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Hudson Yards, o fenômeno turístico-imobiliário de Nova York

The Vessel, Edge, The Shed e Mercado Little Spain são os destaques do mais novo bairro de Manhattan, a um pulo do High Line. Um roteiro e tanto!

Por Fabricio Brasiliense
Atualizado em 5 jun 2023, 18h27 - Publicado em 20 dez 2019, 19h28
 (Ran Berkovich/Unsplash/Reprodução)
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Desde a inauguração, em março de 2019, o complexo Hudson Yards viu surgir um fenômeno de público em uma região de Manhattan que sequer constava no mapa. Em menos de quatro meses, o mais novo bairro de Manhattan alcançou a marca de seis milhões de visitantes. Opulência e extravagância arquitetônica são as características mais notáveis do empreendimento, que muitos compararam a Dubai. O principal marco, que rapidamente virou atração turística, é uma imensa escultura-escada, The Vessel, desenhada pelo artista Thomas Heatherwick.

Inspirada em um favo de mel, a gigantesca obra de arte pública espelhada e revestida de cobre faz parte de um complexo que reúne no entorno shopping center, centro cultural e torres milionárias de condomínios residenciais e comerciais de mais de cem andares. Um dos arranha-céus ainda guarda um deque de observação nada modesto: é o mirante a céu aberto mais alto do ocidente.

Localizado entre as ruas 30 e 34 na parte oeste de Manhattan, conhecida como Midtown West, o empreendimento foi construído sobre o pátio de manobras de trens da Penn Station e custou a cifra de US$ 25 bilhões. Empresas como HBO, CNN e Amazon já transferiram seus escritórios para lá. Para o turista, trata-se de uma nova região a ser explorada, adorada ou mesmo criticada. Confira as principais atrações:

The Vessel

Estranhamento, surpresa, encantamento. As reações ao se deparar com The Vessel, o epicentro de Hudson Yards, podem ser muitas. A obra de arte demanda disposição para ser explorada: são 2.500 degraus, 154 lances de escada e 80 pontos de observação. As aberturas entre os andares e no centro permitem a visualização da cidade e do rio Hudson de diferentes ângulos e em patamares distintos. 

[Atualização: o acesso aos andares superiores do The Vessel foram fechados após três suicídios em menos de um ano. Agora, visitantes podem acessar apenas a parte térrea da escultura].

The Vessel, no Hudson Yards, em Nova YorkThe Vessel é uma imensa escultura-escada com acesso gratuito.

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Edge

O novo observatório está colocando os tradicionais Top of the Rock, Empire State e One World no chinelo. O deque a céu aberto do Hudson Yards é o mais alto do ocidente e permite que o visitante observe a Big Apple de 360° a 325 metros de altura. Taquicardia, vertigem ou adrenalina estão garantidos graças ao chão de vidro que compõe parte da estrutura.

Os ingressos custam desde US$38 com hora marcada. Crianças e idosos têm desconto. O local ainda conta com restaurante e bar no 101° andar.

Edge, no Hudson Yards, em Nova York
Projeto do Edge, o observatório a céu aberto mais alto do ocidente e que revelará uma Nova York em 360°. (Edge/Divulgação)

The Shed

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O complexo também ganhou um centro artístico com salas de exposições e de espetáculos. O mais impressionante é o seu gigantesco teto móvel feito com placas de aço que desliza sobre trilhos para adaptar o lugar para diferentes usos. O design inovador do The Shed e a mobilidade que ele possui fazem da grande estrutura uma atração em si. Dos oito andares, dois funcionam como galerias de exposições, além de possuir espaços destinados à residências artísticas. A entrada é gratuita, mas as mostras de arte e espetáculos requerem ingressos, que podem ser adquiridos aqui.

The Shed, no Hudson Yards, em Nova York
O The Shed é um centro artístico com salas de exposições e de espetáculos que está a um pulo do High Line. Crédito: (The Shed/Reprodução)

Mercado Little Spain

A rede Eataly está para a Itália assim como o novíssimo Little Spain está para a terra de Ferran Adrià. O gigantesco empório é uma imersão na gastronomia espanhola, que vai de produtos como queijo manchego até polvo a la gallega (típico da Galícia). Com diferentes estabelecimentos, desde quiosques até restaurantes, o local possibilita degustações para quem está com pressa ou tem tempo de sobra.

Além dos quiosques de paella, jámon, batata brava e churros, a casa tem três restaurantes com diferentes propostas. O Leña serve a maioria dos pratos após cozimento na brasa e tem enfoque em cortes maiores como leitão e cordeiro; o Mar tem um menu voltado para pratos com frutos do mar, entre eles anchova de Santoña e arroz negro com lula; já o Spanish Diner é especializado em porções maiores de pratos tradicionais da Espanha, como huevos rotos e gaspacho. Para mais detalhes, acesse o site e veja o mapa.

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Mercado Little Spain, no Hudson Yards, em Nova York
O Mercado Little Spain é um empório que proporciona uma imersão na gastronomia espanhola. Crédito: (Sharon Hahn Darlin/Flickr)

Show de vitrines

Lojas não poderiam faltar no novo complexo. Um grande shopping conta com marcas consagradas como Banana Republic, Chanel, Dior, Louis Vuitton, Muji, Pandora Rolex, Uniqlo e Zara. Uma ala inteira é dedicada a wellness, com spa, centro de saúde, centro médico e uma unidade da Equinox, a grife de luxo das academias de ginástica. O grupo Equinox também abriu um hotel.

Shopping dentro do complexo Hudson Yards, em Nova York
O novo queridinho da Big Apple abriga um shopping com marcas consagradas. Crédito: (Hudson Yards/Divulgação)

High Line 

A vantagem do Hudson Yards é o fato de o novo bairro estar colado ao High Line, um parque elevado construído sobre uma linha férrea que se tornou um dos principais pontos turísticos de Nova York desde que foi inaugurado, em 2009.  Os quase 2,5 km de extensão contam com obras de arte, restaurantes e muitos jardins utilizados para descansar, ler e fotografar. Há grafites por toda parte. Uma sugestão de roteiro é sair do Hudson Yards e seguir pelo High Line até o Chelsea Market, que é uma Nova York menos nababesca e tem ótimas opções gastronômicas.

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High Line, em Nova York
O High Line é um dos principais pontos turísticos de Nova York e está ao lado do Hudson Yards. (High Line/Reprodução)

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