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Conheça os locais em que ‘Duna 2’ foi filmado

Paisagens alucinantes que parecem ter saído da ficção científica no Oriente Médio, na África e na Europa

Por Rebeca de Ávila
15 mar 2024, 18h00

A segunda parte da adaptação da série de ficção científica escrita por Frank Herbert, Duna 2, chegou aos cinemas brasileiros em março e já está impressionando o público com seu visual futurista e suas paisagens desérticas como no primeiro filme.

Ainda que muitas cenas tenham sido gravadas em estúdios internos de Budapeste, na Hungria, o diretor Denis Villeneuve pensou as cenas de acordo com paisagens reais e criou cenários no meio do deserto. 

O resultado é um mundo impressionante que aumenta ainda mais as expectativas para a terceira parte do longa-metragem. Confira abaixo cinco locações que, de fato, parecem ter saído de outro mundo:

1. Wadi Rum, Jordânia

Em Wadi Rum, a paisagem é fortemente marcada por tons de vermelho e laranja. As pontes de pedra, dunas de areia e montanhas de arenito foram a base para criar o planeta Arrakis, onde moram os temidos vermes de areia com 400 metros de comprimento. 

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O segundo filme explora a relação de Paul Atreides, interpretado por Timothee Chalamet, com a terra e as criaturas subterrâneas. Na década de 1960, o deserto já foi cenário de Lawrence da Arábia (1962) e, mais recentemente, de Perdido em Marte (2015).

O Wadi Rum fica em uma área protegida. Para acessá-la é preciso pagar cinco dinares jordanianos (JOD$ 1 = R$ 7,02 em 13/03/2024; consulte a cotação do dia).

Wadi Rum, Jordânia
O Wadi Rum também é chamado de “Vale da Lua” por causa de sua aparência selvagem que não parece fazer parte do planeta Terra (Daniele Colucci/Unsplash)

2. Al Siq, Jordânia

A Jordânia possui muitas áreas desérticas e parte das gravações aconteceu também em meio aos cânions de Al Siq. O desfiladeiro Siq marcava a entrada na cidade de Petra, que hoje é Patrimônio Mundial da Unesco. Trata-se de uma passagem rochosa estreita com 80 metros de altura.

Al Siq, Wadi Musa, Jordânia
A maior parte do Al-Siq foi formada naturalmente, mas parte dele foi escavada pelo povo Nabateu (Bernard Gagnon/Wikimedia Commons)

3. Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos

Assim como no primeiro filme, as dunas de Abu Dhabi foram pano de fundo para Arrakis. Apesar da distância geográfica da Jordânia, a diferença entre as locações não é facilmente perceptível nas telas. 

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No primeiro filme, o emirado já tinha sido utilizado para alocar o abrigo dos Fremen, povo originário de Arrakis, mas Villeneuve buscou novos cenários dentro de Abu Dhabi, dentre eles o deserto de Liwa Oasis, onde foi gravado o beijo entre Paul e Chani Kynes, interpretada por Zendaya.

Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos
A equipe de filmagem passou um mês em cada deserto (Kumar Gaurav/Unsplash)

4. Altivole, Itália

Para dar vida ao planeta imperial Kaitan, onde moram a Princesa Irulan (Florence Pugh) e o Imperador (Christopher Walken), a italiana Altivole foi escolhida. A arquitetura histórica longe das paisagens áridas foi usada para transmitir o estilo de vida fino da família em contraste com a vida dos Fremen.

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Na cidade, a capela e os jardins do Túmulo de Brion foram usados para gravar cenas exteriores do planeta Kaitan, como a Casa dos Corrino. O espaço é exclusivo da família Brion e foi construído pelo arquiteto pós-modernista Carlo Scarpa, em 1968. A viúva Onorina Brion encomendou o projeto para homenagear seu marido com um memorial ao lado cemitério da cidade.

Foi a primeira vez que os Brion receberam um pedido de filmagem no local e ele só foi aceito porque a família era fã da saga de Frank Herbert. A entrada ao memorial é gratuita, mas precisa ser agendada no site.

Túmulo de Brion, Altivole. Itália
O Túmulo de Brion foi um dos últimos projetos de Carlo Scarpa (Filippo Poli/Wikimedia Commons)

5. Deserto da Namíbia, Namíbia

Apesar de ser uma cena breve, a aparição de Anya Taylor Joy no papel de Alia, irmã de Paul, tem causado muito burburinho. A atriz surge em uma visão do planeta Arrakis em um futuro no qual ele tem água. O local escolhido foi onde ocorre o impressionante encontro das areias do Deserto da Namíbia com o oceano.

A Costa dos Esqueletos tem 500 quilômetros de dunas que avançam Oceano Atlântico adentro. O local é envolto por mistérios de naufrágios e recebeu o intrigante nome por causa das carcaças de baleia na área.

Costa dos Esqueletos, Namíbia
O encontro da areia com o oceano parece uma miragem (Andrew Svk/Unsplash)
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