Imigração: aeroporto de Heathrow está com filas de mais de 2h

As causas seriam falhas frequentes em computadores, a chegada cada vez maior de refugiados e também a alta temporada

Por Lilian Hamatsu
Atualizado em 14 ago 2018, 19h08 - Publicado em 14 ago 2018, 18h56
Aeroporto de Heathrow
(Lady Disdain/Pixabay)

Passageiros que desembarcaram nos últimos dias no aeroporto de Heathrow, em Londres, vêm enfrentando longas filas para entrar no país. Na segunda-feira (6) foi registrada a pior marca do ano: a espera para ganhar um carimbo no passaporte chegou a duas horas e trinta seis minutos.

Segundo o porta-voz do aeroporto, a lentidão tem sido causada por falhas frequentes em computadores e ao grande número de refugiados que desembarcam diariamente no país. A estimativa do tempo na fila de imigração – 25 minutos para europeus e 45 minutos para cidadãos de outras nacionalidades – não vem sendo cumprida. Em julho, a meta foi cumprida apenas um dia.

O chefe-executivo de Heathrow, John Holland-Kaye, conseguiu junto ao Home Office, o departamento de imigração britânico, que pessoas com passaportes dos Estados e do Canadá, países tidos como “baixo risco”, pudessem utilizar o E-Gate, que são as catracas que liberam a entrada através de um leitor eletrônico de documentos. Todas as demais nacionalidades precisam amargar longas esperas.

Com o intuito de diminuir o tempo na chegada, Heathrow anunciou a contratação de cerca de duzentos funcionários temporários para atender a alta demanda dos meses de agosto e setembro.

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Chefes-executivos de duas grandes companhias aéreas se manifestaram sobre a situação. Craig Kreeger, da Virgin Atlantic, e Alex Cruz, da British Airways, consideram negativa a imagem que vem sendo disseminada para o resto do mundo através destas ações, principalmente no que diz respeito a acordos comerciais e parcerias em tempos de Brexit. “Na época em que o Reino Unido mais precisa mostrar ao mundo que está aberto para negócios, o governo e o Home Office deveriam proporcionar a cada visitante uma ótima primeira impressão”, disse Kreeger ao jornal The Guardian.

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