Conheça Naoshima, ilha japonesa dedicada à arte contemporânea
Visitantes se deparam com cenário rural do Japão que divide espaço com esculturas, instalações e arquitetura contemporânea
Por Lívia Aguiar | Edição: Ludmilla Balduino
Atualizado em 17 jul 2020, 15h59 - Publicado em 16 fev 2016, 18h27
Obra de arte Abóbora Amarela da ilha Naoshima, no Japão (/)
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1/15 A "Abóbora Amarela", de Yayoi Kusama, é uma das obras de arte mais famosas da ilha de Naoshima, no Japão (Kars Alfrink/Flickr/creative commons/Flickr)
2/15 O museu Benesse House é o principal de Naoshima e tem quatro edifícios projetados por Ando Tadao, todos eles com galerias de arte e quartos de hóspedes. Este é o "Museum" (/Wikimedia Commons/Flickr)
3/15 Hóspedes dos edifícios "Museum" e "Oval" têm acesso 24h às obras de arte dos museus onde dormem. Diárias custam em torno de 25.000 yen/noite (aproximadamente 200 dólares). Também é possível se hospedar em outras pousadas na ilha ou na casa de moradores da região (/Wikimedia Commons/Flickr)
4/15 Edifício "Oval" da Benesse House. Projetados por Ando Tadao, suas curvas de concreto e jardins suspensos dialogam com a paisagem natural da ilha (/Wikimedia Commons/Flickr)
5/15 Edifício "Park", da Benesse House. Suas formas e espaços foram projetados para se mesclar com a ilha e estimular a contemplação da natureza ao redor e das obras em seu interior (/Wikimedia Commons/Flickr)
6/15 A escultura de abóbora de Yayoi Kusama foi projetada especificamente para o local. Ela é hoje o cartão-postal da ilha (/Wikimedia Commons/Flickr)
7/15 Obra de Shinro Ohtake: "Shipyard Works: Stern with Hole". Cerca de 20 esculturas e instalações de arte contemporânea estão espalhadas pela ilha, mesclando-se com a paisagem natural típica do Japão (/Wikimedia Commons/Flickr)
8/15 Obra de nendo/Oki Sato: "Naoshima Standard 2" (/Wikimedia Commons/Flickr)
9/15 Obra de George Rickey, chamada "Three Squares Vertical Diagonal" (/Wikimedia Commons/Flickr)
10/15 Mais uma abóbora por Yayoi Kusama, "Red Pumpkin", e a paisagem bucólica da ilha (/Wikimedia Commons/Flickr)
11/15 Além de obras contemporâneas de artistas japoneses e estrangeiros, a ilha também tem um museu que abriga grandes murais de Claude Monet, mestre do impressionismo francês, e obras dos americanos James Turrel e Walter de Maria. Os três artistas, cada um à sua maneira, investigaram maneiras de capturar a luz. Este é o jardim do museu Chichu, inspirado nos jardins de ninfeias pintados por Monet (/Wikimedia Commons/Flickr)
12/15 Monet, Turrel e de Maria estão exibidos no Chichu Art Museum, especialmente projetado para as obras. O edifício em si é uma obra de arte: projetado por Ando Tadao, é subterrâneo e só recebe iluminação natural. Poucos visitantes podem entrar na galeria de cada vez (/Wikimedia Commons/Flickr)
13/15 O Projeto Casa de Arte resgatou seis edifícios abandonados no povoado de Honmura, na ilha de Naoshima, e os ocupou com obras de artistas contemporâneos criadas especificamente para os locais. Do lado de fora, elas parecem casas tradicionais japonesas normais, mas por dentro... Quanta diferença! (/Wikimedia Commons/Flickr)
14/15 As casas, oficinas e templo ocupados estão espalhadas pelo povoado, é preciso caminhar por suas ruas para encontrar as intervenções do Projeto Casa de Arte na arquitetura tradicional japonesa (/Wikimedia Commons/Flickr)
15/15 "I Love Yu", do artista Otake Shinro, combina instalação de arte e casa de banhos pública. Os visitantes podem se banhar interagindo com o espaço composto por objetos reciclados recolhidos por todo o Japão (Kentaro Ohno/Flickr/Flickr)
Uma pequena ilha no mar de Seto, ao sul de Tóquio, é conhecida por sua paisagem verde do Japão rural, praias de areia branca, tempo (quase) sempre ensolarado e território salpicado de esculturas de artistas consagrados como Hiroshi Sugimoto, Yukinori Yanagi, Yayoi Kusama, Andy Warhol e até Jean Claude Monet. Naoshima se tornou uma ilha de arte graças a uma parceria entre o fundador da Corporação Benesse e a prefeitura da ilha há 30 anos, com o objetivo de dedicar o local à arte e educação e convidar seus visitantes a rever o significado de “viver bem”.
Além de uma oportunidade de conhecer obras de diversos artistas consagrados, a ilha pode ser incluída como momento de descanso do ritmo frenético cosmopolita de Tóquio e Osaka e oportunidade de conhecer o lado bucólico do Japão.
Hoje Naoshima e as ilhas próximas Inujima e Teshima abrigam 13 museus, sete casas tradicionais que foram ocupadas por artistas e cerca de 20 instalações e esculturas a céu aberto. Os museus e edifícios modernos da prefeitura foram projetados com o objetivo de se integrar à natureza, desenhados pelos arquitetos japoneses contemporâneos Ando Tadao e Ishii Kazuhiro. O restante da ilha é habitado por pescadores e velhinhos aposentados, muitos deles em casas de madeira tradicionais japonesas.
Como chegar em Naoshima
Para chegar a Naoshima e seus museus, é preciso tomar um ferry do porto de Okayama ou Takamatsu, sendo que Okayama está a 1h de trem bala de Kyoto e Osaka e 3h30 de Tóquio (ou 1h20 de avião). De lá, vários ferries partem do porto de Uno para diferentes pontos de interesse da região.
A própria Corporação Benesse oferece acomodações de luxo em seus museus (quem se hospeda nos edifícios Museum e Oval tem 24h de acesso às obras de arte). A Fundação também estimula que visitantes se hospedem nas casas de residentes da ilha para estimular o contato dos turistas com tradições japonesas e fomentar a troca entre estrangeiros e a população local.