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Rio, uma epifania – Miniguia VT

Rio de Janeiro: sete roteiros maravilhosos na Cidade Maravilhosa

Por Camilla Veras Mota
Atualizado em 16 dez 2016, 09h11 - Publicado em 15 set 2011, 20h05

O charme do Leblon

Não tivesse a maior densidade demográfica de celebridades do país, podia-se pensar o Leblon como uma cidade do interior. Pessoas se cumprimentam, moças bonitas sentadas nos bancos das calçadas veem a vida (e Manoel Carlos) passar sem pressa. Comece sua andança pelo fim da Avenida Ataulfo de Paiva, a principal do bairro. Nela fica o charmoso restaurante Garcia & Rodrigues (nº 1251, 3206-4109, www.garciaerodrigues.com.br; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), que merece uma parada nem que seja para um café com croissant ou sorvete artesanal. Então rume à famosa Rua Dias Ferreira para se sentir no “núcleo rico” de uma novela do já citado Manoel Carlos. Primeiro, as vitrines. Três grandes estilistas estão na rua. No nº 217-A fica a butique de Isabela Capeto; no nº 417 estão os ateliês de Antônia Bernardes (3º andar, sala 302, 3204-9285) e Patrícia Viera (4º andar, sala 401, 2512-9467). Agora, a gastronomia. Na Dias está o melhor bar de tapas da cidade, o ¡Venga! (nº 113, 2512-9826; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), o tailandês estrelado Sawasdee (nº 571, 2511-0057; Cc: A, D, M, V; Cd: todos) e o novo restaurante de carnes do chef franco-carioca Claude Troisgros, a CT Boucherie (nº 636, 2529-2329, Cc: A, D, M, V; Cd: todos). Este último está a poucos metros do bar asiático Mekong (Rua General Urquiza, 188, 2529-2124, www.mekong.com.br; Cc: D, M, V; Cd: M, R, V), também recém-inaugurado. Ainda na Dias fica o melhor, mais caro e mais badalado quilo vegetariano do Brasil, o Celeiro (nº 199, 2274-7843, Cc: D, M, V; Cd: todos). Deixe o café para a Livraria Argumento (nº 417, 2239-5294), cuja atmosfera algo sisuda oferece um contraponto ligeiro à informalidade do bairro. Outro núcleo interessante do Leblon é a Avenida Afrânio de Melo Franco. Ali estão o Rio Design (nº 270, www.riodesign.com.br) e o Shopping Leblon (nº 290, www.shoppingleblon.com.br), com suas 200 lojas, algumas de marcas cariocas, como Redley e Wöllner, e outras de grifes internacionais, como Chanel e Ermenegildo Zegna. Ao entardecer, após uma caminhada pelo calçadão, hora de fazer o esporte carioca por excelência: beber chope nos botecos. Os mais famosos do bairro são os sempre cheios Jobi (Avenida Ataulfo de Paiva, 1166, 2274-0547; Cc: A, D, M; Cd: M, R), que, à revelia do costume carioca, serve a bebida com colarinho, e o Bracarense (Rua José Linhares, 85-B, 2294-3594; Cd: R, V). Foi deste último que saíram o garçom Chico e a cozinheira Alaíde, que hoje mantêm o Chico & Alaíde (Rua Dias Ferreira, 679, 2512-0028; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), com seus clássicos bolinhos de aipim com camarão e catupiry, o “desconstruído” escondidinho toutevendo e as empadas abertas. Oito quarteirões adiante, o Clipper (Rua Carlos Góis, 263, 2259-0148; Cc: D, M, V; Cd: M, R, V), reduto de comemorações futebolísticas da Zona Sul, é menos concorrido mas também é boteco de primeira.

Ipanema 40 graus

Um dia perfeito em Ipanema começa e termina na praia. De manhã, a boa é ficar entre as ruas Joana Angélica e Vinicius de Moraes, na altura do Posto 9. Mesmo que você não seja chegado a sol e areia, o desfile de anatomias perfeitas enche os olhos. Só cuidado para não se entupir de biscoito de polvilho (o famoso Biscoito Globo) e Mate Leão, o clássico das areias cariocas. No fim da tarde, vença a pequena trilha na divisa entre Ipanema e Copacabana e suba à Pedra do Arpoador para ver o mar, clarinho nos dias de pouco vento. A passos da pedra está o Hotel Fasano, que virou marco arquitetônico da cidade com sua piscina de borda infinita e um sem-fim de celebridades internacionais como hóspedes. No térreo fica o Fasano al Mare (Avenida Vieira Souto, 80, 3202-4030; Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V), com duas estrelas no GUIA BRASIL 2011 e um cardápio executivo (eles chamam de mezzogiorno) que não custa o que você imagina. Tem polvo grelhado com feijão-branco de entrada, risoto de camarão com limão como um dos pratos principais e tiramisu, mil-folhas ou crème brûlée de sobremesa. Por R$ 78. Mais à frente, o bar Astor (Avenida Vieira Souto, 110, 2523-0085, www.barastor.com.br; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), originário de São Paulo, com sua aura de boteco chique das antigas, completa, em abril, seu primeiro ano de Rio. Ele ressuscitou um ponto micado, onde ficava o bar de carregação Barril 1800. Alguns passos adiante e chega-se à Casa de Cultura Laura Alvim (Avenida Vieira Souto, 176, 2332-2015, www.casadelaura.com.br), sempre com boa seleção de filmes e peças de teatro, como o monólogo Dentro da Noite, em cartaz até 3 de abril. Baseada em contos de João do Rio, a peça teve curta temporada no Espaço Sesc em novembro e foi bastante elogiada pela crítica, que aprovou a direção do cantor Ney Matogrosso. O centrinho nervoso do bairro fica em torno da Praça General Osório, que tem cafés agradáveis, casas de sucos e lojas de iogurte gelado, que, aliás, estão pipocando pelo Rio de Janeiro. Na praça há ainda uma estação de metrô e, próximo dela, o elevador que, em 40 segundos, sobe os 64 metros até o novo Mirante da Paz, que presenteia seus visitantes com vista matadora da orla. A subida é gratuita, sem guia. Do mirante parte o corredor que dá acesso ao Morro do Cantagalo – o Museu de Favela (21/2267-6374, www.museudefavela.com.br) faz tours pela comunidade. De volta ao asfalto você pode fechar o dia com estilo em três italianos estrelados. O Terzetto (Rua Jangadeiros, 28, 2247-679; Cc: A, D, M, V; Cd: todos) fica em uma das ruas que limitam a praça. Um pouco mais distantes estão o Gero (Rua Aníbal de Mendonça, 157, 2239-8158, www.fasano.com.br; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), também com um menu de almoço recomendável, e a Forneria São Sebastião (Rua Aníbal de Mendonça, 112, 2540-8045, www.restauranteforneria.com.br; Cc: A, D, M, V; Cd: todos).

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De bike princesinha do mar

Andar de bicicleta é uma maneira muito divertida de percorrer Copacabana, com orla, possivelmente a mais famosa do mundo, de 4,5 km de extensão. Ao longo do calçadão estão algumas das estações do sistema de aluguel de bicicletas Samba (são 19 entre Leblon e Leme), que, à semelhança da rede Vélib, de Paris, têm bikes à disposição do público por um preço bem baixo. Para usar um único dia, ligue de um telefone celular para 21/2516-4787, dê seu número de cartão de crédito e siga as instruções de desbloqueio. Custa R$ 10 por dia, mas você paga adicionais se devolver a bicicleta após 60 minutos de utilização (passados 15 minutos de espera, você pode pegar outra, sem custo). Para usar de dois a 30 dias, a taxa é única: R$ 20. Quem tem internet móvel pode checar a disponibilidade de bikes no www.mobilicidade.com.br/rio. O serviço funciona das 6h às 22h. Se você começar a pedalada no Leme, sempre pelo calçadão, logo vai perceber novidades no pedaço. É que o velho hotel Le Méridien, famoso pelos fogos no Réveillon e que esteve fechado por quatro anos, reabriu, agora sob a bandeira Windsor (Avenida Atlântica, 1020, 2195-7800, www.windsorhoteis.com.br; diárias desde R$ 539; Cc: A, D, M, V; Cd: todos). Repaginado a um custo estimado em R$ 50 milhões, o hotel ressurge com 545 quartos, terraço com bar e piscina, spa (que ocupa todo o 38º andar) e uma decoração clássica com muito mármore. Quase 900 metros adiante, logo após o Copacabana Palace, melhor hotel do Prêmio VT nas dez edições do evento, outra novidade. A grife Café del Mar (no 1910, 3649-9658, www.cafedelmarbrasil.com; Cc: M, V; Cd: todos) debutou em outubro com o mesmo clima chill out da matriz de Ibiza. Na altura do no 3000 da Atlântica estão os tapumes que um dia (de 2012, no prazo mais otimista) revelarão as linhas futuristas do novo prédio do Museu da Imagem e do Som, a cargo do escritório americano Diller Scofidio, vencedor de concurso público. Pedalando pela orla você também vai notar as barracas de praia remodeladas, como a do Bar Luiz, com o mesmo cardápio da matriz centenária da Rua da Carioca – já não é preciso, portanto, ir ao centro para as saladas de beterraba e batata e os salsichões. E você ainda conta com cobertura de internet wi-fi na praia. Próximo ao Posto 6 está o Forte de Copacabana (2521-1032; R$ 4), um programaço. O terreno tem muitas áreas ao ar livre, uma delas com mesas da centenária Confeitaria Colombo, que ali tem sua única filial. A vista de toda a orla de Copacabana é privilegiada. Valem ainda uma caminhada às pedras à beira-mar e uma visita à sala de armamentos. Saindo do forte, a uma quadra, está o Shopping Cassino Atlântico. É lá que você encontra os docinhos deliciosos do Beijo Carioca (Rua Francisco Otaviano, 20, 2513-1070, www.beijocarioca.blogspot.com; Cc: D, M, V; Cd: todos), café comandado por Georgeana Mello. Ela é mulher do chef Roland Villard, do restaurante Le Pré Catelan (Avenida Atlântica, 4340, 2525-1160; Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V), o grande francês da cidade, aberto só no jantar, que fica no Hotel Sofitel, no mesmo quarteirão.

Jardim Botânico e Gávea

Topa passar um dia sem praia, sem pressa, sem badalação? Comece pelo casarão do Parque Lage. Nos fins de semana, o Café du Lage (Rua Jardim Botânico, 414, 2226-8125) serve ali um bufê de café da manhã com pães artesanais, geleias caseiras e sucos (a R$ 22) no belíssimo pátio interno da casa, de frente para a piscina. Vire à direita na saída do parque e siga menos de 1 km pela calçada arborizada para chegar ao Jardim Botânico (no 920, 3874-1808, www.jbrj.gov.br; 8h/17h; R$ 5). Comissionado por dom João VI em 1808, o lugar é imponente. Seu corredor principal tem a famosa ala de palmeiras-imperiais, um tiragosto para o que vem depois. Passeie com calma pelo lago com vitórias-régias e pelo bromeliário. No almoço, vale abrir mão do clima bucólico para experimentar um dos excelentes restaurantes das redondezas. Caso do italiano Quadrifoglio (Rua J.J. Seabra, 19, 2294-1433, www.quadrifoglio.com.br; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), com menu executivo a R$ 57, e do Roberta Sudbrack (Avenida Lineu de Paula Machado, 916, 3874-0139, www.robertasudbrack.com.br; Cc: D, M; Cd: R), que só abre para almoço às sextas. Tome um táxi (ou pegue sua bike do sistema Samba) e vá à Fundação Eva Klabin (Avenida Epitácio Pessoa, 2480, 3202-8550, www.evaklabin.org.br, 3ª/6ª 14h30 e 16h; R$ 10). Faça a digestão enquanto contempla os quadros de Botticelli e Donatello e a prataria inglesa da casa dos anos 1930 da colecionadora Eva Klabin. Dali, considere uma esticada à linda e arborizada sede do Instituto Moreira Salles (Rua Marquês de São Vicente, 476, 3284-7400, www.ims.com.br; 3ª/6ª 13h/20h; sáb/dom 11h/20h), na Gávea, onde viveu o banqueiro e embaixador Walter Moreira Salles, pai dos cineastas Walter e João – o último mostrou bastante o lugar em seu documentário memorialista Santiago. Os jardins e um painel externo são de Burle Marx. Até 15 de maio há vídeos do dramaturgo Robert Wilson em exposição. Na volta, o fim da tarde é necessariamente happy nos bares do Baixo Gávea, como o Braseiro da Gávea (Praça Santos Dumont, 116, 2239-7494, www.braseirodagavea.com.br; Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V). Point de azaração, chega a ter fila de espera de 1h. A varanda é o espaço mais concorrido do restaurante especialista em cortes de carne preparados na brasa. Do outro lado da rua o Hipódromo (Praça Santos Dumont, 108, 2294-0095; Cc: D, M, V; Cd: M, R, V) lota nas noites de quinta e tem cardápio extenso, que vai da picanha à pizza.

Centro e cinelândia

Um bom roteiro para conhecer as atrações centenárias do centro, que se escondem entre os espigões de concreto armado, começa no Largo da Carioca: da estação de metrô, a Confeitaria Colombo (Rua Gonçalves Dias, 32, 2505-1500, www.confeitariacolombo.com.br; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), fundada em 1894, está a dois quarteirões. Passe lá para tomar um cappuccino acanelado e viajar pelo mundo art nouveau do salão. Siga então para a Igreja de São Francisco da Penitência (Largo da Carioca, 2262-0197; 3ª/6ª 9h/12h e 13h/16h; R), com impressionantes 400 quilos de ouro nos adornos. Se quiser aproveitar para comprar roupas e sapatos bacanas, o Shopping Vertical (Rua 7 de Setembro, 48, www.shoppingvertical.com.br; 2ª/6ª 9h/20h) está na rua de cima. De lá são dois quarteirões até o Paço Imperial (Praça 15 de Novembro, 48, 2215-2622, www.pacoimperial.com.br, 11h/19h; grátis), onde Dom Pedro I fez o pronunciamento que ficou conhecido como o Dia do Fico. Volte para a Rio Branco e faça uma escala no insuspeito Edifício Galeria Central. No 3º andar, fica o estrelado Shin Miura (Avenida Rio Branco, 156, loja 324, 2262-3043; 2ª/6ª 11h/15h; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), que serve um criativo menu degustação japonês de até seis pratos. Siga ao vizinho Museu Nacional de Belas Artes (nº 199, 2219-8474, www.mnba.gov.br; 3ª/6ª 10h/17h30, sáb/dom 12h/16h30; R$ 5), com acervo de mais de 16 mil peças. Ao lado está o Theatro Municipal (Praça Floriano, 2332-9134; bilheteria na Rua Manuel de Carvalho; R$ 10), reaberto em maio após reforma de quase três anos – não deixe de ligar para agendar a visita guiada (3ª/sáb 11h/17h30). No espírito, visite os salões da Biblioteca Nacional (no 219, 2220-9484, www.bn.br; visitas guiadas 2ª/6ª 11h, 13h e 15h; R$ 2), a maior da América Latina. O merecido descanso pode ser no Amarelinho (nº 55-B, 2240-8434; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), de 1921, muito procurado pelo chope gelado e pelo frango à passarinho.

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Urca e a noite de Botafogo

Comece o dia em uma das atrações superturísticas mais bacanas do Rio, o Pão de Açúcar (Avenida Pasteur, 520, 2461-2700, www.bondinho.com.br; 8h/21h; R$ 44; Cc: D, M, V; Cd: M, R, V). O primeiro estágio, no Morro da Urca, a 227 metros, e o segundo, no Pão de Açúcar, a 396, mostram a paisagem idílica da cidade, com o desenho da Baía de Guanabara em destaque. Se tiver disposição, desça por trilha do Morro da Urca para a tranquila Praia Vermelha. Ao nível do mar, vale petiscar no Bar Urca (Rua Cândido Gaffrée, 205, 2295-8744; Cc: D, M, V; Cd: R, V), em que a foto para a posteridade é você encostado numa muretinha de frente para o mar vendo o movimento preguiçoso das varas de pescar. O almoço pode ser no sofisticado Zozô (Avenida Pasteur, 520, 2542-9665, www.zozorio.com.br; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), especializado em carnes e com um bonito deque envidraçado. Guarde forças para a noite em Botafogo. Com o sol a pino, dê-se ao luxo de ver primeiro um filme no Cinema Estação (Rua Voluntários da Pátria, 88, 2226-1988, www.grupoestacao.com.br), um dos cineclubes históricos do Rio. Ao entardecer, Botafogo começa a mostrar sua cara de “baixo”. A um quarteirão do cinema fica o Odorico (Rua Voluntários da Pátria, 31, 2266-3773; Cc: D, M, V; Cd: R, M, V), famoso por seus chips de berinjela (R$ 13). O tradicional Rosa de Ouro (Rua Voluntários da Pátria, 1, loja 11, 2527-0565; Cc: M, V; Cd: M, V), poucos metros à frente, serve fartas porções de frango à passarinho às mesas da calçada. Próximo dali fica o Bar do Adão (Rua Dona Mariana, 81), sucesso na Zona Norte que trouxe a Botafogo seu cardápio com 50 recheios de pastel. Para dançar, vá à Casa da Matriz (Rua Henrique de Novaes, 107, 2226-9691, www.matrizonline.com.br; 2ª e 4ª/sáb 23h/6h; Cc: A, M, V; Cd: M, V), com suas duas pistas e cara de bar underground dos anos 1980. Ou à Pista 3 (Rua São João Batista, 14, 2226-9691), que surgiu como anexo da Matriz e hoje tem vida própria, com boa programação e shows no 2º andar.

Santa Teresa

Se estiver pelo centro, não perca a chance de chegar a Santa Teresa de bondinho. Ele parte a cada 30 minutos da Rua Lélio Gama, próximo ao metrô Cinelândia, e em 15 minutos passa sobre os Arcos da Lapa e vence as ladeiras arborizadas do bairro até o Largo dos Guimarães. A partir daí, as atrações estão a algumas pernadas de distância – o que não significa que você não possa se perder ao menos uma vez pelas ruas estreitas e de paralelepípedo desse bairro bucólico que costuma acordar depois do meio-dia. Um programa estupendo é visitar o Museu Chácara do Céu (Rua Murtinho Nobre, 93, 2224-8981, www.museuscastromaya.com.br; 2ª e 4ª/dom 12h/17h; R$ 4) a 1 km do largo pela Almirante Alexandrino (serpenteando nesta rua no sentido contrário mais 4 km – vá de táxi -, chega-se à Rua Cosme Velho, 513, de onde sai o trenzinho para o Cristo Redentor). Na antiga casa do colecionador Castro Maya há quadros de modernistas famosos, como Portinari e Di Cavalcanti, e pinturas que retratam o Rio do século 19. Por uma passagem interna você chega ao Parque das Ruínas (Rua Murtinho Nobre, 169; 3ª/dom 8h/18h; grátis), excelente para tirar fotografias do centro, da Marina da Glória e ficar pensando no Rio de antigamente que você acabou de ver retratado. O casarão de tijolos aparentes pertenceu à mecenas Laurinda Santos Lobo, que promoveu em seus salões saraus frequentados por Villa-Lobos e Isadora Duncan. No Centro Cultural Laurinda Santos Lobo (Rua Monte Alegre, 306, 3ª/dom 9h/20h), também um casarão histórico, costumam acontecer exposições bacanas. Depois da programação cultural, entregue-se à cerveja gelada e à feijoada do tradicional Bar do Mineiro (Rua Paschoal Carlos Magno, 99, 2221-9227; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), a dois quarteirões do Largo dos Guimarães; aos expressos do agradável Cafecito (Rua Paschoal Carlos Magno, 121, 2221-9439; Cc: A, D, M, V; Cd: todos), alguns passos adiante; ou à cozinha brasileira do Aprazível (Rua Aprazível, 62, 2508-9174, www.aprazivel.com.br; 3ª/sáb 12h/1h, dom 12h/19h; Cc: A, M, V; Cd: todos).

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