Continua após publicidade

Chelsea Physic Garden, o jardim botânico mais antigo de Londres

Cerca de cinco mil espécies da flora mundial são exibidas em espaço aberto em 1673

Por Gabriel Bueno
28 out 2024, 18h00
chelsea-physic-garden
Estufas centenárias e plantas raras são marcas desse pulmão verde de 350 anos à beira do Tâmisa (Chelsea Physic Garden/Redes sociais/Divulgação)
Continua após publicidade

Em meio à agitação de Londres, o Chelsea Physic Garden se destaca como um refúgio verde. Fundado em 1673, o local é o jardim botânico mais antigo da cidade, com cerca de cinco mil espécies de plantas vindas de todos os cantos do mundo.

Situado às margens do rio Tâmisa e ocupando uma área de mais de 16 mil m², o espaço permite observar a diversidade das espécies e descobrir como elas foram e ainda são utilizadas ao longo do tempo.

História do Chelsea Physic Garden

O jardim foi estabelecido em 1673 pela Worshipful Society of Apothecaries, que buscava um espaço para pesquisas sobre plantas com propriedades curativas e venenosas.

O “Physic” do nome não tem relação com a física, mas com os benefícios medicinais buscados nas plantas cultivadas por ali – é a mesma raiz da palavra physician, um dos termos em inglês para os médicos.

Ao longo do século 18, o jardim atingiu o auge da sua fama, tendo o que se considerava – à época – a maior variedade de espécies do planeta, além de um bem estabelecido programa de troca de sementes com outras instituições semelhantes espalhadas em colônias britânicas.

Mesmo perdendo espaço com os anos para o crescimento urbano de Londres, o Chelsea Physic ainda conseguiu manter 1,6 hectare intacto em uma das áreas nobres da cidade.

Continua após a publicidade
Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Chelsea Physic Garden (@chelsea_physic_garden)

Atrações do Chelsea Physic Garden

Séculos de trocas de sementes com os antigos territórios britânicos tornaram o Chelsea Physic Garden um repositório de espécies raras e ameaçadas de extinção mesmo em seus locais nativos.

Um dos destaques do jardim é a Wollemia nobilis, uma das árvores mais raras do mundo: conhecida apenas por fósseis, ela foi redescoberta apenas em 1994, em um desfiladeiro na Austrália, o que lhe rendeu o apelido de “fóssil vivo.”

Uma das estufas do século 19 conserva exemplares de Echium pininana, uma planta endêmica das Ilhas Canárias que pode atingir até 4 metros de altura.

Continua após a publicidade

Além da raridade geográfica, também há espécimes que se destacam por suas características únicas, como a Digitalis purpurea, uma planta europeia historicamente utilizada em tratamentos cardíacos, que floresce apenas uma vez na vida.

No site oficial, é possível conhecer as plantas raras exibidas no local por meio da ferramenta de busca “Garden Explorer“. Além disso, a instituição é ativa nas redes sociais, onde compartilha fotos e vídeos.

A organização também produz um podcast, apresentado pela atriz Jessica Regan e pelo produtor Ned Sedgwick, que aborda as pesquisas realizadas no jardim e discute a importância das plantas em diversas áreas, como medicina e sustentabilidade. Cada episódio traz convidados especializados, que compartilham suas experiências e conhecimentos sobre botânica, conservação e práticas de jardinagem.

View this post on Instagram

A post shared by Chelsea Physic Garden (@chelsea_physic_garden)

Continua após a publicidade

Serviço

Onde? O Chelsea Physic Garden fica na 66 Hospital Road, em uma área residencial do Chelsea. A estação de metrô mais próxima, a cerca de um quilômetro, é a Sloane Square, das linhas Circle e Distrcit. Para quem não quer caminhar tanto, a melhor pedida é ir de ônibus: a linha 170, em direção à estação Victoria, deixa em frente.

Quando? O jardim funciona todos os dias, com exceção dos sábados, das 11h às 17h. No verão inglês, pode haver horário estendido até às 21h, geralmente às quartas-feiras.

Quanto? Os ingressos custam £ 15 (cerca de R$ 110). Visitantes de até 21 anos pagam £ 6,50 (cerca de R$ 48). Venda de ingressos e mais informações no site.

Leia tudo sobre Londres

Continua após a publicidade

Busque hospedagem em Londres

Compartilhe essa matéria via:

 

Publicidade