Coronavírus: Vaticano confirma primeiro caso da doença
Igreja Católica reforça recomendações para evitar a propagação do vírus, mas as visitas ao Vaticano continuam. Papa Francisco se recupera de um resfriado
O Vaticano anunciou, nesta sexta-feira (6), seu primeiro caso confirmado de coronavírus. O diagnóstico positivo para o Covid-19 foi confirmado no centro médico do pequeno enclave da Igreja Católica na Itália. O país é o maior epicentro da doença na Europa, com 3 858 casos e 148 mortes.
A cidade-Estado, que fica dentro da capital romana, possui cerca de 1 000 residentes, que são em sua maioria clérigos e guardas. Porém, não foi confirmado se o paciente em questão mora dentro ou fora dos muros do Vaticano.
Segundo o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, as clínicas do enclave foram fechadas para higienização e apenas o pronto-socorro permanece aberto. O Vaticano também suspendeu, até 15 de março, “catecismos, cursos de preparação para casamento, retiros, exercícios espirituais, peregrinações e atividades paroquiais em geral”.
Em comunicado publicado no Vatican News, portal de notícias da cidade-Estado, a Igreja Católica também orientou seus fiéis a receber a eucaristia nas mãos, evitar o aperto de mãos como gesto de paz e a retirada da água benta. Além disso, a Santa Sé recomendou que as celebrações fossem feitas ao ar livre e incentivou a participação de missas em igrejas maiores.
Até o momento, as visitas ao Vaticano estão mantidas. Porém, o número de fiéis que compareceram na última missa de domingo na Praça de São Pedro foi significativamente reduzido. Normalmente, milhares de pessoas comparecem ao evento, em comparação com as centenas do dia 1° de março.
Papa Francisco se recupera de resfriado
No final de fevereiro, o Papa Francisco cancelou sua participação em um evento por indisposição e tosse. No início da semana, ele também anunciou que não participaria de um retiro da Quaresma pela primeira vez em seu papado porque sofria de um resfriado.
O pontífice chegou a fazer o teste para o coronavírus, mas o resultado foi negativo. Segundo o biógrafo Austen Ivereigh, o Papa Francisco não possui parte do pulmão desde que passou por uma cirurgia aos 20 anos, após um episódio de tuberculose.