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Companhia aérea cria área livre de crianças dentro dos aviões; pais estão furiosos

Por Júlia Gouveia
13 out 2016, 18h52

Quem nunca respirou fundo ao ouvir uma criança se esgoelar dentro de um avião que atire a primeira chupeta. Para tentar contornar essa situação que costuma ser alvo de muita reclamação e eventuais desentendimentos entre os passageiros, a companhia área low-cost indiana IndiGo resolveu criar as polêmicas “quiet zones” dentro de suas aeronaves.

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Essas áreas equivalem as fileiras de 1 a 4 e  de 11 a 14 e nelas ficam proibidas a permanência de crianças com menos de 12 anos. Esses lugares coincidem com assentos premium, onde costumam ficar viajantes de negócios, saídas de emergência e poltronas com maior espaço para as pernas. A justificativa é que esse tipo de divisão favorece ao conforto de todos a bordo: tanto aos que viajam sem crianças, como aos pais, que não precisariam ficam preocupados em estar incomodando os outros passageiros.

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O que para muitos pode soar como uma decisão positiva, tem deixado vários pais furiosos. Como a IndiGo é uma das maiores companhias budget da Índia, voando para mais de 40 destinos, eles temem que a aérea poderia estar abrindo um precedente para que outras empresas seguisse os seus passos. Para os pais, isso seria uma forma de discriminação com os pequenos e seus acompanhantes.

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No entanto, eles têm sido minoria. Segundo uma pesquisa de 2014, 70% dos passageiros disseram apoiar medidas de áreas “child-free” e 35% afirmaram que pagariam taxa extra para reservar assentos que fossem longe dos pimpolhos. Algumas companhias asiáticas já oferecem esse serviços, caso da Air Asia e da Scoot, de Cingapura.

Não custa também lembrar de levar na bagagem um pouco de tolerância e paciência, não é mesmo?

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