Depois de anunciar um aumento da taxa turística em abril, Barcelona planeja um novo reajuste para outubro de 2024, quando os turistas deverão pagar € 4. Anualmente, 32 milhões de pessoas visitam a capital catalã e, segundo uma pesquisa feita pelo Google e a consultoria Deloitte, a Espanha deve superar a França como destino mais visitado do mundo em 2040.
Desde 2012, quem visita Barcelona deve pagar duas taxas: a turística regional, que varia de acordo com o tipo de hospedagem escolhida (de € 1,70 a € 3,50), e a municipal, aplicada em estadias de até sete noites (atualmente € 3.25, mas custará € 4 a partir de outubro).
De acordo com o prefeito Jaume Colboni, o aumento da taxa tem como objetivo conter o turismo de massa e promover o “turismo de qualidade”. Outro alvo é o aumento da receita proveniente do turismo, que deve subir de € 95 milhões para € 115 milhões a serem investidos em transporte público e na manutenção das estradas.
A taxa turística de Barcelona é uma das que aumenta mais rápido na Europa, mas não se trata de uma medida isolada. O reajuste entra no rol de movimentações que ocorrem na capital catalã contra a grande quantidade de turistas na cidade e os efeitos do turismo de massa, como o aumento dos aluguéis e a sobrecarga dos serviços públicos.
No último sábado (6), moradores foram às ruas na região das Ramblas gritando palavras de ordem e empunhando cartazes que criticavam a presença de turistas. Parte dos manifestantes atirou com pistolas d’água em pessoas que acreditavam ser visitantes.
Já em 21 de junho, Barcelona anunciou que vai proibir o aluguel de apartamentos de temporada, como os disponíveis na plataforma Airbnb, até novembro de 2028. Com a decisão, serão canceladas 10.101 licenças de acomodações que recebem turistas por curto prazo.