Continua após publicidade

Fizemos um roteiro de trem por 9 noites entre Holanda e Bélgica

Veja uma rota de 9 noites viajando de trem para aproveitar o charme e as delícias de Amsterdã, Roterdã, Bruxelas, Ghent e Bruges, na Holanda e na Bélgica

Por Patrícia Figueiredo
Atualizado em 19 jul 2021, 12h05 - Publicado em 14 mar 2017, 15h58

AMSTERDà— 4 noites

Prédio antigo com estátuas e decorações do século XVII
(Les Haines/Flickr)

A fama de tresloucada de Amsterdã não condiz com a realidade certinha da Holanda. Mesmo a capital é mais careta (no bom sentido) do que se diz.

O lado rebelde está nas vitrines despudoradas e nos coffee shops do Red Light District, que agrada os mochileiros em busca de noitadas. Para a maioria, melhor é aproveitar museus como o incrível Rijksmuseum.

O acervo é enorme, então use o app do museu para seguir um roteiro guiado pelas obras. Ali perto está o Van Gogh Museum, que tem uma baita coleção do holandês que marcou o pós-impressionismo.

Mas, se tiver que escolher apenas um museu, agende uma visita à emocionante Casa de Anne Frank, onde morava a menina judia cuja família se escondeu da perseguição nazista em um anexo da própria casa.

Continua após a publicidade

Concluídas as visitas clássicas, aproveite para passear pelos canais do Jordaan para fotografar as casas de tijolinho que são símbolo da cidade.

ROTERDà— 1 noite

imagem 1
As Casas Cubo, obra de arquitetura impressionante em Roterdã (Paul Van de Velde/Flickr)
Um grande átrio reúne dezenas de pessoas em volta de barracas cheias de mercadorias
O Markthal, mercado em Roterdã (Paul Arps/Flickr)

O contraponto perfeito à capital holandesa está a 40 minutos de trem dali, em Roterdã, referência mundial em arquitetura. Isso porque boa parte dela foi destruída na Segunda Guerra Mundial, e os predinhos terracota, comuns em todo país, deram lugar a maluquices como a Casa Cubo e a Estação Central, dois marcos arquitetônicos locais. Outra invencionice imperdível é o Markthal, de 2014.

Continua após a publicidade

O edifício, em forma de ferradura, abriga apartamentos voltados para um colorido pátio interno, onde funciona o mercado central da cidade. Prove, por ali, delícias como um stroopwafel (biscoito recheado com caramelo) quentinho, feito na hora.

BRUXELAS — 2 noites

Um confeiteiro aplica coberturas de chocolate em cima de bonbons
Chocolate artesanal na hora da produção (Everjean/Flickr)
Um confeiteiro mistura chocolate à plena vista dos clientes, atrás de um balcão. Uma torneira jorrando chocolate está à direita, enquanto à esquerda há uma bandeja de croissants
Fazendo chocolate na Neuhaus (Lola Famuyiwa/Flickr)

A capital belga, a 1h10min de Thalys de Roterdã, é tão descolada que o New York Times já a chama de “a próxima Berlim”. A fama vem de lugares como a galeria Office Baroque, que ocupa os galpões de uma antiga cervejaria.

Continua após a publicidade

Mas a cidade tem ainda uma miríade de atrações mais tradicionais, como a histórica praça Grand Place, com suas fachadas douradas onde se alinham bares e chocolaterias.

A fama do doce belga, aliás, é mais que justificada: dê um pulinho nas lojas clássicas, como Godiva e Neuhaus, mas deixe para comprar as lembrancinhas da família na Leonidas, também tradicional e um pouco mais barata.

GHENT — 2 noites

Uma praça central, por onde passa o trilho de um bonde elétrico e moderno
Ghent vista do Castelo Gravensteen (Ed Webster/Flickr)

A 40 minutos de Bruxelas, esse gracioso reduto universitário entremeado de canais é ainda pouco turístico e sintetiza bem o estilo de vida dos Flandres. Pegue um waffle quentinho numa barraquinha de rua e parta para Gravensteen, um castelo medieval praticamente no meio da cidade.

Continua após a publicidade

Para mostrar quem mandava no pedaço, Filipe da Alsácia, conde da província, mandou construir a fortaleza, em 1180. A localização estratégica, no meio do caminho entre Bruxelas e Bruges, faz de Ghent uma boa base para bate e voltas.

BRUGES — Bate e volta

A torre da catedral se eleva acima dos outros prédios e casas em meio às ruas de Bruges
A Catedral de Bruges, na Bélgica (Wolfgang Staudt/Flickr)

Bem mais famosa que a irmã universitária, Bruges é destino de excursões e pode ficar bem lotada no verão. Não vale a pena tentar resistir aos superturísticos passeios de barco pelos canais e aos restaurantes que servem moules-frites (“mexilhões com fritas”) em mesas na calçada.

Guarde fôlego para subir os 366 degraus até o topo do Campanário de Bruges, de onde se vê toda a cidade. De noite, volta a calmaria das primeiras horas da manhã: se quiser algum agito, volte para Ghent no pôr do sol.

Continua após a publicidade
Melhor época

O verão é bom, com clima não muito quente e ruas animadas. Em dezembro, Amsterdã compensa o gelo com o Festival das Luzes, e as cidades belgas organizam mercados de Natal graciosos.

Confira por onde o roteiro passa no Google Maps:

[googlemaps https://www.google.com/maps/d/embed?mid=1HC6oSQCjDLHBNfqT1zrFtslI5tQ&w=640&h=480%5D

Texto publicado na edição 256 da Viagem e Turismo (fevereiro/2017)

Publicidade