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México: de tudo e mais um pouco

Lindas cidades coloniais, praias do fim do mundo, ruínas maias, fervor religioso

Por Adriana Setti
Atualizado em 16 mar 2024, 12h52 - Publicado em 7 nov 2012, 10h46

A dura poesia concreta das esquinas da Cidade do México não intimida quem, como eu, cresceu em meio à feia fumaça que sobe apagando as estrelas. A megalópole mexicana é bem mais dócil do que o censo demográfico faz supor, com seus 20 milhões de habitantes na região metropolitana. Edifícios baixos (por causa do risco de terremotos) permitem que o ar circule nessa cidade 2 200 metros acima do nível do mar.

A geografia do que interessa na capital é surpreendentemente fácil de entender até para um recém-chegado. O metrô cobre parte significativa das atrações, que, reunidas em alguns quarteirões, são acessíveis em curtas caminhadas. Os bairros de Condesa e Roma têm um quê da paulistana Vila Madalena. Polanco, dos Jardins.

Mas só a capital mexicana tem ruínas indígenas no coração da cidade, barquinhos coloridos em um canal, o Xochimilco, e o homem mais rico do mundo, Carlos Slim, que mandou erguer um prédio arrojadissímo para expor sua coleção de arte.

A cidade também se orgulha do bairro de Coyoacán, onde nasceu e viveu Frida Kahlo, essa embaixadora póstuma de um país colorido, cosmopolita e um tanto exótico, tal qual a cabeleira trançada e o inconfundível par de sobrancelhas da artista.

A capital mexicana foi o ponto inicial de uma viagem de 3 mil quilômetros pelo país a bordo de um Corsa 1.0 alugado. Só que meu marido e eu não calculamos o momento de ganhar a estrada. Foi bem na véspera do dia da venerada Virgem de Guadalupe, o que nos fez topar com a alma mexicana fluindo intensamente pelo sentido contrário da autopista 150D. Milhares de peregrinos caminhavam pelo acostamento carregando estandartes, no intuito de se juntar a outros milhões na capital, onde reverenciariam a Virgem. Com um olho na procissão e outro no vulcão Popocatépetl, que furava a névoa do Planalto Central com seus 5 452 metros de altura, eu me dirigia a Heroica de Puebla de Zaragoza, cidade a 137 quilômetros de lá.

As primeiras horas no México profundo tiveram a pungência de um chile habanero (o chile, ou pimenta, mais fulminante que existe segundo a Escala de Scoville, que mede o poder de fogo do condimento). Em Puebla, vi mariachis a caráter à espera de alguém que lhes desse a honra de seus ouvidos e pesos. Estremeci com a fé dos devotos ajoelhados diante do corpo de São Sebastião Aparício, que, embalsamado, jaz em uma urna de vidro – pedaços de seus pés foram levados como relíquia ao longo dos tempos. Degustei o mole poblano (potente mistura de chocolate, pimentas e especiarias). Assisti ao pôr do sol no alto da pirâmide Tepanapa, no povoado de Cholula. Fui acometida por princípios de vertigem com o barroco saturado das igrejas da região e também com o cool no último das escadas de vidro do hotel La Purificadora. Em Puebla, vi um México sem aditivos, comecei a entender essa nação orgulhosa de suas raízes pré-hispânicas e com muito menos vocação tex-mex do que é de supor. Flores para a Virgem de Guadalupe, adorada por dez entre dez mexicanos.

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Viajar de carro por esse país enorme, ligeiramente caótico e com reputação de perigoso pode até ter um quê de aventura, mas está longe de ser um ato de bravura. O naipe das atrações – Pacífico, Caribe, ruínas maias, montanhas, cidades coloniais, selva tropical – compensa o esforço com folga. Quem está habituado a dirigir no Brasil não há de estranhar a qualidade irregular do asfalto e os eventuais animais na pista. Também não tardará em se acostumar às blitze do Exército, que ajudam a lembrar que o país está em guerra contra o narcotráfico. Esses controles não costumam visar os turistas. Passamos batido por 25 deles durante a viagem. E, já que tocamos no assunto, jamais vivemos situações perigosas. Ao planejar a empreitada, eliminamos as zonas de risco (ao menos as assim definidas pelo Departamento de Estado americano): além das regiões de fonteira com os Estados Unidos, Acapulco e Vera Cruz.

A estrada irreprochável entre a Cidade do México e Puebla revelou-se bem outra coisa na continuação ao sul. Saímos de Puebla na véspera de um feriado e demos com uma rodovia em obras. Também não usamos o cérebro, debilitado pelo excesso de tequila da noite anterior, quando o GPS, programado para o caminho mais curto, nos indicou um atalho por lugares medonhos. Como cereja do bolo, pegamos um longuíssimo trecho de montanhas à noite. Chegamos a Oaxaca, a 360 quilômetros de distância, nove horas após a partida. Mas aprendemos a lição: sair cedo, usar o GPS com moderação e estudar o melhor caminho antes de cair na estrada.

As cidades coloniais espanholas nas Américas têm em comum as cores vivas na arquitetura, as ruas de pedras e um certo charme. Mas, sem querer desmerecer as Cartagena e Antigua da vida, Oaxaca é difícil de bater. Seu principal centro cultural, o Museo de las Culturas, repassa a história das civilizações ancestrais mexicanas com infaestrutura digna das grandes instituições europeias. Tanto pelo acervo, que traz tesouros de mais de 2 mil anos de idade, quanto pelo cenário, o Mosteiro de Santo Domingo, anexo à igreja homônima, uma joia barroca do século 16. À sombra do Vulcão Popocatépetl, em Cholula, na região de Puebla (México).

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Oaxaca é apontada como a capital gastronômica do México, um feito e tanto quando a culinária local é uma ciência que combina especiarias variadíssimas, pimentas e muitos outros sabores com os quais grande parte da humanidade jamais entrou em contato – não falo daquilo que se come nos restaurantes “mexicanos” mundo afora. Pelos corredores estreitíssimos de seu mercado central escondem-se barraquinhas em que são servidos manjares dos deuses por preços irrisórios. Como as tortilhas de milho, as tlayudas, servidas com tasajo (carne defumada), cesina (carne curada), arachera (carne marinada), quesillo (queijo típico de Oaxaca) e vários molhos. E há também a flor de abobrinha, iguaria caríssima na Europa. Para a digestão, a etiqueta local pede uma dose de mescal, um primo mais rústico da tequila, com marcante sabor defumado.

À noite, com um pouco mais de investimento, é possível provar interpretações sofisticadas dessa gastronomia em restaurantes charmosos e de serviço gentil, com tira-gostos de cortesia, uma marca mexicana. Grande parte do charme e dos sabores oaxaqueños é herança da civilização zapoteca, cujas ruínas observam Oaxaca de cima de um monte de 1 900 metros de altura, o Albán. Os descendentes desse povo que ocupou a região em 500 a.C. ainda se comunicam em dialeto e circulam pela cidade com seus trajes típicos e seus cabelos recolhidos em tranças.

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Escaldados, saímos de Oaxaca cientes de que havia uma serra bela e duríssima pela fente. Isso significava que os 250 quilômetros desviando de crateras lunares até Puerto Escondido levariam cerca de seis horas. Mas nada a lamentar nesse trecho, exceto a morte de um fango que estava no lugar errado na hora errada. Ainda assim, chegamos a tempo de ver o sol desaparecendo no mar com a plenitude que só as praias do Pacífico podem proporcionar.

Além de ondas que podem atingir 12 metros de altura entre junho e setembro, não há nada em Puerto Escondido que você não tenha visto em Saquarema, Maresias ou Garopaba. A diferença é que aqui o clima de verão eterno vem com upgrade: material humano importado de várias partes do mundo e as excelentes cervejas mexicanas (menção honrosa à Bohemia, clara ou obscura). Na praia de Zicatela, o epicentro do agito, a lei da bermuda e do chinelo impera. Só que ultimamente o balneário vem ganhando hotéis e restaurantes sofisticados e um público que jamais se equilibrou sobre uma prancha. Aos nostálgicos das ruas de terra resta a linda Punta de Zicatela, o extremo sul da praia, onde há pousadinhas pé na areia e sossego até na alta temporada.

Eu teria passado vários dias a mais em Punta de Zicatela se a missão de buscar lugares menos conhecidos não tivesse me arrastado ainda mais na direção sul. Zipolite, a irmã hippie de Puerto Escondido, também tem areias levemente douradas e ondas fortes. Mas, por ali, o nudismo rola solto e os hotéis levam nomes como LoCósmico e Shambhala. Este último tem como atrações uma torre de meditação aberta aos não hóspedes e os programas de detox até para usuários recreativos de álcool e drogas.

Não gosto de solos de bongô, mas eles não atrapalharam minha feliz despedida de Zipolite, em um jantar no lindo ecoresort El Alquimista, com direito a estrelas cadentes e luz de velas.

De novo no Corsa, mergulhamos no interior até, no estado de Chiapas, chegar às águas verde-esmeralda do Cañón del Sumidero. A natureza esculpiu formas insólitas nas paredes altíssimas desse cânion, e, em um curto passeio de barco pelo rio lá embaixo, você avista pássaros e jacarés. Caso soubéssemos que essa belezura está a apenas uma hora da divina San Cristóbal de las Casas, até poderíamos passar longe da feiosa Tuxtla Gutiérrez, vizinha ao cânion. Mas a estada ali permitiu ao menos que eu preenchesse uma página do Catálogo de Histórias para Contar à Posteridade protagonizando uma cena de cinema. Uma mulher – eu – entra em um saloon inundado de testosterona e causa espanto ao pedir uma reles cerveja. O velho México de bigodes que Hollywood adora enfim cruzava o meu caminho.

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San Cristóbal de las Casas é aquele lugar que as almas místicas chamariam de mágico. De qualquer uma de suas ruas de paralelepípedos se avistam as montanhas cobertas por bosques. No alto de uma colina de 1 600 metros, a cidade vive sob um constante fescor. As casinhas coloniais do Centro Histórico são pintadas de cores alegres, e muitas abrigam alguns dos restaurantes, lojas, bares e cafés (os melhores grãos do país, a propósito, são colhidos nas redondezas) mais charmosos do país. O mojo do lugar atraiu um bom punhado de estrangeiros, muitos artistas, que ajudam a compor um clima geral de camaradagem e, acima de tudo, uma boemia regada a tequila que começa na happy hour e vai até o sol raiar, em ritmo de cumbia, salsa, blues e jazz.

Nessa região fortemente ligada à cultura indígena, que serviu de berço para o movimento zapatista (cuja presença ainda se faz notar aqui e ali), símbolos e ritos católicos misturam-se às tradições milenares tribais, que foram transmitidas ao longo das gerações, apesar do empenho em contrário dos missionários cristãos. Quando cheguei a San Juan Chamula, vizinha a San Cristóbal, o ar cheirava a incenso. Na praça coberta por folhas de pinheiro, homens vestidos com mantos de lã e mulheres de tranças negras entoavam uma espécie de mantra. Na penumbra do interior da Igreja de San Juan, pequenos grupos se reuniam ao redor de velas. Ovos e garrafas de suco e refigerante eram oferecidos a São João Batista, a quem os chamulas (uma facção do povo tzotzil, um dos sete grupos étnicos que compõem a população indígena de Chiapas) veneram mais que a Jesus Cristo. Doses de posh, bebida feita a partir da fermentação do milho, eram compartilhadas por uma família inteira, crianças inclusive. Tudo para chegar perto de Deus, o que me leva a crer que a vocação etílica de San Cristóbal vem de longa data.

Ao som de Julieta Venegas, o Corsinha agora atravessava os quase mil quilômetros que separam San Cristóbal do Caribe mexicano. As ruínas maias de Palenque, Chichén Itzá, Cobá e Ek Balam cruzam o nosso caminho, assim como a magnífica Cachoeira de Misol-ha. As cidades que serviram de base para explorar os sítios arqueológicos também trouxeram surpresas. Despretensiosas e coloridas, Campeche e Valladolid conservam impecavelmente seus zócalos (a versão mexicana da plaza de armas), têm bons restaurantes e estão a curta distância de muitos outros conjuntos arquitetônicos pré-hispânicos e parques nacionais menos conhecidos.

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Em Mérida, já na Península de Yucatán, abrem-se as portas do mundo encantado das facilidades para o viajante. A estrada vira uma Autobahn a ligar as joias da coroa do turismo mexicano – Cancún, Riviera Maia e arredores. Não há congestionamentos, a sinalização é perfeita, e o policiamento beira o exagero. Deu dó fazer um último desvio para chegar a Chiquilá, de onde saem os barcos que levam à deliciosamente sonífera Holbox (diga “rolboch”).

Há uma explicação para o fato de essa ilha, a apenas 150 quilômetros de Cancún, ser uma ilustre desconhecida: Holbox é bipolar. Um dia, Caribe; no outro, Golfo do México. Hoje, você entra numa piscina cristalina e quentinha; amanhã, não enxerga o pé. Por estar na convergência entre dois mares, o que gera alta concentração de plâncton, Holbox é ponto de encontro de tubarões-baleia entre maio e setembro, quando sua meia dúzia de pousadas de charme lota. Em outras épocas, o lugar é bom para o dolce far niente e para o kitesurfe.

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Motivos semelhantes explicam a pouca fama do outro extremo do Caribe mexicano, já na fonteira com Belize. Na região dos povoados de Mahahual e Xcalak, o mar ganha um tom esverdeado por causa da alta concentração de algas, que se acumulam em praias de águas rasas, bonitas, pero no mucho. Um banco de corais, o Chinchorro, a duas horas de barco de ambos os vilarejos, tem boa fama entre os mergulhadores, mas nada comparável a Cozumel.

Se algum dia você sonhou que estava voando, já dá para ter uma ideia da sensação de mergulhar ao redor dessa ilhota em fente à Playa del Carmen. Numa água absurdamente cristalina com até 50 metros de visibilidade, a sensação de planar é elevada à máxima potência quando a correnteza empurra os mergulhadores ao longo dos arrecifes. Nessa hora, basta abrir os braços e ver passar, lá embaixo, uma cordilheira de corais multicoloridos. Se isso ainda não trouxer felicidade suficiente, volte ao continente para viver experiências transcendentais mergulhando nos chamados cenotes, pequenas cavernas com cursos de água doce translúcidos (o Gran Cenote e o Dos Ojos são os mais famosos). Não à toa os maias acreditavam que os cenotes eram passagens para um outro mundo.

Assim como Cozumel, Cancún justifica a fama: é o destino ideal para quem não quer complicação e gosta de estar entre amigos no exterior. As operadoras de viagens de formatura já descobriram isso (veja mais no texto Eu quero Can, eu quero Cún).

Pular de galho em galho pela Riviera Maia até Tulum, por outro lado, é quase tão fácil – e tão prazeroso – quanto se render à espreguiçadeira de um hotel cinco-estrelas. Com a vantagem de permitir que você encontre a praia dos seus sonhos – também conhecida como Puerto Morelos.

A 40 quilômetros ao sul de Cancún, Morelos conserva quase intacto seu ar de vila de pescadores. Comendo um camarão baratíssimo na praia vazia, era difícil crer que estávamos também a minutos da frenética Playa del Carmen, onde um dia normal começa de salto alto e maquiagem nos beach clubs.

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Mais ao sul, a paisagem se supera. Com poucos hotéis e alguns cantinhos virgens, Xpu-ha e Akumal são esconderijos nesse litoral de fama internacional. Mas nada, nada mesmo se iguala à beleza histérica de Tulum, o ponto final da Riviera Maia. Tudo por ali é exageradamente perfeito. A areia, de tão branca, machuca as retinas. O mar grita em azul. Coqueiros se distribuem pela orla como se fosse possível retocar o irretocável. Precisar, não precisava, mas uma senhora ruína maia se debruça sobre um penhasco recoberto por uma floresta verdinha. Se o mundo acabar mesmo em 21 de dezembro, como reza a muito citada profecia maia, eu quero fazer a contagem regressiva exatamente ali. Com uma michelada, essa mistura tão mexicana de cerveja, molho de pimenta, limão e sal, na mão.

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. : EU QUERO CAN, EU QUERO CÚN : . O balneário é o novo destino de sonho dos formandos

Você pode ainda não ter ido, mas certamente conhece alguém que foi. Para muita gente, a cada vez mais popular Cancún une o melhor de dois mundos: praia maravilhosa, 100% Caribe de dia e balada forte à noite. Mas Cancún já agrega outro título – o de destino dos sonhos dos formandos do ensino médio. Dos 53 mil brasileiros que estiveram em Cancún entre janeiro e outubro de 2011, estima- se que 5 mil sejam formandos. Porto Seguro, Florianópolis e Disney continuam sendo escolhas usuais, mas a procura pelo balneário mexicano cresce. “É um destino muito preparado para receber os jovens. Os hotéis são enormes e superseguros; as praias, paradisíacas.

No México, há ainda uma boa seleção de passeios incluídos: para a ilhota de pescadores Isla Mujeres, para a badalada Playa del Carmen e para a magnífica Cozumel, entre outros. As baladas noturnas são opcionais, assim como o nado com golfinhos. “Mas todo mundo vai em tudo”, diz Natália.Muitas operadoras especializadas em formaturas já vendem o destino. Os pacotes são praticamente idênticos, com sete noites em hotéis allinclusive. A CI, especialista em cursos no exterior, também entrou na roda com seu novo braço de viagens de formatura, a Amaze, que tem Cancún como carro-chefe. A empresa vende um roteiro de dez dias conjugado com Miami por R$ 7 000.Se é verdade que os jovens sempre querem abraçar o mundo, Cancún parece um ótimo ponto de partida. Para os pais, a segurança dos hotéis e dos passeios, sempre com a presença de guias, é um sossego. “O nosso melhor argumento para convencê- los de que Cancún é um grande negócio são as visitas ao sítios arqueológicos maias”, diz Depret, da Forma. Ele se refere a uma das grandes atrações da região de Cancún, o conjunto de ruínas de Chichén Itzá, eleito em 2007 uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo.Sem trip nem funEra para Cancún, em um caso bem rumoroso, que iam os formandos de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, em julho, quando a operadora que havia vendido o pacote, a Trip & Fun, fechou as portas às vésperas do embarque. Cerca de 2 500 deles acabaram viajando a Bariloche por outra operadora, a College.A College, no rastro dos problemas com a Trip & Fun, lançou o que chamou de “plano de risco recíproco”, em que os 50% finais do custo do pacote só são pagos pelos pais no momento em que seus filhos chegam ao destino combinado. Pode ser um problema a menos para os pais, que já têm de lidar com preocupações naturais de ter filhos nessa idade, como um possível consumo etílico. As operadoras afirmam que a lei do México é igual à brasileira e proíbe o consumo de álcool para menores de 18 anos. O que não quer dizer que a regra vai ser cumprida. “O pai que sabe ou desconfia que o filho exagera na bebida não deve enviá-lo a Cancún”, diz Alejandro Ilvento, sócio-diretor da College. Mas, segundo o executivo, se houver problemas no destino, os pais são imediatamente comunicados – e as baladas podem ser cortadas. O que seria uma pena. A programação é tão intensa que são poucos os jovens que resistem na balada até as 4 da madrugada, horário em que costuma sair o último ônibus para o hotel. A grande sensação é a Coco Bongo, a primeira – e a mais famosa – de todas as casas noturnas de Cancún. “As minas piram”, conta o estudante Carlos Parra, de 18 anos, que esteve lá neste ano com a turma do Colégio Objetivo, de São Paulo. Natália, do Doze de Julho, diz que também rola paquera com outros estrangeiros que dão as caras por lá. Mas, aparentemente, só as “minas” saem do zero a zero. “Os meninos se dão melhor em Porto Seguro.”Veja nas páginas anteriores:

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