A Starbucks Reserve Roastery ocupa um prédio de cinco andares em uma das esquinas da Magnificent Mile, a principal região de compras de Chicago. Mas não é a fachada, e sim o cheiro de café, que faz as cabeças virarem em direção à maior unidade do mundo da Starbucks. Isso porque a loja-conceito, inaugurada em novembro de 2019, possui no térreo uma máquina que se encarrega de torrar os grãos que darão origem às bebidas servidas no local.
Ver o processo acontecendo diante dos olhos é apenas um dos elementos que diferenciam essa unidade de tantas outras por aí. O espaço interno de 3.200 m² tem como ponto focal uma coluna revestida de bronze, de 17 metros de altura, que transporta os grãos de café entre os andares. A minha atenção, porém, foi roubada pela escada rolante em curva que fica em torno dela: até então, eu nunca tinha visto uma escada rolante que não fosse reta.
Além da máquina de torrefação, o primeiro andar exibe uma porção de produtos da Starbucks, que vão de copos térmicos e cafeteiras a sacos de cafés especiais feitos com grãos de países como Costa Rica, Honduras, Tanzânia e Uganda. No térreo também há um balcão vendendo comes e bebes, mas vale mais a pena deixar para fazer o seu pedido no segundo andar, onde o menu é mais completo e há mais lugares para se sentar.
Ali fica uma cafeteria de inspiração italiana, com grandes fornos de ferro de onde saem fatias de pizza (a partir de US$ 8,50) e também as focaccias e ciabattas, que são recheadas e transformadas em sanduíches (a partir de US$ 9). As opções, que não podem ser encontradas em lojas comuns da Starbucks, incluem ainda avocado toasts (US$ 9,50) e ovos no purgatório (US$ 11,50).
No balcão de doces, mais tentações. Algumas são italianíssimas – caso do tiramisù (US$ 11,50), do cannoli (US$ 7) e do brioche com creme de mascarpone sabor café (US$ 10,50) – e outras, tipicamente norte-americanas – como o brownie (US$ 9,50) e o cheesecake (US$ 11,50).
Cheguei bem no horário do café da manhã e havia uma fila considerável, de forma que levou uns vinte minutos para fazermos o pedido. A espera valeu a pena: nos deliciamos com os croissants recheados de presunto e queijo (US$ 9), o cookie com gotas de chocolate (US$ 3,50) e o cornetto recheado com creme de avelã (US$ 5). Tudo com uma qualidade muito superior ao que é vendido nas lojas normais da Starbucks. Para beber, fomos de latte (US$ 7) e capuccino (US$ 7), que também pareceram menos aguados do que o padrão da rede.
Há opções de bebidas mais criativas, desenvolvidas especialmente para o Starbucks Reserve Roastery, na cafeteria experimental do terceiro andar. É o caso, por exemplo, do Oleato Golden Foam (US$ 8,50), café gelado adoçado com xarope de baunilha e finalizado com uma espuma de infusão de azeite de oliva. Também há milkshakes feitos com café (a partir de US$ 13) e affogatos (US$ a partir de 9,50), sobremesa que consiste em uma bola de sorvete servida com uma dose de café. O espaço no terceiro andar também realiza degustações de cafés especiais (a partir de US$ 13).
O quarto andar, por sua vez, é um bar de drinques, em sua maioria feitos com café. O espresso martini (US$ 16) não poderia faltar, mas há também coquetéis inventivos como o Boulevardier (US$ 18), que leva whiskey, Campari, xarope de baunilha e bitter de lavanda. Mesmo sem café, outros clássicos como Aperol Spritz (US$ 14), Manhattan (US$ 14) e Old Fashioned (US$ 14) fazem parte do menu.
Por fim, o rooftop tem mesas ao ar livre e vista para a Magnificent Mile. Há inclusive uma visão lateral do John Hancock Building, onde fica o mirante 360 Chicago. Se quiser comer ao ar livre, a dica é subir de elevador direto para o rooftop, evitando pegar a escada rolante com a bandeja na mão.
Em tempo: ainda que menores, existem outras versões da Starbucks Reserve Roastery em Nova York (no Meatpacking, veja aqui), Seattle, Milão, Shanghai e Tóquio. Saiba mais.
Serviço
Onde? 646 Michigan Avenue – Chicago.
Quando? De segunda a quinta-feira, das 8h às 20h, e de sexta-feira a domingo, das 8h às 21h30.
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