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Salar de Uyuni: o que saber antes de visitar o deserto de sal na Bolívia

Com quase 11 mil quilômetros quadrados, o local é o maior e mais alto deserto de sal do mundo. Entenda como funciona a visitação

Por Yasmmin Ferreira
Atualizado em 25 jun 2024, 17h13 - Publicado em 25 jun 2024, 15h00
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Passeio exige atenção às condições climáticas, e os famosos reflexos no chão só costumam ser vistos na estação chuvosa, quando o caminho também se torna mais difícil de ser percorrido (Niky MGI/Wikimedia Commons)
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O Salar de Uyuni, localizado no sudoeste da Bolívia, é o maior deserto de sal do mundo. Formado a partir de lagos pré-históricos que secaram, deixando para trás uma crosta de sal, o lugar é tão vasto que é visível do espaço – e ganhou fama nos últimos anos devido às paisagens altamente “instagramáveis” que seus reflexos produzem.

As imagens famosas ocorrem durante a estação chuvosa: o Salar fica coberto por uma fina camada de água, criando um espelho perfeito que reflete o céu, tornando-o um destino turístico popular para fotógrafos. Além do aspecto surreal, o Salar de Uyuni também é conhecido por abrigar flamingos rosas, e por suas formações geológicas únicas, como as ilhas de cactos gigantes.

Além do atrativo turístico, em tempos recentes a região se tornou cobiçada economicamente também por abrigar as maiores reservas conhecidas de lítio no mundo, um componente fundamental para fabricar baterias para veículos elétricos e remédios antidepressivos.

O que organizar antes da viagem?

Agências de passeio: em Uyuni, diversas agências oferecem pacotes turísticos para explorar o salar e seus arredores, nem todas com qualidade. Escolher uma agência confiável é fundamental para garantir uma viagem segura e satisfatória. Devido ao acesso complicado ao salar e à falta de infraestrutura ao longo do caminho, não é recomendado fazer essa jornada por conta própria. Faça uma boa busca online e leia relatos de outros viajantes na hora de garantir uma agência de confiança.

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Passeios: por ser um local turístico, existem muitos pontos para explorar nessa área. Um passeio de um dia pode levar você às principais paradas, como o cemitério de trens e a Ilha Incahuasi (ou Ilha do Pescado). Por ser uma ilha coberta de cactos gigantes, o lugar dá indícios de que, ao redor, aquela paisagem um dia foi coberta de água com vulcões ativos. Já uma viagem maior pode oferecer uma experiência mais completa, incluindo o deslumbrante Salar de Coipasa, as lagoas altiplânicas, gêiseres, e até mesmo a fronteira com o Chile e o vulcão Licancabur.

Acomodações: há opções desde os icônicos hotéis de sal, onde os cômodos são revestidos com tijolos dessa substância, até alojamentos tradicionais, como pousadas e hospedarias ao redor do Salar. Os quartos geralmente são simples, então é bom ir preparado, e costumam incluir refeições caseiras. Para os mais aventureiros, algumas agências oferecem pacotes que incluem pernoite em tendas durante as excursões – é bom ter atenção à temperatura, já que a altitude de 3,6 mil metros garante noites frias em qualquer época do ano. Além disso, há estadias em vilarejos próximos, que variam de pensões familiares a pequenos hotéis. Independentemente da escolha, é importante reservar com antecedência, especialmente durante os períodos de alta temporada, quando a demanda tende a ser maior.

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Tours guiados podem durar horas ou dias

A maioria das visitas ao Salar de Uyuni e região circundante são realizadas por tours guiados oferecidos por agências locais. Recomendados pela vastidão e natureza remota do deserto de sal, os guias conhecem profundamente a área, garantindo segurança e acesso a locais especiais.

Além disso, geralmente os tours incluem transporte, acomodações, refeições e atividades planejadas, tornando a viagem mais conveniente. Eles proporcionam interpretação da cultura local, história e ecologia, enriquecendo a experiência dos visitantes, que podem interagir com outros viajantes.

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Há tours para diferentes gostos e bolsos. É possível realizar uma viagem curta de apenas seis horas por cerca de R$ 300 por pessoa, mas boa parte dos locais famosos não é acessada em trajetos tão curtos. Os tours mais requisitados, que incluem pernoite, em geral duram dois ou três dias, e não costumam sair por menos de R$ 1,2 mil por viajante.

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+ A Civitatis organiza excursões que duram de 1 até 4 dias pelo Salar do Uyuni

Qual a melhor época para turistar?

A melhor época depende das preferências e objetivos da viagem. Durante a estação seca (maio a outubro), o clima estável – dias ensolarados e noites frias – e a ausência de chuvas tornam as condições ideais para visitar o Salar. Neste período, o local fica bastante movimentado.

A estação chuvosa (novembro a abril) proporciona as fotos cultuadas dos espelhos de sal, mas algumas estradas podem ficar intransitáveis devido à lama. Essa época menos concorrida, no entanto, pode oferecer uma experiência mais tranquila para quem prefere evitar multidões.

Independentemente da escolha, é importante ser bastante cuidadoso, especialmente ao caminhar pelo Salar, onde ilusões de ótica podem ser enganosas. Protetor solar, óculos de sol, água, sapatos confortáveis e roupas para se proteger do frio e do vento são indispensáveis!

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De onde partir

Uma viagem ao Salar do Uyuni pode começar em La Paz, como você pode ver nesta reportagem, ou também pelo Deserto do Atacama para quem estiver no Chile.

Leia tudo sobre o Salar do Uyuni

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