Continua após publicidade

Costa Leste Marítima do Canadá

Deixe os gadgets de lado: os cenários bucólicos de Prince Edward Island e New Brunswick merecem toda a sua atenção

Por Viagem e Turismo
Atualizado em 5 jul 2021, 14h59 - Publicado em 20 ago 2012, 16h21

Se o seu ideal de férias inclui praias paradisíacas, vida noturna onde tudo pode rolar e gadgets com o que há de mais moderno no mundo da tecnologia, esqueça a Costa Leste Marítima do Canadá. Mas se o seu mundo perfeito tem passeios de caiaque em águas calmas, cheiro de mata molhada, icebergs flutuando lentamente no mar, torta de berries recém-assada e uma boa cerveja, então a região é toda sua. Nessa parte do país, o litoral, banhado pelo Oceano Atlântico, serve de referência para praticamente tudo, inclusive pra definir a direção das estradas que cortam o território. Daquelas águas os habitantes tiram seu sustento há milhares de anos – colônias de pescadores e portos são o motor de diversas cidades por ali. Seja nas residências, seja nos restaurantes, peixes e frutos do mar são figurinhas pra lá de carimbadas. E, balaio de múltiplas influências – ingleses, franceses, irlandeses e escoceses marcaram presença por aquelas bandas –, a Costa Leste Marítima exibe ótimos pubs, sobrenomes começando com “Mac”, beds & breakfasts com chá das cinco, boa oferta de uísques e de fish and chips. Apresentamos agora dois destinos para o seu roteiro: New Brunswick e Prince Edward Island – um pedacinho do guia O Melhor do Canadá, da Coleção Viagem de Bolso da VT, que já está nas bancas e na loja online. Um último adendo: melhor viajar pra a Costa Leste Marítima no verão, de julho a setembro. No inverno (de janeiro a março) as temperaturas caem drasticamente, há risco de tempestades de neve e muitos lugares fecham as portas.

New Brunswick

New Brunswick une com maestria a beleza selvagem da floresta, os elementos aparentemente estanques da terra firme e a força do mar. O resultado são atrações como o Hopewell Rock, com formações rochosas moldadas pela ação contínua da água, e o Fundy National Park, com um mix de ecossistemas, com cachoeiras e trilhas pela mata a pé ou de bicicleta. A capital é Fredericton, que tem um belo centrinho histórico e a ótima Beaverbrook Art Gallery, mas a maior cidade da região é Saint John, com 126 000 habitantes e boa infaestrutura turística.

A viagem por New Brunswick tem início, na maioria das vezes, em Fredericton, capital da província. No Fredericton International Airport (frederictonairport.ca), chegam voos de diversas partes do Canadá (Halifax, Ottawa, Montreal, Toronto), operados pela Air Canada (aircanada.com.br); as passagens custam desde US$ 170. Outra opção é viajar de trem. A linha que corre entre Montreal e Halifax passa por New Brunswick, mas faz parada somente em Moncton, a 180 quilômetros de Fredericton. Funciona seis vezes por semana (exceto às terças-feiras) e sempre no período noturno. O trajeto leva 17 horas e custa desde US$ 150.

Trilha sobre riacho no Fundy National Park, no Canadá Trilha sobre riacho no Fundy National Park, no Canadá

Trilha sobre riacho no Fundy National Park, um dos passeios imperdíveis em New Brunswick – Foto: Tourism New Brunswick, Canadá

Continua após a publicidade

Prince Edward Island

Prince Edward Island, ou simplesmente PEI, é “o” lugar para quem busca simplesmente relaxar e deixar de lado as modernidades do século 21. A ilha de 195 quilômetros de comprimento e 61 de largura tem um ritmo próprio, onde ainda se veem entregadores de leite e garrafas de vidro retornáveis. A paisagem revela-se um colorido cenário com águasmuito azuis, gramados verdinhos, praias de areia vermelha e céu limpo. Charlottetown é sua capital e principal cidade. Uma curiosidade: o Prince Edward em questão é o filho do rei George III, da Inglaterra.

A praia canadense

Embora seja a menor província do país, Prince Edward Island abriga um dos mais belos trechos do litoral canadense. A costa norte da ilha, pedaço voltado para o Golfo de Saint Lawrence, permanece bem preservada graças, sobretudo, ao Prince Edward Island National Park. São mais de 40 quilômetros de praias de areia dourada, dunas cobertas de vegetação rasteira e falésias com tons avermelhados. Pela descrição, lembrou de Jeri, no Ceará, ou algo parecido? Pois as semelhanças param por aí. No verão canadense, quando as temperaturas passam dos 22° C, até dá para tomar banho de mar – as águas são “quentinhas”, se comparadas com o resto do país. Mas, mais do que se esbaldar na areia, como acontece no Brasil, o destaque aqui é contemplar a paisagem – e, sim, isso é um programaço.

No verão, o parque costuma receber milhares de visitantes, que chegam atraídos pelas belezas do lugar. Do fim da primavera até meados de outubro, as 15 trilhas ficam disponíveis para caminhadas. São trajetos tranquilos, relativamente planos, nenhum deles muito longo (alguns têm pouco mais de 1 quilômetro) e a maioria de fácil acesso – vários, aliás, podem ser percorridos de bicicleta, e alguns são adaptados para cadeirantes. Além do passeio em si, as caminhadas pelo parque permitem cruzar com animais selvagens (as raposas, por exemplo, são habitués por lá) e uma enorme diversidade de pássaros típicos da região.

Raposa no Prince Edward Island National Park, no Canadá Raposa no Prince Edward Island National Park, no Canadá

Continua após a publicidade

Raposa no Prince Edward Island National Park – Foto: Alamy

Uma das trilhas mais complicadas – e indicadas para quem tem mais experiência em trekking – é a Homestead Trail, com quase 7 quilômetros de extensão e algumas inclinações nopercurso. E a mais cênica é, sem dúvida, a Greenwich Dunes Trail, que soma quase 5 quilômetros de extensão e passa por dunas, bosques e também por um deque de madeira construídosobre uma área alagada. No fim do trajeto, a diversão é escolher um trecho de areia e estender sua toalha, para um piquenique.

No inverno, o cenário muda por aqui, e, consequentemente, os atrativos também. Determinadas áreas, a maioria no Dalvay Lake, são liberadas para patinação no gelo e para quem gosta de esquiar. E, eventualmente, algumas trilhas permanecem abertas para caminhadas. Durante a estação mais fria do ano, contudo, a administração do parque pede que os turistas liguem antes para consultar quais passeios estão funcionando, uma vez que tudo depende das condições climáticas e das temperaturas registradas nos termômetros.

São dois os centros principais de visitantes: o Cavendish Visitor Centre e o Greenwich Interpretation Centre. Ambos funcionam diariamente entre junho e agosto e fornecem informações sobre todos os passeios locais. Acampar é permitido no parque e há duas áreas com boa infraestrutura para isso. A maior delas é o Cavendish Campground, para até 200 pessoas, e a outra, menor e mais tranquila, é a Stahope Campground, bem próxima da praia Stanhope Beach. São diversas entradas; as da Route 6 e Route 13 permitem fácil acesso ao Cavendish Visitor Centre (o centro fecha jan/mai e nov/dez), 963-7830, pc.gc.ca; 11h/17h; Cc: M, V; US$ 7,90 (somente entre jun/set; grátis nos outros meses).

Continua após a publicidade

Leia mais:

VT responde ##– Um dia pleno em Whistler, no Canadá.

 

Vancouver: vem cá ver ##– Reportagem da Viagem e Turismo

 

Trabalhar durante intercâmbio é uma necessidade para muitos estudantes

 

Intercâmbio: embarque preparado para adaptar-se a uma nova cultura

 

Publicidade