Macedo/Arquivo pessoal)

Existem diversos grupos organizados trabalhando na conservação e preservação da natureza na Namíbia: é possível adotar financeiramente os animais, realizar trabalhos voluntários e fazer visitas educacionais para acompanhar o incrível trabalho feito nesses locais.

Eu visitei a AfriCat, especializada no resgate de felinos de grande-porte, principalmente chitas, que são encontrados feridos na natureza, muitas vezes por caçadores e fazendeiros ou presos em armadilhas. O principal objetivo é a reabilitação para tentar reintroduzi-los na natureza.

8° Sítios Arqueológicos e Paleontológicos

Se você quer fazer uma viagem no tempo, a Namíbia pode também lhe dar uma mãozinha. O país possui importantes sítios arqueológicos e paleontológicos e deixo aqui dois destaques:

Sítio Fóssil de Mesosaurus

A milhões de anos viveu na região onde hoje é a Namíbia o Mesosaurus Tenuidens e hoje seus fósseis estão preservados em meio a uma paisagem árida e desértica. O local é cercado de curiosidades, como a floresta de quiver trees, uma espécie endêmica da região, e por pedras que emitem sons similares a sinos quando batidas umas nas outras.

Outra curiosidade para quem se interessa pelo assunto, no Brasil são encontrados fósseis do Mesosaurus Brasiliensis. Estudos recentes indicam que o Mesosaurus Brasiliensis e o Mesosaurus Tenuidens são na verdade a mesma espécie, esses fósseis, separados pelo Atlântico, são apontados como evidência da existência da Pangeia.

Twyfelfontein Rock Art

Sala de aula na Idade da Pedra (Diego Macedo/Arquivo pessoal)

Twyfelfontein fica em Damaraland, outra região de visual incrível da Namíbia que também é o local da montanha mais alta do país. Um Patrimônio da Humanidade que abriga cerca de 2.500 pinturas rupestres datadas da Idade da Pedra, uma das mais ricas concentrações de arte rupestre na África.

As gravuras retratam os animais que habitavam a região, as pegadas que eram deixadas por esses bichos e até mesmo mapas da região com indicação de onde ficavam os principais olhos d’água e os animais que costumavam frequenta-los.

É fascinante, ao que tudo indica, o local era um ponto estratégico para os povos nômades que por ali viviam e servia como uma espécie de escola para ensinar aos mais novos as táticas de caça e de sobrevivência.

9° Nascer e Pôr do Sol

Naaaaaaaaaaaats ingonyaaaa ba bagithi Baba….. (Diego Macedo/Arquivo pessoal)

Lhe faço um desafio: assistir ao nascer do sol nas savanas e exóticas paisagens da Namíbia sem cantarolar freneticamente em sua cabeça um “Naaaaaaaaaaaats ingonyaaaa ba bagithi Baba…..”. Arrisco dizer que vai ser impossível, nem que seja uma única vez você vai se pegar nessa, ainda mais cercado por todo elenco de O Rei Leão. O pôr do sol é também outro espetáculo de tirar o fôlego!

10° Céu Noturno

O dia em que toquei as estrelas (Diego Macedo/Arquivo pessoal)

O céu é sempre um espetáculo à parte na Namíbia e se você pretende se encantar com as estrelas o país é um destino perfeito, praticamente todas as suas principais atrações ficam em locais remotos, com pouca luz artificial, o que favorece a observação dos astros. Evite também a lua cheia pois a luminosidade do nosso satélite natural roubará um pouco do protagonismo das estrelas.

Ver a via láctea nitidamente a olho nu, dezenas de corpos celestes entrado em nossa atmosfera para riscar o céu noturno e deixar a imaginação rolar com essa visão do universo que se abre a nossa frente é realmente emocionante.

É como se você tocasse as estrelas, a sensação é indescritível e você pode ler um pouquinho dessa experiência aqui.

Gostou da Namíbia?

Dá para melhorar, veja aqui 5 provas de que é uma boa ideia dar uma esticadinha até a Botsuana!

 

Mais histórias e fotos no Instagram: @dms.macedo

 

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