Melhores lugares para ver animais raros (e fora dos zoológicos)
Quer dar mamadeira para tigrinhos fofos, tirar foto com araras-azuis e ver de perto um dragão de Komodo? Existe o lugar certo para cada aventura.
1/7 (Viagem e Turismo)2/7 Arara-azulOnde? Foz do Iguaçu, ParanáPatrimônio nacional, a arara de plumagem azul cobalto ficou ainda mais famosa com as aventuras de Blu e Jade, as ararinhas-azuis que lutam pela liberdade no filme Rio (2011), dirigido pelo carioca Carlos Saldanha. Exuberantes, elas podem ter 1 metro de comprimento, da ponta do bico à ponta da calda. Ameaçadas de extinção, vivem em bandos, a maioria no Pantanal – mas só com muita sorte dá para vê-las de perto. Quem quiser mais intimidade deve ir ao Parque das Aves (45/3529-8282, parquedasaves.com.br), em Foz do Iguaçu, onde oito araras adultas pousam nos ombros dos turistas. O espaço é o maior viveiro da América Latina, com mais de 900 aves de 150 espécies, muitas ameaçadas de extinção, como a nossa amiga azul. E os amantes do desenho animado também podem comemorar: Rio 2 tem estreia prevista para março de 2014. (Fábio Paschoal)3/7 Dragão-de-Komodo Onde? Ilhas de Komodo, Padar e Rinca, Indonésia A criatura mais popular do Discovery Channel não está só na TV (apesar de ser quase um personagem de filme de terror). O dragãozinho sai do ovo com cerca de 25 centímetros. Na infância, parece um bebê de crocodilo e não atormenta ninguém. Depois que cresce é que o bicho pega: com 3 metros de comprimento, engole até dois quilos de carne por minuto e devora, sozinho, um búfalo inteiro. Uma vez de barriga cheia, fica mais de uma semana sem comer, descansando debaixo das árvores. Mas a sua baba gosmenta, repleta de bactérias, pode matar um ser humano em poucas horas. A parte boa é que ele vive bem longe de você, nas ilhotas de Komodo, Padar e Rinca, na Indonésia. Quem quiser encarar o bichão tem de ir até o Parque Nacional de Komodo (komodonationalpark.org), onde vivem cerca de mil lagartos, os últimos do planeta. Menos popular, Rinca é a melhor das ilhas para avistá-los (na companhia de um guarda florestal, claro!). Há barcos com camas que partem de Bali e Lombok. A última vítima do dragão foi um pescador, em 2009. (Thinkstock)4/7 Elefante-asiático Onde? Ilhas Andaman, Índia Ele foi treinado nos anos 1970 pelos indianos para transportar madeira pelo mar, de uma ilha para outra, ao lado de outras centenas de elefantes. Hoje, é o último dos moicanos: Rajan, de 63 anos, astro de Hollywood em Dublê de Anjo (2006), é o único elefante do mundo que sabe nadar no mar. Ele não transporta mais madeira, mas ainda faz mergulhos matinais em Haverlock, nas Ilhas Andaman, a 1 200 quilômetros da Índia continental. Todos os anos, milhares de turistas desembolsam US$ 235 para nadar ao lado dele. Mas só se ele estiver a fim – os indianos são incisivos ao explicar que ele só entra na água se quiser. A boa notícia é que ele raramente se nega a fazer isso (no máximo, doze vezes ao ano). E se ele “empacar”, ou ficar menos de cinco minutos na água, parte do dinheiro é devolvida (diveandamans.com). (Marco Antonio Pomarico)5/7 Tigre Onde? Kanchanaburi, Tailândia Lindos, enormes e com olhos verdes levemente puxados: é praticamente impossível não ser seduzido pelo felino mais charmoso da terra. Ainda mais depois de abraçá-lo. No Templo dos Tigres (tigertemplethailand.com) eles são bem mais dóceis do que Richard Parker, o companheiro de naufrágio do protagonista Pi, do filme As Aventuras de Pi (2012). Sob o cuidado de monges budistas, que adotaram o primeiro filhote há 14 anos, cerca de 90 tigres asiáticos se alimentam de leite, cereais e galinhas cozidas. Os maiores ficam presos por uma corrente, mas podem ser tocados e – siiim! – abraçados. Quem der a sorte de encontrar uma ninhada ainda tem a chance de dar mamadeira aos filhotes. Mas é preciso obedecer uma série de regras, entre elas não vestir roupas laranjas, amarelas e vermelhas, que podem “atiçar” os bichanos. Antes de entrar, o turista é obrigado a assinar um documento isentando o templo de qualquer responsabilidade em caso de acidente. Mas pode ficar tranquilo: até hoje não há registros de ataques, embora todos estejam sujeitos a ganhar uns arranhõezinhos. (Thinkstock)6/7 Tubarão-martelo Onde? Isla Del Coco, Costa Rica O tubarão mais esquisito dos mares tem a cabeça chata em forma de “T” (daí o seu nome), com os olhos nas duas extremidades. Tal formato garante um campo de visão de 360 graus, facilitando a captura das presas. De tamanho variável, eles podem ter 6 metros de comprimento e pesar 400 quilos. O bicho é um predador agressivo, mas há poucos registros de ataques a humanos no International Shark Attack File, banco de dados mundial sobre tubarões. E mergulhadores profissionais de todos os cantos do planeta viajam anualmente para a Isla Del Coco, um parque nacional tombado pela Unesco a 550 quilômetros da Costa Rica, com o objetivo de topar com eles – esse é o melhor lugar para encontrá-los em cardumes. O único jeito de chegar lá é dormindo em barcos live-aboard, com hospedagem em alto mar, como os da Agressor (aggressor.com/cocos.php) (Thinkstock)7/7 Panda-Gigante Onde? Chengdu, China Você deve ter aprendido na escola que lugar de urso-panda é na China. Sim, essa informação está correta. Embora eles estejam espalhados pelos maiores zoológicos do mundo, só no gigante asiático é possível encontrá-los livres, em seu habitat natural. Segundo o último censo chinês, de 2004, existem hoje cerca de 1,6 mil animais, número que mantém a espécie sob risco de extinção. E das 62 reservas naturais de pandas, 37 delas estão na província de Sichuan. O Centro de Pesquisa de Pandas Gigantes (panda.org.cn), na capital Chengdu, recruta jovens do mundo inteiro para cuidar dos ursos por um ano e alimentá-los com 40 quilos de bambu por dia. E os turistas também são bem-vindos. Eles podem tirar fotos e abraçar os animais – os bichinhos que vivem ali não atacam ninguém e só esbanjam fofura. (Thinkstock)Cada um no seu quadrado. É assim que vivem os animais. Por mais que estejam espalhados pelos inúmeros zoológicos, florestas e savanas da Terra, sempre há um lugar ao sol para vê-los mais de perto (e até abraçá-los). Em geral, são centros de pesquisas ou áreas de Parques Nacionais que se destinam aos cuidados dos bichos. Conheça aqui os mais famosos.
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