Bariloche: dicas de milhões para a temporada de inverno
Considere um hotel com piscina aquecida, seja flexível na programação, conceda-se um dia de preguiça e outras dicas preciosas
A temporada de inverno em “Brasiloche” está de vento em popa e o Felipe Augusto Marx (@felipe.marx) esteve lá entre os dias 19 e 26 de julho com os filhos Henrique, de 14 anos, e Caetano, de 11 anos. As dicas que ele trouxe são ouro puro. Aproveite para salvar e encaminhar para aquele conhecido que esteja de viagem marcada.
“Pitacos de quem acabou de voltar de Bariloche:
– Em épocas de tempo instável como quando eu fui, é impossível ter grandes planejamentos com antecedência. Cada dia é um dia, vai depender da previsão do tempo. Não fique frustrado em mudar os planos toda hora. Tenha um check list das coisas que você quer fazer (Catedral, Piedras Blancas, Campanario, Circuito Chico etc) e vá encaixando dependendo do tempo.
– Considere um hotel com piscina aquecida. Se acontecer um dia com chuva, simplesmente não há o que fazer na cidade e a piscina quebra um galhão para entreter as crianças.
– Se você vai fazer guerra de neve, providencie luvas impermeáveis. As luvas baratinhas da Decathlon não dão conta (mas quebra um galhão ter um par seco e quentinho para a volta do Cerro)
– Amanhece às 9 da manhã. Destrua a ilusão de que você vai acordar às 7, tomar café e dar uma voltinha na cidade às 8 horas.
– Conceda-se um dia de preguiça – essa história de esquiar, escorregar e andar na neve cansa.
– Em Piedras Blancas: cuidado para não perder os óculos (as antiparras). Meus dois filhos perderam de uma vez e a multa é salgada. É um saco, eles embaçam, mas não dá para descer sem eles porque a neve que cai, ou que vem dos seus pés, incomoda demais os olhos.
– Na hora de alugar roupas, considere um suspensório para as calças – as minhas e as dos meninos ficaram caindo todo dia.
– Na hora de comprar roupas para crianças, principalmente a segunda pele, tente comprar de cores diferentes ou dê um jeito de identificar claramente qual é qual. Vai chegar uma hora em que a sua mala se transformará em um bolo de roupas pretas e todo dia será uma novela descobrir qual é a roupa de quem.
– A cidade está lotada, não abuse da paciência de quem está no atendimento. Escolha o que comer antes de chamar o garçom, preste atenção na fila, seja pontual com o transporte, já adiante o troco na hora de pagar, essas coisas.
– Pela mesma razão, exercite sua tolerância. Nem sempre a comida chegará exatamente como você quer. Apenas coma, a não ser que aconteça alguma aberração como uma carne completamente fora do ponto (aconteceu na Parrilla de Tony).
– Esteja pronto para que o seu voo atrase. A ida e a volta para Bariloche atrasaram meia hora.
– Explique detalhadamente para seus filhos a diferença entre uma bola de neve e uma pedra de neve. Meu nariz está doendo até hoje.
– Leve um pouco de real, dólar ou pesos para comer alguma coisa no aeroporto. E esteja pronto para uma taxa de câmbio ridícula nesses estabelecimentos.
– Não sei se foi sorte ou não, mas resolvi todos os passeios com remis (o rádio táxi deles, já que não há Uber), sem precisar de transfer. A recepção do hotel chamava e em 15 minutos ele estava na porta.
– Se for levar uma mochilinha, certifique-se que ela é impermeável e/ou esteja sempre fechada. Tem uma hora que a neve vira chuva e molha tudo.
– Não abuse da sorte com a Western Union. Existe um limite mensal de transferências.
– Às vezes (àààs vezes) vale a pena desafiar os prognósticos. Fui para o Cerro Catedral em uma manhã em que nevava muito (e a recomendação era ficar na cidade). Foi quase uma hora e meia para chegar, mas peguei uma pista vazia e com neve fofinha.
– Também não sei se foi sorte, mas Piedras Blancas fica com menos filas nas aerosillas (teleférico) entre o meio e o final da tarde (lá para as 16h a fila não dava 5 minutos). Considere driblar o horário de pico, mas combine bem com o transporte de retorno.
– Se depois de Bariloche você seguir viagem para outro lugar antes de voltar para casa, lembre de guardar as roupas molhadas MUITO BEM guardadas pra elas não molharem as roupas limpas que sobraram (sim, tá complicado aqui em Buenos Aires…)
– Se estiver com crianças, considere que as lembranças delas não serão as mesmas que as suas. Às vezes uma guerra de neve de meia hora, sem pressa, vale mais do que a correria para ver mais uma paisagem bonita.”
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