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Bruxelas tem museu dedicado ao sistema de esgoto da cidade

Museu do Esgoto combina incursão subterrânea e exposição tradicional para contar a história das tubulações

Por Rebeca de Ávila
15 jan 2024, 10h04
Museu do Esgoto, Bruxelas, Bélgica
Dez metros abaixo do solo, você pode caminhar ao longo do Rio Senne, canalizado no século 19 devido a poluição extrema (Brussels Museums/Reprodução)
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Ainda que essencial, a rede de esgoto de uma cidade não costuma despertar o interesse de pessoas comuns. Todos os dias passamos por cima de tubulações que carregam água e rejeitos, mas pouco pensamos nelas. O inusitado Museu do Esgoto, em Bruxelas, é uma imersão — literal — neste universo.

Pode não ser dos passeios mais cheirosos, mas você conhece a intrincada conexão de tubulações, canos e galerias que levam a água suja para fora da cidade na Bélgica e correm sob o Porte d’Anderlecht, onde o museu está localizado.

Museu do Esgoto, Bruxelas, Bélgica
Por fora, parece um museu normal, mas, por dentro, revela o secreto universo do sistema de esgoto (Trougnouf (Benoit Brummer)/Wikimedia Commons)

O tour subterrâneo inclui uma visita ao esgoto Chaussée de Mons, que ainda está ativo, e ao Rio Senne, que de tão poluído teve de ser canalizado no século 19. Como era de se esperar pela proximidade com os rejeitos, o mau cheiro faz parte do passeio, mas não chega a ser insuportável. Uma dica é visitar o museu no inverno, quando os odores são menos fortes.

A exposição ao nível do solo tem maquetes do sistema de canos, mapas da cidade e fotos do Rio Senne. Áudios em neerlandês, inglês e francês acompanham a jornada. Alguns deles são interativos e com perguntas. Com base em suas respostas, eles contam histórias diferentes.

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Museu do Esgoto, Bruxelas, Bélgica
O sistema de esgoto de Bruxelas tem 350km (Brussels Museums/Reprodução)

Para todo esse sistema funcionar, alguém precisa estar lá todos os dias fazendo a manutenção de bombas,  consertando canos, monitorando o recebimento dos resíduos e, inclusive, se expondo a riscos de contaminação por substâncias tóxicas. O museu tem uma parte dedicada à valorização desses trabalhadores — também vítimas de invisibilização — e alguns deles fazem parte da equipe de guias. 

A exposição atual, Rattus, tenta reverter a má reputação de um temido morador dos esgotos: o rato. O objetivo é contar a história dos roedores em uma experiência imersiva que inclui até rastejar no chão por uma pequena porta. 

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Museu do Esgoto, Bruxelas, Bélgica
“Rattus” fica em cartaz até 16 de junho (Sewer Museum/Reprodução)

Serviço

O museu está aberto de terça-feira a domingo, das 10h às 17h, na Porte d’Anderlecht, 1.000. São 10 minutos de caminhada da estação de trem Bruxelas-Chapelle. Também é possível fazer um tour virtual no site do museu.

O preço da entrada para adultos é € 10. Os ingressos podem ser adquiridos no site.

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