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Tudo o que você precisa saber antes de embarcar em um cruzeiro

Tire dúvidas sobre como são as viagens de cruzeiro antes de entrar de gaiato num navio

Por Betina Neves
Atualizado em 13 jul 2021, 12h44 - Publicado em 16 jan 2017, 16h42

Onde eu posso fazer um cruzeiro?

O maior mercado de cruzeiros do mundo é o Caribe, onde você consequentemente vai encontrar as viagens mais baratas. A maioria delas sai de Miami e de outras cidades da Flórida, mas também há opções zarpando de países como Panamá, Bahamas e Jamaica.

Outro destino popular é o Mar Mediterrâneo, de cidades da França, Itália e Espanha. Mas as possibilidades são inúmeras: você pode embarcar numa viagem por Grécia e Turquia, países escandinavos, Sudeste Asiático, Oceano Pacífico, Alasca, Patagônia.

No Brasil, há navios viajando pelo Rio Amazonas e, de novembro a março, pela costa do país, passando por destinos como Búzios, Salvador e Recife. Alguns saem daqui e vão à Argentina e ao Uruguai.

Como é a experiência de fazer um cruzeiro?

Um cruzeiro é sempre uma degustação dos destinos: os navios ficam ancorados nas paradas normalmente entre cinco e nove horas, então você não vai conhecer nenhum lugar a fundo.

Mas é uma oportunidade de ver vários lugares diferentes numa viagem só sem ter que fazer e desfazer a mala toda hora e ainda ter comodidades a bordo.

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Existem aqueles que oferecem experiências mais imersivas, como os que vão até a Antártica, com palestras com biólogos. Também há aqueles com experiências temáticas; fitness, de vinho, de culinária, de dança.

Navio de cruzeiro passa próximo à ilha repleta de pinguins imperadores, na Antártica
Navio de cruzeiro passa próximo à ilha repleta de pinguins imperadores, na Antártica (MartinFuchs/Pixabay/creative commons)

Como são os navios?

Variam entre gigantes para mais de 6 mil passageiros a embarcações menores para menos de 500. Os navios grandes, mais baratos, têm um sem-fim de atrações de lazer e restaurantes e proporcionam uma experiência mais “massificada”, nas quais filas e piscinas cheias não são incomuns.

Os pequenos, preferidos por casais e pela terceira idade, têm ambientes mais intimistas e luxuosos e visitam portos menores e destinos fora da rota dos grandalhões.

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O que a tarifa inclui?

Normalmente, todas as refeições, pequenos lanches e petiscos no decorrer do dia, além dos shows nos teatros e do uso das piscinas.

Ficam de fora os restaurantes à la carte, bebidas, tratamentos no spa, excursões nas escalas e extras como lavanderia e internet. Atrações especiais, como boliche, simulador de F-1 e cinema 4D, também são cobradas.

No ato da compra, preste atenção nas taxas (de serviços portuários), que podem encarecer muito o preço anunciado. Navios pequenos de luxo costumam já incluir bebidas alcoólicas e passeios na tarifa, cheque antes de comprar.

Qual é o estilo do público?

Mais de 30% dos cruzeiristas viaja com crianças – a maior parte nos navios maiores, que têm muita estrutura para recebê-las. No mais, o público varia muito com os destinos.

No Caribe, são mais famílias de norte-americanos, enquanto na Escandinávia são mais europeus idosos. No Brasil, em geral os navios para o Nordeste são mais agitados, e, para o sul, mais família.

Roteiros caros e longos atraem um público mais abonado, enquanto os de Carnaval recebem os muito festeiros – é recomendado que famílias que queiram embarcar nessa época escolham viagens com destino a Buenos Aires, Punta del Este e Montevidéu.

Os minicruzeiros, de três noites, atraem muitos passageiros estreantes e com menor poder aquisitivo.

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Navio Westerdam ancorado em Grand Turca, nas ilhas Turcas e Caicos, Caribe
Navio Westerdam ancorado em Grand Turca, nas ilhas Turcas e Caicos, Caribe (Phil Comeau/Flickr/creative commons)

Reservar com antecedência sai mais barato?

Sim. Quanto mais perto do embarque, menos chances você tem de conseguir as cabines mais baratas. Porém, perto das datas de saída as companhias fazem promoções para vender as cabines de sobraram – se surgiu uma oportunidade de viajar em cima da hora, vale dar uma olhada nas tarifas.

As cabines internas, mais baratas, são ruins?

Depende do navio. O tamanho costuma ser entre 11 e 16 metros quadrados. O grande problema é a falta de janelas, o que pode ser claustrofóbico. Alguns navios exibem projeções digitais com a vista da janela.

Vale a pena comprar os passeios do navio?

Os preços dos tours são de médio para caros. Esses passeios são indicados para quem ainda não conhece o destino e quer fazê-lo com praticidade – ao sair do navio, já haverá um guia te esperando.

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Para fazer um tour por conta própria, você terá de coordenar os horários com a partida do navio (o que nem sempre é fácil) e tomar táxis ou o transporte público local. Normalmente do porto dá para ir a pé ao centrinho das paradas.

O celular pega? Tem internet?

Os navios têm computadores e wi-fi, mas isso pode custar caro. O celular só pega perto da costa, e ao custo de roaming nacional ou internacional. Ligar dos telefones dos navios, via satélite, é uma roubada – é mais caro ainda.

Pode haver mudanças no itinerário do navio?

Sim. A regulamentação dos cruzeiros prevê que, diante de problemas como impedimentos climáticos e dificuldades mecânicas, as companhias podem, a qualquer momento e sem aviso prévio, mudar horários de saída, alterar o roteiro e substituir o porto de escala por outro, não sendo responsável por nenhum prejuízo dos hóspedes.

Onde reservar?

Você consegue comprar direto no site das armadoras, como a Costa, a MSC, a Royal Caribbean, a Carnival, a Princess, a Regent Seven Seas e tantas outras. Se for precisar sair do país, pode valer a pena comprar com operadoras como a CVC e a Agaxtur, que vendem pacotes com aéreo + cruzeiro e permitem parcelamento.

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