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Viagens de ônibus: as novas regras do setor rodoviário

O uso de máscara nas viagens está recomendado, mas não é obrigatório. Saiba como as viações estão lidando com cancelamento, reembolso e troca de passagem

Por Bárbara Ligero
Atualizado em 21 mar 2022, 17h51 - Publicado em 5 jun 2020, 14h45
Ônibus rodoviário
Funcionários das viações estão obrigados a usar máscara, mas no caso de passageiros ainda é uma recomendação (Tang Ming Tung/Getty Images)
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Considerados serviços essenciais pelo governo brasileiro, os ônibus interestaduais e intermunicipais continuam minimamente operando durante a pandemia de coronavírus. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI), apenas 10% das linhas interestaduais do país estão em funcionamento.

Boa parte dessa redução se deve aos decretos que estão sendo emitidos pelos governos estaduais, que suspendem total ou parcialmente a circulação dos ônibus rodoviários.

Quero cancelar ou remarcar minha viagem. E agora?

Com a orientação de ficar em casa, muitas pessoas que já possuíam viagens compradas estão optando por cancelar, remarcar ou solicitar o reembolso de seus bilhetes.

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Para isso, basta contatar a viação: a grande maioria das empresas do setor está devolvendo o dinheiro ou dando créditos para a compra de novas passagens no futuro, sem multas ou cobrança de taxas.

“Infelizmente, nosso mercado não tem uma cultura de muita antecipação de compra. Por esse motivo, não posso dizer que essas remarcações e cancelamentos foram o maior problema em perda de receita. Sem dúvida a suspensão dos serviços é o mais critico”, analisa Letícia Kitagawa, coordenadora do grupo de comunicação da ABRATI.

A ClickBus, plataforma de venda online de passagens rodoviárias, também garante em seu site que está atendendo todas as solicitações de reembolso.

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Porém, a empresa oferece uma vantagem para aqueles que optarem pela remarcação: o cliente receberá um cupom com o valor pago pela passagem e um bônus de R$ 10, que poderá ser utilizado até o final de 2020.

Letícia afirmou que outras viações também iniciaram campanhas pedindo a remarcação ao invés do cancelamento.

Preciso viajar. O que está sendo feito para garantir a segurança dos passageiros?

Pensando nas pessoas, que, por diversos motivos, realmente precisam viajar de ônibus nas atuais circunstâncias, a ABRATI estabeleceu um protocolo de medidas de segurança sanitária que devem estar sendo seguidas pelas empresas do setor.

Segundo a entidade, antes da viagem o passageiro deverá encontrar nos terminais filas espaçadas, álcool em gel nos guichês e funcionários trabalhando com cabelo preso, máscara ou, em alguns casos, viseira de acrílico. O uso das salas vips foi temporariamente suspenso, já que poderia gerar aglomeração em um ambiente fechado.

Adicionalmente, alguns terminais têm realizado a medição de temperatura dos passageiros. Aqueles que apresentarem febre serão proibidos de embarcar. As empresas também têm feito campanhas que incentivam o cliente a comprar a passagem pela internet e utilizar o bilhete eletrônico, evitando a impressão e manipulação de papéis – que também formam mais filas em guichês.

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Dentro dos ônibus, a limpeza tem sido intensificada por meio de um produto que é borrifado em todo veículo, incluindo as poltronas, os cintos de segurança e os banheiros.

A maioria dos ônibus interestaduais possuem um de tipo ar-condicionado que, segundo a ABRATI, é do mesmo modelo usado pelos aviões, capaz de filtrar 99,7% dos microrganismos no ar.

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Enquanto as empresas aéreas comerciais no Brasil determinaram que ninguém embarca sem máscara, nas viagens rodoviárias o uso do artefato é apenas uma recomendação. Assentos vagos para aumentar o distanciamento social também não estão previstos.

“Nós recomendamos que os passageiros usem máscaras e até oferecemos máscaras descartáveis para aqueles que não tiverem trazido a sua. Se o passageiro se negar a utilizá-la, recusamos seu embarque, mas estamos sujeitos a sermos multados, já que não existe uma lei que nos ampare de proibir a entrada nos ônibus sem máscara”, argumenta Letícia Kitagawa, da ABRATI.

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