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Otimismo e medo afetam brasileiros, diz pesquisa sobre viagem

Estudos indicam quando e para onde os brasileiros pretendem viajar, além de seus principais medos em relação às idas ao exterior

Por Bárbara Ligero
Atualizado em 19 Maio 2020, 15h51 - Publicado em 19 Maio 2020, 15h49
Pessoas apontando para um globo terrestre
 (Franckreporter/Getty Images)
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O buscador de passagens aéreas Viajala divulgou na segunda-feira (18) uma pesquisa de intenção de viagem focada nos países da América Latina onde a empresa atua. Foram entrevistados 3 mil usuários da plataforma residentes na Argentina, no Brasil, no Chile, na Colômbia, no México e no Peru.

Os resultados indicam que nós fomos os que mais tiveram viagens afetadas pela pandemia: 75% dos brasileiros deixaram de fazer no mínimo uma viagem devido ao coronavírus. Entre os mexicanos, o número também foi alto: 71%. Já os outros países analisados apresentaram uma média de 56% de desistência ou impossibilidade de embarcar.

Segundo a pesquisa, o cenário de viagens nacionais é mais incerto para argentinos, colombianos e chilenos – no mínimo 40% dos usuários dessas nacionalidades responderam não ter ideia de quando poderão voltar a fazer incursões dentro de seus próprios países. Já os brasileiros são os mais otimistas: apenas 27% declararam não saber quando voltarão a viajar dentro do Brasil, enquanto 26% afirmaram que o farão assim que a quarentena acabar.

Os brasileiros, porém, se mostraram os mais inseguros em relação ao turismo internacional: 66% dos entrevistados declararam não saber quando voltariam a viajar para o exterior. Nesse sentido, os mais seguros e otimistas são os viajantes do Chile e da Argentina, com mais de 20% de seus entrevistados afirmando que fariam viagens para fora de seus países ainda este ano, entre julho e outubro.

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A pesquisa do Viajala também trouxe um raio-x dos principais medos dos brasileiros em relação às viagens ao exterior. A maioria (34%) declarou temer pela própria situação financeira, enquanto outros 17% se mostraram preocupados com a cotação das moedas estrangeiras, como o dólar e o euro.

Outros temores estão relacionados ao funcionamento dos pontos turísticos e à possibilidade de uma segunda onda do coronavírus, situações que tiveram mais 15% dos votos cada.

Outras pesquisas

Desde o início da pandemia, o mercado brasileiro tem procurado entender o comportamento do viajante. No final de março, segundo levantamento do buscador de passagens aéreas Skyscanner, 24% dos 720 entrevistados acreditava que seria seguro viajar pelo Brasil a partir de setembro. O otimismo era até maior em relação às idas ao exterior: 53% dos respondentes pensava que também a partir de setembro as viagens internacionais já seriam viáveis.

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Já a Mapie Consultoria procurou saber para onde as pessoas pretendiam ir quando a situação se normalizasse minimamente. A amostra feita com 300 viajantes apontou que a região Nordeste era a grande favorita do brasileiro para o pós-pandemia, com 26% das intenções. Depois vêm as praias regionais (14%), a Serra Gaúcha (11%) e o Rio de Janeiro (8%).

O levantamento também indicou que, comparativamente, a intenção de viagem para o exterior ainda era baixa. Os primeiros colocados na pesquisa, a Europa e os Estados Unidos, tiveram 8% das intenções cada. Atrás deles ficaram os destinos da América do Sul (4%) e do Caribe (2%). Já a Ásia e a África não receberam nenhum voto, o que indica que os brasileiros não pretendem fazer viagens para tão longe.

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