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Como é a experiência de trabalho voluntário no exterior

Agências de intercâmbio têm opções que conciliam estudo e trabalho voluntário em outros países

Por Olavo Guerra
Atualizado em 16 dez 2016, 08h31 - Publicado em 31 jul 2012, 14h24

Viajar para outros países, conhecer novas culturas e ainda praticar uma boa ação. Essa é a proposta de algumas agências de turismo para pessoas interessadas em praticar algum trabalho voluntário, além de estudar no exterior.Os viajantes podem atuar em três frentes: serviço social, meio ambiente e assistência às pessoas portadoras de deficiências. Cada país possui diferentes projetos nessas áreas, sempre trabalhando com organizações locais pré-determinadas pela agência de viagem. O tempo da viagem vai de duas a 12 semanas.A África do Sul é o destino mais escolhido pelos brasileiros que utilizam os serviços da Experimento Intercâmbio Cultural. Os outros mais procurados para o trabalho voluntário são Peru, Marrocos, Turquia e Nepal. A agência viaja ainda para mais 13 países, entre eles Estados Unidos e Reino Unido, mais tradicionais, e Guatemala e Nigéria, países mais exóticos.“Já faço trabalho voluntário no Brasil, então uni uma coisa que eu gosto de fazer com a viagem”, disse a turismóloga Mariana Chibebe, de 34 anos, que ficou um mês em Istambul, na Turquia. “Trabalhei em uma escola de arte otomana, onde eles dão aulas, vendem objetos e organizam palestras sobre essa cultura, quase extinta, e em um abrigo público de animais, onde ajudava a cuidar de bichos de rua.”Ela optou por estudar turco durante sua estadia em Istambul e teve aulas particulares da língua. Sua hospedagem foi em homestay, vivendo na casa de uma turca solteira que recebe estudantes durante todo o ano. “A melhor parte da experiência foi o aprendizado com as pessoas de lá, conhecer um pouco mais da cultura mulçumana, presente na parte asiática do país, que não tive a oportunidade de conhecer quando fui como turista”, afirmou Mariana.De acordo com a Experimento, no primeiro semestre deste ano, houve um aumento em 120% da adesão aos intercâmbio de trabalho voluntário, em relação a todo o ano passado.Outra agência que realiza esse tipo de viagem é a CI, campeã do Prêmio VT 2011/2012 na categoria “Operadora de Cursos no Exterior”.São cinco países que o viajante pode escolher: África do Sul, Índia, Namíbia, Nepal e Peru. Entre os programas, cuidar de animais, de crianças portadoras de alguma deficiência e conservação do meio ambiente são os mais escolhidos. Mensalmente, a CI realiza eventos, em diferentes cidades do país, para explicar seus programas de intercâmbio, inclusive os de trabalho voluntário. Acesse a página de eventos de operadora e confira os próximos.Desde 2007, a empresa vende esse tipo de viagem e, a cada ano, o aumento médio anual de pessoas que vão ao exterior fazer trabalho voluntário é de 100%. Assim como na Experimento, a África do Sul é o destino mais procurado para este tipo de intercâmbio na CI. Jacqueline Muniz acaricia uma onça no Lion Park, em Johanesburgo, África do SulJacqueline Muniz acaricia uma onça no Lion Park, em Johanesburgo, África do Sul – Foto: Arquivo pessoalA estudante de medicina veterinária Jacqueline Muniz, 21, foi uma das pessoas que procurou a CI em busca de realizar um sonho: conhecer a África do Sul. “Desde pequena queria conhecer a África por conta de filmes como O Rei Leão”, disse a estudante. Ela realizava trabalhos voluntários aqui no Brasil, tanto com animais, quanto com crianças, por isso, sabia que já estava preparada para o desafio.Ela ficou cinco meses hospedada e trabalhando no Lion Park, um tipo de safari, em Johanesburgo, onde o público do mundo inteiro vai para conhecer animais selvagens como leões – como o nome já diz –, entre outros. “Aprendi muito em relação ao tratamento dos animais, além de ter convivido com pessoas que me ensinaram muito também”, disse Jacqueline.“Dormia em tendas, no próprio parque, como se estivesse em um safári mesmo”, contou a estudante. Suas funções no local eram de limpeza dos recintos do animal e do parque, alimentação do bichos, além da monitoria para turistas. “Uma das atrações lá é o ‘Touch a cub’, onde as pessoas podem passar a mão em filhotes de onça, leão, entre outros animais. Eu os instruía a não colocar a mão na boca e nem puxar o rabos dos animais”, disse.Mesmo sem ter aulas de inglês, Jacqueline afirmou que melhorou o uso do idioma na prática, já que chegam turistas de todos os lugares do mundo.Confira algumas agências que realizam esse tipo de viagem:AFS Intercultura (www.afs.org.br)Associação Brasileira de Intercâmbio Cultural (www.abic.org.br)CI (www.ci.com.br)Experimento Intercâmbio Cultural (www.experimento.org.br)VIP (www.partershipvolunteers.org)

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