O trio Torre de Belém – pastéis de Belém – Mosteiro dos Jerónimos estão no roteiro de qualquer turista que passe por Lisboa, mas o bairro oferece outras atrações para quem não quer passar voando por Belém. Veja a seguir algumas dicas para um roteiro de um dia.
Pegue o elétrico (bondinho) 15E em direção a Algés no ponto em frente à estação de metrô Cais do Sodré. Se der sorte, vai ser daqueles típicos pequenininhos! Senão, vai ser uma versão moderna e maior mesmo. Também dá para pegar o trem (ou, como eles chamam aqui, o comboio). Mas para chegar na Torre de Belém, que é o que fica mais longe, é uma caminhada à toa: você vai ter que ir e voltar para ver as outras atrações. Então aconselho pegar o elétrico mesmo e começar pela Torre, e depois ir andando de volta em direção à estação de trem.
Algumas observações:
1. Só para constar, lembre-se que as passagens de elétrico e são mais caras que o metrô. Por isso, se você já for usar o metrô para ir até o Cais do Sodré, talvez valha a pena comprar o passe de 24 horas, por 6 euros, que te dá acesso ilimitado nas linhas do metrô, de ônibus e elétricos. Se você for usar o metrô para ir e voltar do Cais do Sodré, mais o elétrico da ida e da volta, já são 8,70. E mesmo que você resolva ir de trem, mais barato que o bondinho, são 5,30 contando com o metrô.
2. No primeiro domingo de cada mês, a entrada do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém é gratuita! Fica a dica 😉
Desça na parada Pedrouços, depois do Mosteiro – é a estação mais próxima à Torre. Um pouco antes do ponto, tem uma passarela para atravessar a avenida, é só atravessar e seguir em direção ao rio que você vai ver a Torre, não dá nem 5 minutos andando! Pessoalmente, não achei o interior da Torre lá tão emocionante. Claro, a vista de cima é bem legal, mas achei que o maior atrativo é o aspecto exterior, os detalhes manuelinos, como a Torre compõe a paisagem junto ao rio Tejo. Mas, como falei antes, dá para aproveitar o primeiro domingo do mês, quando a entrada é gratuita. Se você quiser entrar pagando, são 6 euritchos – mas compre a entrada combinada com o Mosteiro, definitivamente! No total fica 12 euros – só o Mosteiro separado custa 10.
Depois da Torre, siga o rio em direção ao Padrão dos Descobrimentos. Também dá para subir no monumento, mas, de novo, é mais pela vista do que qualquer outra coisa. Outra coisa legal, além do próprio monumento, claro, fica no chão: um mosaico com um mapa mundi, mostrando todos os lugares aos quais o império português chegou, com a data.
Mais à frente, finalmente chegamos ao Mosteiro dos Jerónimos! Absorva toda a grandiosidade e os detalhes da fachada, exemplo máximo da arquitetura manuelina. Dentro, destaque para os túmulos de Vasco da Gama, Camões e Fernando Pessoa.
Depois (ou antes do Mosteiro, se você acordou cedo e nessas alturas já está verde de fome), aproveite para comer algo nessa região, que tem vários restaurantes e lanchonetes. O Pão Pão Queijo Queijo tem um preço honesto, o Honorato, do lado, é uma hamburgueria mais do que recomendada (o dono, curiosamente, é um conterrâneo paulista) e, para os aflitos por algo familiar, também tem um McDonald’s e um Starbuck’s (mas sério, desnecessário). De sobremesa, indispensável um (ou dois, ou três, ou cinco!) pastéis de Belém. Cada pastelzinho custa 1,05 euros, e merece cada centavo. Vai na fé.
Se a fila para comer dentro estiver muito grande, a dica é comprar para viagem e comer no parque em frente, se o tempo estiver bom. Dá para passar na feirinha de artesanato também, que tem várias bugigangas e objetos de cortiça – para quem não sabe, Portugal é o maior produtor e exportador de cortiça no mundo.
Esse é o roteiro basicão, mas se quiser mais, o Museu de Arqueologia fica dentro do próprio mosteiro (dá para comprar entradas combinadas também) e apesar do acervo menor em comparação a outros museus de arqueologia pelo mundo, pode ser um programa interessante.
Também recomendo o Museu da Eletricidade, um museu de ciências num edifício bem bacana, a antiga termoelétrica Central Tejo. Vale a pena dar uma olhada também nas exposições temporárias; uma das que estão agora é o “Seven billion others”, do francês Yann Arthus-Bertrand. Se você nunca ouviu falar dele, dê uma olhada no site do projeto.