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Palácios da Alhambra reúnem séculos de história em Granada

Arte e arquitetura do mundo hispano-muçulmano compõem um complexo de estruturas deslumbrantes na região da Andaluzia

Por Clarice Sena
Atualizado em 26 jun 2024, 11h26 - Publicado em 23 jun 2024, 15h00

A paisagem de muralhas avermelhadas da Alhambra, em Granada, encanta os visitantes num primeiro vislumbre. Concebida entre os séculos 9 e 12, a Fortaleza Vermelha (do árabe Qal’at al-hamra) é um conjunto histórico composto por um forte, uma pequena cidadela e vários palácios.

A estrutura espalhada em 14 hectares foi construída durante o reinado de Ibn al-Aḥmar, depois chamado Muhammad I, o fundador da dinastia nasrida – a última dinastia muçulmana na Península Ibérica.

Em 1492, com a expulsão dos mouros e a reconquista de Granada pelos católicos, a Alhambra foi transformada numa corte cristã. Partes do local foram destruídas e outras reconstruídas em estilo renascentista por Carlos V, que governou a Espanha como Carlos I (1516-1556).

O complexo chegou aos nossos dias como uma fascinante união de elementos da arquitetura islâmica e estruturas cristãs do século XVI. Foi declarado Patrimônio Mundial pela Unesco em 1984, que depois ampliou o tombamento em 1994 para incluir áreas vizinhas, como o bairro de Albaycín e o Palácio Generalife.

Atrações na Alhambra

Os destaques do gigantesco conjunto arquitetônico incluem:

Puerta de las Granadas e Puerta Judiciaria: na entrada inferior do parque, os visitantes passam pela Puerta de las Granadas, um arco triunfal datado do século 16. Mais acima está a Puerta Judiciaria, construída como um arco em ferradura sob uma torre quadrada. A estrutura foi utilizada pelos mouros como tribunal informal de justiça.

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Palácios Nasridas (ou Nazaríes): a parte dos palácios é a atração mais disputada da região e requer ingressos comprados com hora marcada. Ao comprar você define a hora de entrada no palácio, que é a parte mais disputada. São três estruturas principais: a sala El Mexuar, o Palácio de Comares e o Palácio dos Leões.

Pátio dos Leões: o enorme pátio é ladeado por uma galeria sustentada por 124 colunas de mármore branco, ricamente decoradas com entalhes em estilo mourisco. No centro do pátio encontra-se a famosa Fonte dos Leões, uma grande bacia de alabastro sustentada por 12 leões em mármore branco, símbolo de força e coragem.

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Palácio de Comares: a oeste do pátio principal, a entrada para o palácio tem um portal ornamentado e o caminho para El Mexuar, dentro da Torre de Comares. A maior sala da Alhambra tem 11 metros quadrados e uma cúpula decorada em motivos islâmicos com 23 metros de altura. A grande sala era ocupada pelo trono do sultão e servia para grandes recepções.

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Generalife: localizado a leste da fortaleza, o nome vem do árabe Jannat al-ʿArīf e significa “Jardim do Arquiteto”. A estrutura com pátio e prédios adjacentes serviu como palácio de verão do sultão, residência para emires de passagem e área de lazer da nobreza.

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Albaycín e Mirante San Nicolás: tanto Albaycin quanto o mirante estão fora da área da Alhambra e são lugares ótimos para ter uma vista panorâmica da fortificação e também para bater perna. O bairro residencial de Albaycín é a versão mais bem preservada de uma cidade hispano-muçulmana, com construções que reúnem harmonicamente a cultura renascentista cristã e o barroco espanhol. Do outro lado do rio Darro, os visitantes podem desfrutar de um pôr do sol no mirante de San Nicolás com vista para toda a Alhambra ao som de música flamenca

O que você precisa saber para visitar a Alhambra

O complexo é um dos mais visitados de toda a Espanha e por isso é preciso planejar a visita com antecedência. São permitidos seis mil visitantes nos palácios por dia e ingressos na hora raramente estão disponíveis. A compra antecipada pode ser feita através do site oficial, onde também podem ser encontradas mais informações.

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Atente-se para o que cada ingresso oferece: bilhetes para os jardins não oferecem acesso aos outros espaços e as entradas noturnas dividem os passeios em dois dias, por exemplo. As informações também podem ser consultadas no próprio site dos ingressos.

Para a visita completa, o ingresso custa € 19,09 (cerca de R$ 115) e inclui o Palácio Nazaríes (no ato da compra você precisa definir o horário de entrada no palácio), Partal, Alcazaba e Generalife. Caso o bilhete para a visita completa se esgote, resta o bilhete que permite entrada aos jardins, ao Generalife e Alcazaba, por € 10,61 – nesse caso a entrada pode ocorrer em qualquer horário enquanto a Alhambra estiver aberta, das 8h30 às 20h. Na entrada é preciso apresentar identidade ou passaporte original. Veja outras perguntas frequentes.

Para crianças menores de 12 anos, as entradas são gratuitas, mas devem ser validadas antecipadamente para garantir o acesso. Já os ingressos para menores de 3 anos não precisam ser reservados antecipadamente e podem ser retirados na bilheteria física.

Para a visita, prepare-se com roupas confortáveis, protetor solar e tênis de caminhada, já que o local possui muitas escadas, subidas e descidas. Nos meses do verão europeu, a cidade é extremamente seca e as temperaturas podem até superar os 40ºC nos piores dias. Leve água e aproveite os bebedouros ao longo do caminho para se abastecer.

+ A Civitatis tem visita guiada pela Alhambra incluindo os Palácios Nasridas

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Como chegar na Alhambra

Granada está localizada 420 km ao sul de Madri e 250 km a leste de Sevilha, a principal cidade da Andaluzia – é possível viajar de carro, ônibus interurbano ou de trem para chegar lá.

Uma vez na cidade, para chegar a Alhambra, as opções disponíveis são as linhas de ônibus C3 e C4, com saída na praça Isabel La Católica, e o trem turístico “Granada City Tour”.

De carro ou táxi, o caminho é feito pela Ronda Sul, já que o acesso direto a partir do centro da cidade está proibido para os veículos particulares.

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