Hospedar-se em um lugar caro não é mais sinônimo de ficar em um lugar limpo. Pelo menos na Grã-Bretanha. Uma equipe de cientistas da universidade Leeds Beckett pesquisou o nível de bactérias dentro de quartos de hotéis de todas as faixas de preços e descobriu que os mais sujos são os mais caros.
Dos cinco hotéis investigados – um de cinco estrelas, um de quatro, um de três, um de duas e um hotel sem estrelas – o mais chique de todos levou o “troféu” de mais sujo. As bactérias estão presentes em quantidades alarmantes nos controles remotos, lençóis, copos de vidro, interruptores e maçanetas (e, em especial, a maçaneta da porta do banheiro).
O resultado da pesquisa foi divulgado no programa de TV “Rip Off Britain: Holidays”. De acordo com a microbióloga Margarita Gomez-Escalada, que liderou a pesquisa, havia tanta bactéria no lençol de um dos quartos do hotel 5 estrelas que foi impossível contá-las no laboratório, mesmo com a ajuda de microscópios.
Se ingeridas, as bactérias encontradas nos copos de vidro que ficam nas pias dos banheiros são, de acordo com a pesquisadora, perigosas para a saúde de pessoas idosas ou muito jovens, e também de quem tem baixa imunidade.
Já os quartos do hotel mais barato estavam entre os mais limpos da pesquisa. Os interruptores, os cabides do banheiro e o copo de vidro do banheiro estavam muito bem higienizados. Foram encontrados germes no lençol da cama e no controle remoto, mas em níveis muito mais reduzidos do que nos hotéis mais caros.
Este tipo de pesquisa já foi realizada em hotéis de Toronto – e o resultado também foi assustador.