Cancún estreia museu e sítio arqueológico
Abertos ao público, Museu Maya de Cancún e San Miguelito resgatam as raízes do povo mesoamericano
Cancún acaba de ganhar duas atrações bastante autênticas para incrementar seu já farto portfólio turístico. O balneário mexicano-caribenho inaugura o Museu Maya e abre ao público o sítio arqueológico San Miguelito, ambos no bulevar Kukulcán, duas opções para lá de originais que destacam as origens do povo mesoamericano.O museu conta com instalações modernas e arrojadas linhas arquitetônicas. Fica elevado cerca de 10 metros do nível do chão e dá vista para a bela Lagoa Nichupté. No acervo há um total de 3,5 mil peças, das quais 350 foram selecionadas para serem expostas.São três salas de exibição. “Na primeira ala está o resultado de 30 anos de pesquisas e de descobertas arqueológicas na região”, explica a arqueóloga Adriana Velázquez. “Essa parte foca na história dos maias que habitaram a parte oriental da Península de Yucatán.” Há peças de cerâmica de uso cerimonial delicadamente pintadas, ornamentos funerários de jade, conchas e outros itens que remontam ao período de 350 a.C. até 1550 d.C. Cancún, MéxicoParte do acervo exposto no Museo Maya de Cancún – Foto: Mauricio Marat/ INAHA segunda sala aborda aspectos da arte, cosmovisão, arquitetura e vida cotidiana nas diversas regiões ocupadas pelos maias. Há objetos e memórias trazidas de Guatemala, Belize, Honduras e El Salvador, territórios ancestrais dessa civilização. Já a terceira ala é dedicada a exposições temporárias e será inaugurada com a mostra Rostos da Divindade: os Mosaicos Maias de Pedra Verde.San MiguelitoParalelamente ao museu também foi aberto ao público o sítio arqueológico San Miguelito, que foi habitado por mais de 800 anos antes da chegada dos espanhóis e se localiza num ponto estratégico: a entrada da Lagoa de Nichupté, importante rota comercial na parte oriental da Península de Yucatán.Em dois anos de pesquisa, a equipe do Instituto Nacional de Arqueologia e História (Inah) concluiu que San Miguelito é o assentamento maia mais importante da região e esteve integrado ao sítio arqueológico de El Rey, hoje separado pelo bulevar Kukulcán. Cancún, MéxicoA Grande Pirâmide, no sítio arqueológico San Miguelito – Foto: Mauricio Marat/ INAHForam identificadas cerca de 40 construções pré-colombianas, das quais 14 estão abertas à visitação. Dentre os conjuntos principais destacam-se a área denominada Grande Pirâmide e o complexo de Chaac, onde há vestígios de um palácio com murais em homenagem à divindade maia da chuva.Há ainda a ala dos Dragões, setor em que foram encontradas cabeças de serpente e pinturas murais com desenhos da fauna e de elementos marinhos. A equipe do Inah também identificou durante as escavações um total de 47 enterros, dos quais 30 correspondem a crianças.O Museu Maya de Cancun e o sítio arqueológico San Miguelito ficam na altura do km 16 do bulevar Kukulcán, na zona hoteleira do balneário. Funcionam de terça-feira a domingo, das 10 às 19 horas (horário estendido às quintas-feiras: das 7 às 22 horas). Ingressos a 57 pesos mexicanos (R$ 9), para as duas atrações. Grátis aos domingos para mexicanos e residentes
Leia mais:
México abre sítio arqueológico de Atzompa ao turismo
Arqueólogos desvendam tumba maia de 1.500 anos em Palenque, no México
Teatro maia de 1.200 anos é descoberto em Chiapas
Templo maia dedicado ao Sol é descoberto na Guatemala
Dia dos Mortos é celebrado com festa no México
Culinária maia: 3 mil anos de sabor
Cancún é o melhor destino de praia no exterior do Prêmio VT 2012/2013
Os 100 lugares mais lindos do mundo
América Latina: os 5 melhores destinos
14 ‘Cidades perdidas’ no mundo