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Japão: seis maneiras de apreciar o Monte Fuji

As trilhas não são a única forma de apreciar o cartão-postal. Nos arredores do vulcão há templos, lagos, cavernas de gelo, parque de diversões e até safári

Por Da Redação
Atualizado em 28 jul 2021, 17h07 - Publicado em 23 jul 2021, 19h24
Monte Fuji
Formado há 100 mil anos, o Monte Fuji tem 3,500 metros de altura e é Patrimônio Mundial da Unesco. Crédito: (JNTO/Divulgação)

Para os japoneses, as montanhas simbolizam a morada dos deuses e o local onde o homem se encontra com o divino. Não à toa, a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta sexta-feira (23) deu destaque a uma representação do Monte Fuji, estrutura sobre a qual a tenista Naomi Osaka acendeu a pira olímpica. Nos próximos dias, imagens do real Monte Fuji devem aparecer constantemente nas transmissões e notícias esportivas, já que ele é um dos principais cartões-postais do Japão.

O vulcão ativo, que se formou a cerca de 100 mil anos, fica entre as províncias de Shizuoka e de Yamanashi, a quase duas horas de carro de Tóquio. Considerado Patrimônio Mundial da Unesco, o Monte Fuji possui 3 500 metros de altura e o seu topo pode ser observado desde a capital japonesa nos dias mais limpos. Para chegar até lá, porém, é preciso encarar algumas trilhas. Essa é maneira tradicional de explorar a montanha mais alta do arquipélago japonês, mas não a única. 

O Monte Fuji também pode ser visto de outros ângulos em atividades que não envolvem escaladas, algumas, inclusive, bastante inusitadas. Veja, a seguir, seis formas de conhecer o Monte Fuji recomendadas pela Organização Nacional do Turismo Japonês (JNTO) para, quem sabe, inspirar futuras viagens ao Japão: 

1. Pelas trilhas que levam ao topo

trilha Fujinomya
A trilha Fujinomya exige um condicionamento físico melhor. Mas não é necessário ser alpinista. Crédito: (JNTO/Divulgação)

O verão é a época ideal para escalar o Monte Fuji, que por esse motivo fica aberto para excursionistas entre os dias 1º de julho e 31 de agosto. As trilhas recebem 300 mil montanhistas todos os anos e, embora não seja preciso ser alpinista para subir ao topo, é importante estar em boas condições físicas. Para chegar ao cume a tempo de contemplar o nascer do sol, a dica é fazer o trajeto em dois dias, com pernoite em uma cabana no meio do caminho e finalizando a caminhada logo nas primeiras horas da manhã seguinte. Vale dizer que, mesmo em pleno verão, a temperatura lá no alto varia entre 5°C e 8°C

A jornada começa na Estação Shin-Fuji, em Shizuoka, de onde partem transportes para as quatro trilhas abertas ao público. Cada uma tem suas peculiaridades, mas todas cobram uma taxa de admissão de mil ienes (algo em torno de R$ 47) e são dividas em 10 estações. Os trajetos podem ser fechados por causa do mau tempo. No topo, uma agência de correios permite enviar cartões-postais com selos autenticados do Monte Fuji. Veja os detalhes das trilhas a seguir:

Yoshida (6h de subida + 3h de descida) – É a mais popular porque tem o melhor acesso para quem vem de Tóquio e o maior número de cabanas para pernoitar. A desvantagem é que pode ficar extremamente lotada na alta temporada, finais de semana e feriados.

Fujinomiya (5h de subida + 2h30 de descida) –  Não se deixe enganar pela duração da trilha: apesar de ser mais curta que a Yoshida, a Fujinomiya é mais íngreme e exige mais fisicamente. 

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Subashiri (5h a 7h de subida + 2h30 a 4h de descida) – A trilha já começa dois mil metros acima do nível do mar e se encontra com a Yoshida na 8ª estação. É uma ótima opção para contemplar o nascer do sol, já que todo o caminho é voltado para o leste. O ponto negativo é que, por ser menos frequentada, oferece menos opções de alojamentos. 

Gotemba (7h a 10 de subida + 3h a 5h de descida) – A suave inclinação acaba afugentando a maior parte dos alpinista. Resultado: essa é a trilha com menor fluxo de pessoas e quantidade de cabanas para pernoite.  

2. Nos locais sagrados aos pés da montanha

o santuário Kitaguchi Hongu Fuji Sengen-jinja
Foi no santuário Kitaguchi Hongu Fuji Sengen-jinja, durante a era Edo (1603-1867) que seguidores da fé Fujiko iniciaram a subida da montanha. Crédito: (JNTO/Divulgação)

Na base do Monte Fuji há uma série de santuários e templos budistas, cercados por cedros milenares, onde são realizados cerimônias para marcar o início da temporada de escaladas. Um desses locais sagrados é o Kitaguchi Hongu Fuji Sengen-jinja, na cidade de Yamanashi, que fica a uma hora e meia de carro de Tóquio. O lugar possui um valor histórico e religioso porque foi lá que, durante a Era Edo, os seguidores da fé Fujiko iniciaram subidas à montanha. O ponto de partida foi justamente o pórtico Fujisan Otorii, que fica atrás do santuário.

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3. Explorando suas cavernas

Caverna de gelo
A Caverna de Gelo de Narusawa, no coração da Floresta de Aokigahara, no distrito de Minamitsuru, em Yamanashi (Yamanashi/Wikimedia Commons)

Como resultado da sobreposição de várias erupções vulcânicas, diversas cavernas se formaram nos arredores do Monte Fuji. Algumas delas podem ser visitadas, como é o caso da Caverna de Gelo de Narusawa, no coração da Floresta de Aokigahara, em Yamanashi. A caverna de 21 metros de profundidade tem temperaturas em torno dos 0°C mesmo no verão, mas o período mais interessante para visitá-la é no inverno, quando há garantia de estalactites e estalagmites de gelo, algumas com 30 metros de comprimento. Outro local que merece ser explorado é a Caverna de Vento, cujas paredes a 200 metros de profundidade absorvem o som, não emitindo qualquer eco.

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4. Embarcando em um montanha-russa

Fuji-Q Highland
O Fuji-Q Highland, lar de uma das montanhas-russas mais íngremes do mundo, Takabisha (Fuji Q Highland park/Divulgação)

A Takabisha, uma das montanhas-russas mais íngremes do mundo, tem uma vista singular para o Monte Fuji. A atração faz parte do parque temático Fuji-Q Highland, onde também há brinquedos aquáticos, carrossel, xícaras-giratórias e roda-gigante, entre outras atrações menos radicais. O complexo fica na cidade de Fujiyoshida, a pouco mais de uma hora de carro de Tóquio, e possui ainda o hotel Highland Resort & Spa

5. Na companhia de animais em um safári

Fuji Safari Park
Animais selvagens, criados em liberdade, no Parque Safári de Fuji. Crédito: (Fuji Safari Park/Divulgação)

Na cidade de Susono, a uma hora e meia de carro de Tóquio, é possível admirar o Monte Fuji durante um passeio entre animais selvagens. O Parque Safári de Fuji é um santuário de espécies africanas, como zebras, leões, girafas e elefantes, criadas em liberdade. O “safári” pode ser feito a pé, de ônibus, de carro próprio ou alugado no local. É possível comprar comida para alimentar os animais durante o trajeto. 

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6. Da região dos Cinco Lagos de Fuji

Região dos cinco lagos
A região dos cinco lagos fica ao norte do Monte Fuji, na província de Yamanashi. Crédito: (JNTO/Divulgação)

Os Cinco Lagos de Fuji – Yamanakako, Kawaguchiko, Saiko, Shojiko e Motosu – ficam aos pés da face norte da montanha, na província de Yamanashi. O programa ali é fazer passeios de barco, pescar, praticar windsurfe ou esqui aquático e fazer caminhadas, tudo com o principal cartão-postal do Japão ao fundo. Por motivos óbvios, o lugar acontece principalmente no verão, quando os hotéis e pousadas ficam cheios. Saindo de Tóquio, o trajeto até lá dura uma hora e meia de carro e pouco menos de duas horas de trem. 

Atenção: Devido à pandemia, as restrições de viagem estão mudando constantemente. Até julho de 2021, as fronteiras internacionais do Japão estavam fechadas para turistas brasileiros. Acesse o site oficial do Turismo do Japão para conferir informações atualizadas. 

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