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Florença: 9 obras de arte imperdíveis na Galleria degli Uffizi

Botticelli, Leonardo, Michelangelo, Rafael e Caravaggio são destaques na coleção do museu

Por Bárbara Ligero
Atualizado em 27 abr 2024, 13h01 - Publicado em 27 abr 2024, 12h00

O mais importante acervo renascentista do mundo está na Galleria degli Uffizi, em Florença. Obras de Michelangelo, Leonardo, Botticelli e Rafael – que ilustram os livros escolares de história – dividem espaço nas paredes do museu. Mas a visita completa também abarca arte bizantina e barroca, com importantes quadros de Caravaggio. Até mesmo as janelas merecem contemplação, oferecendo vistas panorâmicas da Ponte Vecchio, do Palazzo Vecchio e da majestosa cúpula do Duomo. A seguir, veja nove obras expostas na Galleria degli Uffizi que merecem destaque:

1. “O Nascimento de Vênus” – Sandro Botticelli

“O Nascimento de Vênus”, uma das obras mais icônicas do Renascimento, foi pintada por Sandro Botticelli por volta de 1484 e 1486. O quadro retrata a deusa Vênus emergindo do mar sobre uma concha. Os ventos Zéfiro e Aura sopram suavemente conduzindo Vênus até à costa, enquanto as Ninfas a recebem com um manto. O cenário é repleto de referências à mitologia clássica, enquanto a figura de Vênus é retratada de forma idealizada, simbolizando a perfeição estética e a feminilidade divina. 

(//Reprodução)

2. “A Primavera” – Sandro Botticelli

Outro quadro de autoria de Sandro Botticelli, nesse caso feito por volta de 1482, “A Primavera” é uma representação alegórica da chegada dessa estação. São retratadas várias figuras mitológicas interagindo em meio a um jardim florido. No centro da composição, está retratada a deusa do amor Vênus, cercada pelas Três Graças – que simbolizam a beleza, a alegria e a fertilidade. À direita, o deus Mercúrio paira sobre as nuvens espalhando o aroma da primavera, enquanto Cupido está prestes a disparar suas flechas. Por ser uma expressão dos ideais humanistas e da busca pela beleza e perfeição, a pintura é uma das obras mais reverenciadas da história da arte.

(//Reprodução)

3. “A Anunciação” – Leonardo da Vinci

“A Anunciação”, uma das obras mais notáveis de Leonardo da Vinci, retrata o momento em que o Arcanjo Gabriel anuncia à Virgem Maria que ela conceberá o filho de Deus. Na composição do início do século 16, Gabriel e Maria são representados com gestos e expressões terrenas. A simetria e harmonia da cena, juntamente com a perspectiva cuidadosamente elaborada, realçam a sensação de calma e reverência. Além disso, Leonardo emprega uma paleta de cores suaves e a técnica conhecida como “sfumato” para criar uma atmosfera etérea.

(//Reprodução)
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4. “Tondo Doni” – Michelangelo

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“Tondo Doni” de Michelangelo Buonarroti, datada do início do século 16, é uma pintura circular que retrata a Sagrada Família em um ambiente doméstico, onde Maria, José e o Menino Jesus estão cercados por figuras angelicais. A composição é marcada pela intensidade dramática e pela energia vibrante. As figuras são robustas e musculosas e a paleta de cores é rica e contrastante.

Tondo Doni de Michelangelo.
(lienyuan lee/Wikimedia Commons)

5. “Vênus de Urbino” – Ticiano

A “Vênus de Urbino” é uma das obras mais famosas de Ticiano Vecellio, pintada por volta de 1538. A obra-prima retrata a deusa Vênus como uma mulher nua deitada, encarando o espectador. A composição é repleta de simbolismo: o cachorro deitado aos seus pés representa fidelidade e o baú de casamento ao fundo simboliza a união conjugal. O quadro é tido como um exemplo da maestria de Ticiano pela maneira como ele captura a textura da pele e dos tecidos com precisão.

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(//Reprodução)

6. “A Adoração dos Magos” – Leonardo da Vinci

“A Adoração dos Magos” foi originalmente encomendada para a Igreja de San Donato a Scopeto, em Florença, mas nunca foi concluída por Leonardo da Vinci, que trabalhou nela entre os anos de 1481 e 1482. Exibida na Galleria degli Uffizi, a pintura retrata com riqueza de simbolismos a adoração dos Magos ao recém-nascido Jesus. No centro da composição, estão Maria, José e o Menino Jesus, cercados pelos Magos e suas comitivas. Vale observar a complexa interação entre as figuras, cada uma delas expressando emoções únicas e intensas. 

(//Reprodução)

7. “O Batismo de Cristo” – Verrocchio e Leonardo da Vinci

“O Batismo de Cristo” é uma obra colaborativa entre Andrea del Verrocchio e seu então aprendiz Leonardo da Vinci, datada do final do século XV. A cena retrata o momento sagrado do batismo de Jesus por João Batista no rio Jordão. Verrocchio é creditado pela execução principal da obra, enquanto Leonardo teria contribuído com a figura de Jesus e com detalhes que mostram sua genialidade precoce, como a atmosfera etérea e o realismo impressionante. 

(//Reprodução)
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8. “Baco” – Caravaggio

Entre as obras mais importantes do mestre do barroco Caravaggio, “Baco” é uma pintura do século 17 que representa o deus romano do vinho segurando uma taça de vinho e encarando o espectador com olhar desafiador. Caravaggio utiliza um jogo magistral de luz e sombra, conhecido como “chiaroscuro”: a figura de Baco emerge da escuridão, destacada pela luz que ilumina seu rosto e corpo musculoso, enquanto o fundo permanece envolto em sombras. Por isso, o quatro é um exemplo da técnica de pintura de Caravaggio, conhecida pelo realismo e pela habilidade em capturar a expressão dos personagens.

(//Reprodução)

10. “Madonna del Cardellino” de Rafael Sanzio

A “Madonna del Cardellino”, uma das obras mais encantadoras de Rafael Sanzio, é uma representação da Virgem Maria com o Menino Jesus e São João Batista ainda crianças, datada de 1506. A cena é repleta de ternura e delicadeza, com Maria inclinando-se sobre o Menino Jesus enquanto São João Batista oferece a ele um pintassilgo, simbolizando a futura Paixão de Cristo. A técnica de pintura do artista é notável pela precisão e harmonia, com cada detalhe cuidadosamente elaborado para criar uma atmosfera de graça e beleza.

(//Reprodução)

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