A capital do Reino Unido é fascinante! Conhecê-la por completo em apenas dois dias é impossível. Mas um roteiro corrido, que oferece uma breve experiência, pode valer muito a pena e, de quebra, fazer você ficar com vontade de estender a visita.
Dia 1
Coma um bom café da manhã, repleto de salsichas, torradas, bolos e geleias. O dia vai ser longo e divertido.
Uma boa forma de começar seus passeios é conhecendo dois dos principais cartões-postais da cidade, a roda-gigante London Eye, as Casas do Parlamento e sua famosa torre do relógio, que abriga o sino Big Ben. Por enquanto vamos apreciá-las só de fora. Veja como a rebuscada arquitetura gótica vitoriana do Parlamento casa à perfeição com a engenharia espacial da roda, uma de cada lado do rio Tâmisa.
Logo adiante está a Abadia de Westminster, a mais importante igreja da capital. O preço da entrada é um pouco salgado, mas vale a pena conhecer o palco de cerimônias históricas, tais como a coroação de Elizabeth II e o casamento dos duques de Cambridge, William e Kate.
Tome agora o rumo do Palácio de Buckingham, casa da rainha, para assistir à troca da guarda, que acontece às 11h30. A fama é maior que o espetáculo em si, mas marinheiros de primeira viagem não devem perder a oportunidade. Só não se esqueça de chegar mais cedo para conseguir um bom lugar, pois pequenas multidões se reúnem por aqui para ver os soldados de casacas vermelhas e chapéus peludos.
Depois da parada, vamos à praça Trafalgar Square, cruzando pelo caminho o lago e gramados do parque Saint James’s. Siga por baixo da arcada do Admiralty Arch para dar de cara com a coluna do Almirante Nelson (que derrotou as forças navais de Napoleão Bonaparte) e a animada praça que é ponto de celebrações cívicas dos londrinos.
Parada para o almoço. Entre as opções rápidas na área estão o bom café da National Gallery e a torta de carne do pub The Lord Moon of the Mall, acompanhada por uma boa cerveja.
De barriga cheia, é hora de fazer uma visita completa à ótima National Gallery, uma das melhores pinacotecas do mundo, com obras de Vermeer, Van Eyck, Rafael e Turner. Outro atrativo é o valor da entrada: zero! Então, se continuar com vontade de conhecer mais museus, dê a volta no quarteirão, pelo lado da igreja Saint Martin in the Fields, para ver os retratos da National Portrait Gallery. De clássicas imagens de Shakespeare e Henrique VIII a obras modernas com o magnata multimídia Richard Branson, o estabelecimento é um verdadeiro jogo de quem-é-quem na história britânica.
Próxima parada, o cruzamento mais famoso da cidade: Picadilly Circus. Os neons que enquadram a estátua de Eros vêm perdendo um pouco de seu charme, mas o movimento das ruas e a composição única dos elementos valem a visita.
Vamos terminar o dia em Convent Garden e sua miríade de restaurantes, lojas e bares divertidos. Escolha a cozinha que mais lhe apetecer e se divirta.
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Dia 2
Por várias décadas, desde meados do século 19 ao início do 20, o império britânico dominou terras e mares pelo planeta. De Belize, na América Central, a Hong Kong, na China, passando por Palestina, Índia, Canadá, Tanzânia e África do Sul, entre outros, os súditos da rainha Vitória geravam fortunas administradas no distrito financeiro de Londres, a City.
O mundo mudou, mas as instituições financeiras continuam lá. O passeio se inicia do outro lado do rio, junto ao museu de arte contemporânea Tate Modern só para atravessar o Tâmisa pela ponte Millenium Bridge. De lá, avista-se a cúpula da Catedral de St. Paul, obra-prima de Christopher Wren. Para conhecer a City, é melhor perambular um pouco por suas ruas, quase desertas aos finais de semana. Aqui, há a certeza de deparar-se com símbolos locais como o Guildhall, o centro do poder municipal, a bela galeria do Leadenhall Market e o futurístico edifício do Lloyd’s – obra do arquiteto Richard Roger.
Porém, a grande atração da área é mesmo a Torre de Londres. Construída pelo rei normando Guilherme, o Conquistador, o pequeno castelo protagonizou intrigas palacianas, assassinatos e execuções célebres, como a de Ana Bolena. Os corvos, as histórias de fantasmas e os pitorescos guardas-guias, os Yeomen Warders, popularmente conhecidos como Beefeaters, aumentam ainda mais a popularidade da fortaleza. Não deixe de checar a coleção de armas e as joias da Coroa, incluindo cetros e espadas. Logo ao lado da Torre, não deixe de tirar uma foto da ponte Tower Bridge, a mais vistosa da cidade.
Da City, podemos fazer dois roteiros diferentes. Quem tiver crianças, pode optar pela dupla Museu de História Natural e Hyde Park. Essa é uma boa forma de mantê-los entretidos, brincando com esquilos no parque e vendo esqueletos de dinossauros no museu. Uma alternativa certeira.
Para casais, adolescentes, mochileiros e todos os outros grupos, podemos ir ao magnífico Museu Britânico e depois fazer compras. No British Museum, você ficará cara a cara com a mítica Pedra de Rosetta – chave para a decifração dos hieróglifos egípcios, os polêmicos Mármores Elgin, retirados do Partenon de Atenas, e uma coleção infindável de objetos do Oriente Médio, Ásia, Roma e Egito. Você certamente ficará com as pernas exaustas, mas cada segundo vale a pena.
Para fazer compras, tome o rumo da ruas Oxford e Regent Street, repleta de lojas como a Uniqlo, Muji, Selfridges, Zara, H&M, L’Occitane e Mark and Spencer. Leve geleias, biscoitos e chás (sabores earl grey, english breakfast e tchai) para fazer sucesso com a família e o pessoal do escritório. Uma pequena propaganda interna: visite a loja da National Geographic (83-97 Regent Street, 20/7025-6960)!
Por fim, a última atração de nosso curto roteiro, antes do jantar: a London Eye. Agora que você conhece os marcos da cidade o passeio será mais animado!
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Se tiver mais tempo…
Invista em museus como o Tate Britain e o Tate Modern, no parque de Greenwich ou visitando Windsor.
Não deixe de assistir a uma partida de críquete ou de futebol dos times da cidade, como Arsenal, Chelsea e Tottenham Hotspurs
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Dicas econômicas
- Pubs e gastropubs oferecem refeições a bons preços
- O fish and chips, peixe empanado com fritas, é o prato mais famoso do país e é bem barato
- Museus como o Tate, Tate Modern, British e National Gallery são grátis